sábado, 30 de agosto de 2008

A linha do Tua

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QUEREM ACABAR COM A MAIS BELA LINHA DO MUNDO 2


A linha férrea do vale do Tua está encerrada por via do último acidente, no dia 22 de Agosto, no qual se lamenta profundamente mais uma morte. O Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT), superintende nessas coisas, e só depois da sua autorização, a linha entre a estação do Cachão e a do Tua poderá entrar de novo em funcionamento. A interdição estende-se também às composições que normalmente a percorrem para efectuar manutenção, e está em vigor por tempo indeterminado. Dizem que é para que não se destruam eventuais provas ou vestígios que possam ser eventualmente úteis á investigação. Quanto a eventuais ideias para explicar o sucedido, nem uma palavra. A comissão de apuramento das razões do acidente nada diz de conclusivo. Corre até a ideia de que nada se encontra ou se verifica ou se sabe, que possa justificar tal acidente.
No entretanto, um grupo de jovens andou por ali a pé, e descobriu um conjunto de parafusos das travessas, desapertados, e que facilmente saíam à mão e também um punhado de travessas podres. E pelos vistos foram entregar essas “provas” ao chefe da estação do Tua, acompanhados de fotografias do que viram.
Mas, mesmo após essa entrega, e dois dias depois, noticiava-se que “a comissão não encontrava causas para o descarrilamento”.
Então os “miúdos” não tinham encontrado os parafusos soltos? Nem tinham visto travessas podres? Estariam a mentir? E as fotografias?
Quanto às travessas, responsáveis pela CP, lá vão dizendo que isso é impossível, que as travessas não apodrecem assim, nem que a linha estivesse desactivada vinte anos…!!!
Dos parafusos, acho que nem falam!!!
E se é verdade que as travessas possam aparentar podridão aos que nada sabem do assunto, será que no que diz respeito aos parafusos é assim também? Os parafusos desapertam-se sozinhos ou são ajudados? Se existe manutenção na linha, essas falhas seriam vistas se o desapertar fosse gradual e motivado pelo uso. Se não são vistas hoje e aparecem amanhã….. que se pode pensar?
Será que a comissão foi ver a linha, ou limitou-se a olhar para os computadores da sala de “trabalho”?
A quem interessa a conclusão anunciada da inconclusividade do inquérito?
A linha, que faz descarrilar comboios em vários locais da sua extensão, como quem muda de camisa, é assim decididamente perigosa e nem vale a pena lutar por ela?
E se é assim, por essa razão, ao ficar encerrada de vez, já não há razão para contestar a barragem.
Haverá interesses escondidos por detrás destas conclusões que o não são?
E os senhores autarcas, que fazem ou que dizem? Umas palavritas “a abater”, umas considerações genéricas, sem uma posição de fundo e de força, a defenderem o que a muitos de nós parece evidente. Que alguém ou muitos, têm interesse em que a linha encerre de uma vez por todas, e que tudo fazem ou fizeram ou farão ou fariam para que tal assim seja.
Ouço falar de regionalização mas nada vejo neste caso que prove que os mesmos que a “defendem” estejam a trabalhar nesse sentido.
Só há litoral na Região Norte? Ou ao contrário do outro ministro, estão todos de férias?
É verdade que o Norte sempre foi abandonado e que é preciso lutar muito para ter um décimo do que tem a capital, mas se sabemos isso, e se sabemos que muitos que cá nasceram se venderam às delícias de Lisboa, lutemos, os que daqui somos e não saímos, com unhas e dentes para acabar com esta situação.
Estamos a falar da História da nossa terra.
Temos que a defender!
Para quando uma “União Regional” em defesa de um dos ícones desta zona que é Património Mundial desde 2001?
Somos ou não somos do Norte?
E o Norte é ou não é uma região que abarca o que foi o “Condado Portucalense”?
E a linha férrea do vale do Tua está ou não no Norte?
Então porque esperamos?
Temos todos de trabalhar para que se faça da conservação desta linha uma prioridade do país.
Não podemos deixar que acabem com a mais bela linha férrea do mundo.
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JM
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(Publicado no jornal "O Primeiro de Janeiro" - Opinião, no dia 9 de setembro de 2008)

Imagens que não são do Porto

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1- Esposende
2 e 3- Marialva

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JM

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A linha do TUA

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QUEREM ACABAR COM A MAIS BELA LINHA DO MUNDO


Nos mais conceituados livros de turismo do mundo, a linha férrea do vale do Tua, é considerada como a que tem a mais bela paisagem de todas as existentes.
Não está situada perto da capital portuguesa, nem na sua linha de influência directa, e assim, foi deixada ao seu destino: - Chegar a ser a mais bela que existiu!
Estivesse ela em Santarém, Lisboa ou Sintra, e todos os que dizem que mandam, ou querem mandar, teriam já resolvido o problema da linha.
E qual é ele afinal?
Consolidação de um ponto ou outro das escarpas, sinal de rede de telemóvel e rádio em toda a extensão da linha, e pouco mais, pois que mais de uma vez a linha foi considerada segura pelos responsáveis e por técnicos credenciados.
Durante 120 anos, a linha não apresentou problemas de maior, e não houve acidentes a registar. Quando foi necessária a manutenção, lá se foi fazendo, com mais ou menos dificuldade. Depois, um dia aconteceu um acidente, grave, com o lamentar de mortes. Demorou muito tempo até ser reactivada a linha. E mais um e mais outro, e ainda outro, tendo este acontecido há dias com mais uma morte a lastimar. Este último pouco depois da máquina ter sido revista, o que pressupõe o seu bom estado. De cada vez que um acidente acontecia lá iam aparecendo as vozes da desgraça a pedir o encerramento definitivo da linha. Desta vez até o Ministro das Obras Públicas se foi encarregando de admitir a definitiva morte da linha.
De todas estas vezes, muito poucas foram as vozes que se levantaram para defender a continuação deste percurso. Não me lembro até de ter sentido, da parte dos autarcas da região afectada, tanto os locais como os da grande região norte, uma pressão forte sobre o governo, no sentido de resolver o problema, de maneira a passar pela manutenção da linha.
Mas voltemos um pouco atrás. Se calhar não tem nada a ver, mas…
Quando foi que se começou a falar na construção da barragem no Tua, e na sequente inundação da linha por força da cota a que queriam que a água chegasse?
Quando se começou a contestar a sua construção, a inundação da linha e a elevada cota do enchimento da albufeira?
A quem interessa ou a quem dói, a construção ou não da barragem?
Quantos deixam de enriquecer se ela não for construída?
Quem e quantos não aceitam a sua não construção?
Haverá nestas questões alguma causa/efeito? E se houver, encontraremos algum dia os seus responsáveis?
É que já morreram pessoas nesta coisa dos acidentes estranhos da linha férrea do Tua, e parece até que neste último ninguém encontra razões para tal ter acontecido.
Quatro acidentes em ano e meio, depois de cento e vinte anos sem haver um que fosse, é muito estranho, e eu não acredito em coincidências dessas.



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JM



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(Publicado no jornal "O Primeiro de Janeiro" - Opinião - em 3 de Setembro de 2008)
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terça-feira, 26 de agosto de 2008

DEMITAM-SE MEUS SENHORES!

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DEMITAM-SE MEUS SENHORES!


Oh senhores Ministros, demitam-se. Vão-se embora. Xô!
Eu sei que pelo menos um dos senhores nem foi de férias, merecidas por certo, e que ficou a trabalhar em prol do país e tudo o mais, mas... Desculpem dizê-lo assim, não é tanto o trabalho, se não se estiver vocacionado ou preparado para o fazer ou se não existir vontade política para solucionar os problemas, que nos interessa, é mais a capacidade para o executar convenientemente (entendendo-se por “convenientemente”, o melhorar a vida dos habitantes do nosso país e solucionar os problemas que ainda possam existir)
Numa qualquer firma comercial, com uma administração a sério, os senhores já teriam ido para o olho da rua, por inaptidão para o serviço, com despedimento por justa causa.
Os senhores Ministros da Administração Interna e da Justiça, cada um nas suas competências, esqueceram-se, ou não, de dar às nossas polícias, os meios necessários para a obtenção de bons resultados. Nelas, nas nossas polícias, há de certeza, óptimos profissionais, que por falta de condições de várias índoles, mais não farão que “ir fazendo”….
Nos últimos tempos, temos vindo a assistir a um crescendo de criminalidade. Todos os dias, mas mesmo todos os dias, há notícias de assaltos, cada vez mais violentos, com mortes dos assaltantes ou de inocentes cidadãos, com cada vez mais recurso a armas, sendo muitas de calibre de guerra.
Mas, que se passa por cá? Brincamos aos polícias e aos ladrões?
Os meliantes cada vez mais se sentem imunes à nossa débil justiça!
Quantos crimes violentos estão por resolver e qual a percentagem de resolução nos últimos anos?
Quantos bandidos estão por aí “a monte”, por falta de recursos para os apanhar, ou em casa à espera que a justiça se decida a fazer seja o que for que a justiça faz?
Quantos crimes são praticados por nacionais e quantos por estrangeiros?
Qual a relação entre aumento da criminalidade violenta e a imigração?
E entre esse aumento e o aumento do desemprego e da pobreza no país?
E ainda, qual a percentagem desse aumento, comparada com o relacionamento entre e com as diferentes etnias que cá vivem presentemente?
Que dizem as nossas leis, e como são aplicadas, quanto à severidade das punições dos crimes deste calibre? (crimes violentos e à mão armada, onde tudo é “suposto” ou “presumido”, desde o crime ao criminoso, mesmo se apanhado a praticar o acto “supostamente ilícito”)
As respostas não serão, por certo, agradáveis de ouvir e de digerir.
Já só somos de brandos costumes no que diz respeito às leis, uma vez que quanto ao crime praticado e à sua violência e periodicidade, estamos conversados.
Os senhores Ministros da Justiça e da Administração Interna, por muito trabalhadores que sejam, deveriam fazer um exame de consciência e, demitirem-se. Já chega de tanta ineficácia. Ouçam o povo, leiam os jornais e… vão-se embora! Pode ser que o partido do governo tenha lá alguém competente, e se não tiver, vá-se também o governo, e pronto….
Assim é que não pode continuar!
Queria ter um país de que me orgulhasse, a todos os níveis, segurança, justiça, educação, saúde e por aí fora, mas com toda esta dependência desta Lisboa centralista, e deste governo que mais parece autista, só penso em ter autonomia regional para, sem estarmos dependentes destes senhores, termos uma política em condições, que permita sermos governados por quem sabe, homens e mulheres do nosso norte, “gajos do carago”, à moda do Porto, de antes quebrar que torcer, de muita força e de muito carácter.
Nem sequer peço muito.
Para já, só que estes senhores se vão embora, e depressinha se faz favor.
Depois, condições para ter-mos governo e bandeira próprias!
Já basta de aguentar com gente assim!
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JM
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(Publicado no jornal "O Primeiro de Janeiro" - Opinião - em 27 de Agosto de 2008
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quarta-feira, 20 de agosto de 2008

TOUTABER AO LONGE !!!

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Nada me escapa....
Toutabere!!!
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GAO - Grupo de Amigos de Olivença

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Grupo dos Amigos de Olivença
http://www.olivenca.org/

Pelo seu interesse, transcreve-se a entrevista concedida, por dois dirigentes da Associação Além Guadiana, ao Correio da Manhã de 05-08-2008


CURSO DE PORTUGUÊS DESEJADO EM OLIVENÇA
Duas dezenas de espanhóis criaram a Associação Além Guadiana para devolver a Olivença a prática da língua portuguesa, perdida nos últimos 50 anos.
A criação de ementas bilingue nos restaurantes e a adopção do Português como língua curricular nas escolas são algumas das propostas.
"Está a perder-se a cultura portuguesa em Olivença. Vamos propor a criação de prospectos turísticos e ementas bilingue nos restaurantes", disse ao CM Joaquin Fuentes, secretário da Associação.
A Além Guadiana foi criada em Maio num concelho onde dois mil dos 12 mil residentes ainda falam português e pretende fomentar actividades de interesse cultural, como um festival transfronteiriço.
Numa cidade com cinco séculos de domínio português e dois de administração espanhola, a Além Guadiana tem promovido encontros entre cidadãos dos dois países.
"Fizemos um almoço-convívio e um passeio de BTT onde demos a conhecer a região e muitos monumentos de origem portuguesa", acrescenta.
O trabalho passa também por sensibilizar a população e os meios administrativos a preservar a "mestiçagem" da cidade.
Apesar de a língua de Camões estar presente nas escolas de Olivença, Raquel Sandes, cantora e instrumentista do grupo de música folk Acetre, acha que se pode fazer muito mais.
"Temos uma escola pública a leccionar a língua portuguesa como obrigatória, mas queremos que passe a fazer parte dos currículos das escolas. Não faz sentido que seja considerada a segunda língua estrangeira", frisa.
ASSOCIAÇÃO
Fundadores
A maioria dos membros da associação tem profissões ligadas à cultura. São professores, músicos e técnicos de turismo.
Língua
No seio do grupo todos fazem um esforço para falar português nas reuniões, até mesmo os que não dominam a língua. As actas são escritas nos dois idiomas.
Informação
A associação, constituída por muitos oliventinos, disponibiliza informações sobre o grupo em http://www.alemguadiana.blogs.sapo.pt/
Pedro Galego/Susana Chambel
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PETIÇÃO PELA REGIONALIZAÇÃO Petition

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PETIÇÃO PELA REGIONALIZAÇÃO Petition

Com a devida vénia

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Movimento quer regiões sem novo referendo

PS trava discussão das regiões, relançada esta quarta-feira em Faro. Mas recusa avançar sem consulta


O recém-criado movimento "Regiões, Sim", com o algarvio Mendes Bota no comando, vai recolher assinaturas para pedir aos deputados que a regionalização avance sem novo referendo. A ideia tem fracasso anunciado.
É que nenhum dos dois grandes partidos parece interessado em lançar já a discussão das regiões administrativas. Por razões diferentes. O PSD do próprio Mendes Bota, desde logo porque a nova líder recusa pura e simplesmente a solução regionalista. Ferreira Leite defende, ao invés, a solução "municipalista, que é tradição do PSD", dizia ontem um seu directo colaborador ao JN.

Claro que nem todo o partido é pelo "não". Luís Filipe Menezes defende abertamente as regiões. E Santana Lopes até sugeriu uma região piloto no Algarve, para fazer de teste à solução.
Aliás, no partido há quem lembre as recentes reservas de Rui Rio, vice-presidente do partido. O autarca portuense lançou há poucos meses um ciclo de debates sobre o tema, depois de há 10 anos ter votado não, no referendo que travou o processo. Uma mudança de posição em vista? O partido julga que não: "Ele está só a evitar que a Elisa Ferreira [possível candidata do PS à Câmara do Porto] possa ficar com essa bandeira. Os mais próximos de Rio parecem confirmar a tese, dizendo que o autarca "não mudou de posição - acha só que é preciso discutir o tema". Assim fará, até Abril, um pouco antes da autárquicas.

No PS tudo parece mais claro... mas também adiado. O porta-voz do partido é, até, peremptório ao rejeitar o desafio que hoje será lançado pelo movimento pró-regiões: "Não o faremos sem referendo e não vamos atrás da agenda de ninguém", nem de quem lança a questão "para combate interno do próprio PSD". Vitalino Canas lembra que a questão só será discutida pelo PS "na próxima legislatura" e até reforça que "os aspectos concretos [datas e número de regiões incluídos] não estão em debate nem resolvidos". De resto, sabe-se, o PS é a favor.

Quanto ao "Regiões, sim", insistirá hoje numa petição a entregar em São Bento. A ideia, diz Mendes Bota ao JN, é "dispensar um novo referendo, resolvendo o assunto por meio de uma revisão constitucional. Mas o movimento aceita também a solução mais modesta: de "serem aliviados os condicionalismos excessivos previstos na Constituição e na Lei Orgânica do Referendo". Uma coisa já se aceita, neste movimento: que uma solução só acontecerá depois das próximas legislativas. O social-democrata (crítico de Ferreira Leite) quer até o referendo para o início da próxima legislatura.

Os regionalistas acreditam que, agora, a decisão dos portugueses seria diferente. Francisco Carvalho Guerra, uma das personalidades do Norte do movimento, acredita que fora da capital as pessoas "perceberam o que perderam ao votarem "não"". "Tirando Lisboa e o Algarve, o país está muito longe do nível de vida comunitário médio. E o Porto está em risco de se tornar numa das regiões mais pobres da Europa", afirmou ao JN.

Também o ex-ministro, Luís Braga da Cruz, diz que "o actual modelo centralizado cria um défice de coesão nacional". Mas, neste caso, o argumento não foi suficiente para integrar o movimento. Por considerar que "a regionalização já falhou uma vez e não pode voltar a falhar".

SÉRGIO DUARTE E DAVID DINIS - JN de 20-08-2008



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terça-feira, 19 de agosto de 2008

Dia Mundial da Fotografia

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A fotografia é uma maneira de fazer imagens daquilo que vemos à nossa volta.
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Hoje, Dia Mundial da Fotografia, o CPF (Centro Português de Fotografia), que como se sabe tem sede no edifício da Cadeia da Relação no Porto, promove um "Workshop" com o título - "O Aprendiz de Fotógrafo", dedicado a crianças até aos 10 anos.
Os temas abordados são, A luz, A luz e as Sombras, Câmara escura, Fotogramas, Revelação do papel fotográfico, Histórias Fotográficas e Retratos.
Inicativas destas, meritórias em todo o sentido, só pecam por ser poucas, pouco publicitadas, e dirigidas a muito poucos ( hoje só é possivel ter 24 crianças, 12 de mañhã e 12 de tarde). Mesmo assim, na sessão da manhã, das doze possíveis, só se inscreveram 10 crianças.
Espera-se a continuação deste trabalho, de molde a continuar a formar a alma de fotógrafos da nossa juventude.
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sábado, 16 de agosto de 2008

ESTAMOS FARTOS DESTES SENHORES !!!

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CHEGA DE BRINCAR CONNOSCO !!!


Já começa a ser de mais. Ou melhor já é mesmo de mais. Aqueles gajos de lá de baixo, a par com os dinheiros para o aumento do metro que serve Lisboa, retiraram a hipótese de progressão do Metro do Porto.
Ao contrário do que estava estipulado e prometido pelo governo, em Setembro serão postos a concurso público internacional, somente a exploração da rede e não a exploração e construção de novas linhas do Metro do Porto. Para estas nem sequer há ainda data definida para avançarem, nem para o lançamento de um concurso.
Mas todo o país sabe que há um memorando de entendimento assinado pelo governo e pela Junta Metropolitana, que determina o lançamento do concurso para obra nova de execução ainda durante este ano.
Assim e mais uma vez, o governo do nosso país, falta ao prometido (já estamos mesmo muito habituados a que tal aconteça com estes senhores), desta vez pela voz da secretária de Estado dos transportes, Ana Paula Vitorino.
Por outro lado, estamos a perto de um ano para as eleições, e tudo parece levar a crer que o governo use as obras prometidas como arma eleitoral.
Governo que não cumpre com os compromissos que ele mesmo assume, não merece ser governo de ninguém.
E lá chegamos, não por culpa nossa, à ideia de sempre, A AUTONOMIA da nossa REGIÃO:
- O nosso Novo Condado Portucalense !
Deixem-nos governar a nossa região como bem sabemos, sem termos de estar à espera das migalhas que o governo da República se digne separar - depois de gastos todos os recursos na sua capital - e oferecer como se de um grande favor se tratasse.
Estamos cada vez mais fartos destes senhores!!!

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JM

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( Publicado no jornal "O Primeiro de Janeiro" em 25 de Agosto de 2008 - "OPINIÃO" )
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sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Imagens do meu Porto

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O meu Porto








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Com a devida vénia

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Já há muito tempo que não me ria tanto e tão à "séria"!!!

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Contereis o riso?
(Horácio)


Versão pós-moderna da Inquisição reuniu na capital para julgar grave crise
de heresia do F. C. Porto que, contra os interesses centralistas, ganha campeonatos

•• Anunciaram os jornais: “A UEFA reconhece e aceita a decisão do Tri­bunal Arbitral do Desporto (TAS), que hoje confirmou a presença do F.C.P. na próxima edição da Liga dos Campeões, em futebol".
Perante o desabar da estratégia centralista de Cerco do Porto, deli­neada pelos herdeiros do Migue­lismo, reuniu na Capital a versão pós-moderna do Tribunal da In­quisição. Presidiu o fantasma do Inquisidor de Lisboa, D. João de Melo. O super-aliado Baltasar Lim­po, Inquisidor do Porto, que, à re­velia da burguesia local, ainda con­seguiu realizar dois Autos de Fé no Burgo, era convidado de honra. Outro convidado foi o humanista Radovan Karadzic (com barbas). Estiveram presentes o fantasma do Centralista e Hipócrita-mor, Oli­veira Salazar, bem como, ressusci­tados na 5.ª dimensão, os avatares dos comandantes da Legião Portu­guesae da Brigada Naval, Directo­res da Pide e Presidentes dos Tri­bunais Plenários. Dos denuncian­tes - peças essenciais do regimen­to do Santo Ofício - comparece­ram os representantes da "União 5 à Sec" (Cinco a Zero - resultado com que o F.C.P., o réu, mimosea­ra, recentemente, os interessados na sua condenação).
A agenda da reunião era: «1.º ­Verificando-se grave crime de He­resia, por parte do F.C.P. que - con­tra os interesses centralistas - ganha campeonatos; 2.º - Que o mes­mo herético, campeão a 20 pontos de distância, insiste em disputar a liga dos Campeões, lesando grave­mente os interesses centralistas; 3.º - Que o TAS, ao pactuar com tal moralidade e não atender aos de­sejos da "União 5 à Sec", cometeu grave crime de heresia; 4º - Qual a punição a atribuir a tais defensores de doutrinas materialistas, desres­peitosas da dignidade dos centra­listas perdedores, a quem são devi­dos investimentos, benesses e sub­serviências dos súbditos?»
A maioria da Assembleia gritou em linguajar da Capital: «À séria: ao "queima-dero"» (tradução para português de gente: «A sério: de­vem ir para a fogueira!» ). A minoria defendeu que os réus deviam ser submetidos a torturas, para que não ousassem prejudicar mais o Cen­tralismo. Mas, da multidão de as­sessores presentes, um avençado do contencioso jurídico advertiu que, desde 20.3.l821 (por influência dos heréticos tripeiros que desen­cadearam a Revolução Liberal), a Inquisição era extinta. Assim, a decisão era nula. E que, pelo Art.º 16.º do Acto Adicional à Carta Consti­tucional, a pena de morte para cri­mes políticos tinha sido abolida em 1852. As torturas eram incompeten­tes. Embora se retorquisse que nu­lidade e incompetência eram atri­butos do Centralismo, o Tribunal, consideradas as repercussões in­ternacionais de tais actos, decidiu que a queima na fogueira seria apli­cada a autocarros e não a adeptos do F.C.P. e as torturas seriam con­vertidas em desinvestimento cen­tralista na cidade do Porto.
O Tribunal da Inquisição pós­moderna solidarizou-se com a vo­cação perdedora (no campo e no TAS) da "União 5 à Sec" e apresen­tar recursos da decisão de confir­mar o F.C.P. na Liga dos Campeões aos seguintes organismos: Tribu­nal Internacional de Haia, Congres­so e Supremo Tribunal Federal dos EUA, Cúria Romana, Câmara dos Lordes da Grã-Bretanha, Assem­bleia-Geral da ONU, Reischtag da RFA, Cortes Espanholas, Assem­bleia Nacional Francesa, Organiza­ção Internacional do Trabalho e Parlamento Europeu.
Tratando-se de órgãos democrá­ticos, logo, suspeitos de parcialida­de, o Tribunal entendeu apresentar queixa de tão nefanda discrimina­cão urdida pelo movimento sionis­ta, ao Congresso do Partido Nacio­nal Socialista Alemão, o centralis­ta Adolfo Hitler._
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Por Hélder Pacheco in JN- Passeio público- em 14 de Agosto de 2008
.Sem palavras!!!
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quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Olivença

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Inauguração da RUA DE OLIVENÇA em Vila Nova de Gaia (Freguesia de Canidelo)

Por iniciativa do Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Canidelo, no âmbito das Festas locais, com o apoio da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia e a colaboração da Delegação do Porto/Gaia do Grupo dos Amigos de Olivença, foi inaugurada no passado dia 12 de Julho, na localidade, a Rua de Olivença.
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Bocados da minha cidade

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Os sítios por onde gosto de andar....



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No meu deambular pelo Porto...

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Na foz do Douro

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Garças....


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quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Só mesmo cá em Portugal

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O militar da GNR que disparou sobre uma carrinha com suspeitos de um assalto em Loures, acabando por matar um rapaz de 13 anos, está sujeito a Termo de Identidade e Residência.


O pai do rapaz que morreu, fruto de um disparo do militar da GNR, e que saíu em liberdade sujeito a apresentação quinzenal na esquadra da polícia da sua zona de residência, é um meliante conhecido da polícia portuguesa, que anda fugido da cadeia há vários anos.


Como disse antes, a propósito do assalto ao BES, a ignorância dos brasileiros, é que matou um deles e feriu gravemente outro.



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A treinar

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Em Leça numa manhã de domingo....


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A IGNORÂNCIA É POR VEZES FATAL !!!

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Estariam cá ainda há relativamente pouco tempo, quando decidiram dar um outro rumo à sua vida. Tinham chegado com poucos recursos e a vida não era fácil.
De aparência pacata, os dois amigos, pois que de dois se tratava, estudaram a maneira de, de uma vez por todas, ficarem bem de vida.
Escolheram companhias que lhes foram ensinando como e onde fazer.
Escolheram o local e a forma de executar.
Colheram o máximo de informações possível, e lá foram de abalada para o projecto da suas vidas. Sabiam tudo o que queriam, e como o queriam. Afinal lá na terra deles era assim, e aqui seria muito mais fácil.
Horas depois, ainda no local do trabalho a que se tinham proposto, as coisas não estavam a correr tão bem como o planeado.
Do lado de fora da porta, um aglomerado de polícias, cercava o banco. Um mediador tentava convencê-los a desistir do assalto. Por fim, com dois reféns e com as pistolas encostadas à cabeça deles, os dois amigos assaltantes, continuando a recusar a proposta de desistência do assalto, e ameaçando matar os reféns, foram baleados, morrendo um instantaneamente, e outro ficando em muito mau estado e em perigo de vida.
Não era para ser assim, lá na terra deles talvez, aqui não. Aqui tudo era pacífico e quem teria a obrigação de disparar, quase nunca tinha ordens para o fazer, e se o fizesse, de imediato seria suspenso e com um processo em cima dos ombros. Não era para ser assim. Não era para acabar assim. De qualquer maneira, a rendição estivera sempre fora de causa. Na terra deles quem se rendia num caso destes, mais valeria morrer…
Se estivessem cá há mais tempo, se as companhias de que obtiveram ajuda para a execução do plano, os tivessem devidamente informado, se tivessem aprendido como é a justiça e as leis de agora em Portugal, (onde já há bandidos que o não são, onde há mais meliantes em casa com prisão domiciliaria do que nas prisões, onde, em vez de acabarem com a droga nas cadeias promovem a troca de seringas aprovando assim implicitamente o seu consumo), se conhecessem o ministro da justiça português, saberiam que tudo aqui se passa de modo diferente e que , se desistissem do assalto, a meio ou mesmo depois da intervenção dos mediadores da polícia, tudo acabaria em bem. No dia seguinte, seriam presentes a juiz e logo de seguida libertados, a aguardar em liberdade o que fosse que viesse a acontecer, que não deveria ser mais do que uma multa a pagar em suaves prestações, com todo o tempo do mundo para refazer as ideias, recomeçando por treinar um pouco, assaltando velhinhas ou supermercados, e voltar, mais tarde, a assaltar outro banco, sem cometerem os erros que ditaram o desfecho do BES.
Mas ninguém lhes disse nada disto, embora na verdade, se o tivessem feito, o mais certo seria não terem acreditado.
A ignorância é por vezes, fatal, e neste caso, foi-o de verdade.



JM


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Publicado no jornal "O Primeiro de Janeiro" em 19 de Agosto de 2008 na página Opinião

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terça-feira, 12 de agosto de 2008

Clube dos Pensadores

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O Clube dos Pensadores de Gaia, inicia a partir de Setembro o seu sexto ciclo de debates, que incluirá convidados como Manuel Maria Carrilho, Medina Carreira e José Guilherme Aguiar, entre outros.
O debate com o ex-ministro da cultura Manuel Maria Carrilho terá lugar em Lisboa, durante o mês de Outubro, estando prevista a deslocação à capital de dezenas de associados do Clube dos Pensadores gaiense.
O arranque deste sexto ciclo de debates, que ao longo do último trimestre de 2009 abordará temas como a sociedade, a política, a cultura, a economia e o desporto, nomeadamente o futebol, será protagonizado por Isabel Stilwell, directora do jornal gratuito Destak, e Sónia Araújo, apresentadora do programa Praça da Alegria, transmitido pela RTP, que irão discutir sobre o tema: «Pensar no Feminino».
Para Novembro o clube debate o tema da «Economia» com a presença de Medina Carreira, advogado e antigo ministro das Finanças do I Governo Constitucional, e ainda do jornalista Ricardo Costa, director da estação de televisão SIC.
O futebol estará em debate durante o mês Dezembro, com a presença de Guilherme Aguiar, antigo director-executivo da Liga Portuguesa de Futebol Profissional e comentador do programa desportivo «Dia seguinte», transmitido pela SIC Noticias.
O Clube dos Pensadores mantém ainda conversações com o presidente do governo regional da Madeira, Alberto João Jardim, para um outro debate.
Por esta organização já passaram nos ciclos anteriores de debates, nomes como Pedro Santana Lopes, Manuel Alegre, Paulo Portas, Luís Filipe Menezes e Francisco Louçã.
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Porto, o mais pobre de todos

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POBREZA


Beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI)


Porto na liderança, Lisboa com maior subida.
O distrito do Porto continua a ser o que tem mais beneficiários do Rendimento Social de Inserção, seguido de Lisboa e Setúbal.
Lisboa foi o distrito onde mais aumentou o número de pessoas e famílias abrangidas pelo Rendimento Social de Inserção (RSI) no primeiro semestre de 2008, mas o Porto continua liderar quando analisamos o número absoluto de beneficiários do RSI.
Por outro lado, de acordo com os últimos dados disponibilizados pelo Ministério da Segurança Social, Santarém foi o único distrito do País em que o número de famílias a receber o RSI desceu, apesar de, curiosamente, o número de pessoas abrangidas por este subsídio ter aumentado.
No final da lista, encontramos o distrito transmontano de Bragança.
Assim, de acordo com dados da tutela, no final de Junho de 2008, 43.943 famílias (109.389 pessoas) do distrito do Porto beneficiavam deste complemento social, o que representa um aumento de 4.320 famílias (11 por cento) e 10.016 pessoas (10 por cento) em relação ao primeiro semestre de 2007.
O maior agravamento da pobreza naquele período ocorreu, porém, no distrito de Lisboa, o segundo com mais pessoas a viver com poucos ou nenhuns rendimentos.
No final de Junho do ano passado, havia 34.428 pessoas e 12.171 agregados familiares beneficiários do RSI no distrito de Lisboa.
Um ano depois, o número de beneficiários aumentou, em ambos os casos, mais de 40 por cento: no final dos primeiros seis meses de 2008 recebiam o RSI 48.748 pessoas (17.596 famílias), ou seja, mais 14.318 pessoas e 5.425 agregados do que em igual período de 2007.
O número global de beneficiários do RSI ultrapassou a barreira das 300 mil pessoas no final do primeiro semestre deste ano.
Os dados da Segurança Social apontam para 334.865 pessoas e 120.943 famílias a receber este complemento.Outra das conclusões que se pode retirar da comparação dos dados de 2007 e 2008 é que foi no distrito de Braga em que o número de beneficiários e famílias com RSI mais subiu, a seguir ao Porto e a Lisboa.
Setúbal manteve, ainda assim, o terceiro lugar em ambos os rankings.
No final do primeiro semestre do ano em curso, os serviços da Segurança Social estavam a pagar RSI a 20.533 pessoas e 7.085 famílias, o que representa um crescimento de, respectivamente, 1.785 e 552 (o quinto maior aumento em ambos os casos).
Lisboa foi o distrito que apresentou a maior subida no número de beneficiários do RSI
Luís Brás ( O Primeiro de Janeiro ) 12 de Agosto de 2008
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Dmitri Medvedev

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Presidente anuncia fim de operação russa na Geórgia

O Presidente russo Dmitri Medvedev anunciou hoje a decisão de pôr fim à operação russa na Geórgia, segundo as agências de notícias russas.
"O objectivo da operação, de impor a paz, foi cumprido. A segurança das tropas de paz e de cidadãos russos está garantida", adiantou Medvedev, segundo a agência russa Interfax.
Medvedev fez o anúncio durante uma reunião com o ministro da Defesa, Anatoli Serdiukov, e o Chefe do Estado-Maior do exército russo, Nikolai Makarov.
"O agressor sofreu baixas significativas. As suas forças armadas estão desorganizadas", explicou.

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Carris

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Devesas - Vila Nova de Gaia



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Isaac Hayes 1942-2008

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Isaac Hayes morreu !!!


Isaac Hayes, um dos gigantes do soul, morreu anteontem, aos 65 anos, de causa ainda desconhecida. O cantor, compositor e pianista foi encontrado inconsciente e chegou a ser levado ao hospital, onde foi oficialmente declarado morto.


O cantor influenciou várias vertentes da black music de maneira decisiva.



Para os mais velhos e os que conhecem a história da black music, Isaac Hayes foi associado, inicialmente, ao filme Shaft, de 1971, para o qual compôs a trilha sonora premiada com um Oscar (foi o primeiro negro a ganhar o Oscar nessa categoria) e um Grammy (em 1972 ele ganharia outro Grammy pelo sensacional álbum Black moses). O filme é um clássico do Blaxploitation, o cinema de afirmação que estilizou a vida nos guetos negros das grandes cidades dos EUA, nos anos 1970, trabalhando apenas com profissionais black (Tarantino homenageou o subgênero em 1997 com Jackie Brown).

Dono de uma voz profunda e grave e de uma personalidade forte, Hayes driblou uma infância complicada (foi criado pelos avós após a morte da mãe e o abandono do pai quando tinha 18 meses) e, a partir dos cultos protestantes, aprendeu a tocar piano, órgão e sax. Tocou com The Mar-Keys e com o genial Otis Redding.
A produção musical de Hayes entre as décadas de 60 e 70 influenciou várias vertentes da black music, contribuindo especialmente para a evolução do soul, do funk e do disco sound. Ao lado de Otis Redding, Sam & Dave e Carla Thomas, foi um dos principais responsáveis pelo sucesso da Stax, gravadora rival da Motown na consolidação pop da black music.
Nos últimos anos, Hayes conciliava suas atividades de músico e actor com suas convicções humanitárias. O intérprete de Theme from Shaft, Soulsville, Soul man, I had a dream e When something is wrong with my baby, estava preparando um álbum para a renascida Stax, que voltou ao mercado em 2007.

O artista, que também participou como actor em dezenas de filmes (apareceu em filmes como Atraídos pelo destino, com Nicolas Cage, e Jogo duro, com Ben Affleck), deixa 12 filhos, 14 netos e três bisnetos.




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segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Ponte da Arrábida

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Ponte da Arrábida ao fim do dia


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As cores do pôr do sol, dão-nos a calma necessária para saborear o fim do dia !!!

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Um belo pôr do sol

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Na praia do Molhe!

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Tem dias em que se consegue ter a sorte de ver um pôr do sol de grande beleza.



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sábado, 9 de agosto de 2008

A minha cidade das pontes

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Três das maravilhosas seis pontes que atravessam o Douro na cidade do Porto


Aos poucos, a luz do dia vai esmorecendo com a ajuda das nuvens.

Mais cedo que o habitual!

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Com a devida vénia

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O direito à autonomia

Por Paulo Baldaia

Por muitas voltas que dê, volto sempre convencido que Portugal ainda é o melhor país do mundo para viver. A nossa capital compete com todas as outras em beleza e em vida. O nosso povo, embora esteja sempre apenas "mais ou menos", é solidário. O sol brilha por cá um pouco mais que no resto da Europa. Somos o mesmo país de Norte a Sul. E até os madeirenses e açorianos gostam de ser portugueses.
Que eles gostem de ser portugueses é, aliás, uma coisa que - a nós continentais - nos devia encher de orgulho. Em vez de enchermos o peito, cada vez que se fala da autonomia das ilhas, para dar autorização à Madeira e aos Açores de fazerem parte de Portugal, talvez fosse melhor dar-lhes a liberdade de escolher o seu caminho.
A ideia que os continentais fazem dos arquipélagos é a de que eles nos pedem dinheiro para alimentar um estilo de vida. E, assim sendo, como pagamos, compete-nos a nós decidir todas as normas políticas, económicas e administrativas. Não gostamos de ver Bruxelas a impor-nos a proibição de comer jaquinzinhos, mas queremos impor a disciplina da 'colher de pau' à Madeira e aos Açores. Não fazem o que nós queremos, apanham!
As ilhas de Portugal não pedem independências, pedem a necessária autonomia para definir as regras com que organizam o seu dia-a-dia. Estarão a pedir demais? Entrará o país em crise se as ilhas forem aumentado o grau da sua autonomia? É disso que temos medo? Parece que vivemos com o pesadelo de que o sonho deles seja verem-se livres de nós.
O verdadeiro problema na relação do continente com as ilhas é que, no Terreiro do Paço, os políticos estão convencidos que os portugueses do continente exigem deles mais controle sobre os ilhéus. É mentira. A maioria dos continentais nem faz a mínima ideia do que é a vida na Madeira e nos Açores e menos ainda se importa com a forma como eles se organizam.
É por isso que importa ouvir com mais frequência o que pensam os representantes dos Açores e da Madeira, e dos concelhos do interior do continente, sobre as leis que se fazem em Lisboa, a começar pela Lei Fundamental. A Constituição da República não impõe o centralismo aos seus súbditos, mas a interpretação que dela fazem os políticos é sempre para esse caminho que nos leva.
Talvez seja altura, como pedem açorianos e madeirenses, de colocar a autonomia plena das ilhas na Constituição. César anda entre Cavaco e Sócrates à espera de saber como fica o Estatuto do seu arquipélago, Jardim quer abrir a porta constitucional para dar os passos seguintes.
É tempo de os políticos de Lisboa perceberem as vantagens da descentralização e da autonomia. Já não chegam os discursos. Já não se percebem as reservas do Executivo com a Madeira e da presidência com os Açores. Ainda por cima porque fica a sensação de que cada uma das partes escolheu um arquipélago para demonstrar a sua força. Coincidência: na Madeira governa o PSD e nos Açores governam os socialistas, por cá em São Bento está o PS e em Belém um ex-líder social-democrata.

JN - Opinião - 09-08-2008

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Esplanada da praia dos Ingleses - Porto

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Óptima para ouvir música, ler, escrever, ou simplesmente pensar e perder o olhar

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Dos melhores sítios da cidade para se "estar" !

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Porto, a minha cidade

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A noite do Porto é de uma beleza estonteante



Adoro esta cidade !
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sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Sobre o meu "O Primeiro de Janeiro"

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Reporto-vos para a entrada 8.8.08 --- 7.04 (JPP) do blogue ABRUPTO
http//:abrupto.blogspot.com
sobre o "meu" jornal de sempre.
Depois de ler, não sei dizer mais nada... está lá quase tudo o que sinto sobre o assunto.
Talvez um dia eu possa adiantar mais alguma coisita.

jm

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quinta-feira, 7 de agosto de 2008

E ainda e também, porque sim!

E, mais um texto publicado há algum tempo, e mais uma fotografia...












Ando perdido na nossa cidade



Ando perdido na minha cidade. Os valores e expressões que aprendi em ganapo, foram apagados com a nossa permissão, passividade e subserviência, pelos dos gajos dos bués, das bicas, muita, ganda, e por aí fora... !

Perdemos a paixão genuína do “carago”, dos “pinchos”, das “bichas”, dos “moletes”, etc.. Perdemos a massa critica da cidade que um dia soube bater o pé aos de lá de baixo. Perdemos gente rendida à capital, perdemos influência política, competitividade, poder de compra, sedes de empresas, ligações directas do nosso aeroporto (que aos poucos vamos recuperando, graças aos Low Cost e às novas instalações, o que já faz com que muita gente ande aflita – ninguém gosta do sucesso dos outros). Perdemos capacidade reivindicativa, perdemos o orgulho na nossa troca dos “bês” pelos “vês” - que hoje é uma vergonha para quem o faz -, e até nas novelas que diariamente nos invadem, os habitantes do Porto falam com sotaque dos de Lisboa, como se não fossemos mais que uma delegação deles. E com tudo isto ganhamos realmente uma enorme crise.
Somos ofendidos, ignorados e reduzidos a meia dúzia de pessoas, a um jornal, a um clube e pouco mais – assim dito e redito no programa de televisão pública Prós e Contras, e não ouvi ninguém, dos presentes e ditos defensores da nossa cidade e da nossa região, protestar, embora se vissem aqui e ali, caras de pessoas que se sentiam incomodadas. Houve vozes que não houve, notáveis que não estiveram e que com razão recusaram o convite para a sua presença, e uma apresentadora, principal responsável por muitos como eu quase nunca verem o programa, facciosa e mal preparada, ou melhor dito, talvez adequadamente preparada, como se ouve dizer por aí nas mesas de café.
Escondeu o Porto real, das pessoas, do carácter, da cultura e do património.
Escondeu alguns problemas e muitos desejos de uma forma sublime, não permitindo nunca veleidades a quem eventualmente quisesse focá-los.


Minimizou o Porto como marca internacional de qualidade, reduzindo-o ao futebol e seus êxitos. Escolheu lugares comuns e as crises económicas e de emprego, como tema quase único da conversa, culpando única e totalmente as personalidades da nossa região e suas gentes de uma maneira geral, dos problemas imensos em que estamos atolados.


E tudo isto os presentes foram consentindo de uma forma ou de outra, não se vendo ninguém, com coragem e autoridade para acabar com aquilo. Não deixa de ser engraçado que, para uma pessoa que, como eu, acha que o país é demasiado pequeno para haver regionalização, e que uma real descentralização seria verdadeiramente eficaz, vendo coisas destas, começa a fazer sentido um país de regiões, onde cada um coma com a sua, onde as nossas características e capacidades possam ser valorizados.


Para quando um movimento para a promoção e o consumo de produtos da nossa região e das nossas empresas, da nossa pronúncia, das nossas palavras e das nossas pessoas?


Para quando, e de novo, “gajos do carago”, à moda do Porto, de antes quebrar que torcer, de muita força e de muito carácter?

Que apareçam, que eles andam por aí .....

que eu sei!!!






(publicado no jornal "O Primeiro de Janeiro" em 21_09_2007)

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quarta-feira, 6 de agosto de 2008

SÓ PORQUE SIM !!!

Dizem-me que preciso de um empurrão ( um grande amigo do nosso grupo f4, o Luis Raposo, no seu blogue " 35mm-digital.blogsopt.com " ) .... pois então, para começar vou colocar aqui dois dos textos que mais gosto, que escrevi e que foram publicados num dos jornais mais antigos do país, e aproveito para também colocar uma fotografiazita.



JM





O condado portucalense revisitado e redesenhado


Estou farto!

E estou farto de pensar no assunto, e chego sempre às mesmas conclusões. Não saio disto.

De uma forma ou de outra é assim que as coisas se me apresentam.

Estamos a ser governados a nível nacional, por pessoas que por certo não serão o que de melhor temos.

Esses, os melhores, estão caladinhos, nas empresas, ocupados a criar riqueza para eles e para mais alguns. E convenhamos, vão-se meter nas governações para quê? Para deixarem de ter vida própria, e a que têm, ser vasculhada e deturpada por toda a espécie de gente? Para receberem pouco e mal, serem apelidados de tudo e mais alguma desde ladrões a fascistas ou outras quaisquer coisas, e trabalharem 24 sobre 24 horas?

Cada vez mais, estou convencido que é mais que necessário dar uma volta muito grande nestas coisas, como por exemplo dar condições para que essas “cabeças” se sintam motivadas para a causa pública. Mas isso…… !!! Dentro de algum tempo, vai estar de novo em cima de algumas mesas, o “dossier” da regionalização. Fruto das minhas cogitações, vou dar uma achega para essa contenda. Sempre fui adepto de uma verdadeira descentralização, mas agora ao ver o que dia-a-dia se passa no nosso país, em que a centralização, seja do que for, é uma palavra de ordem, mais me convenço que isto só lá vai com a regionalização.

Vamos em frente com ela então! Façamos de Portugal um país com várias regiões autónomas.

Para além das existentes, Madeira e Açores, outras regiões, e de entre elas, a nossa… um “Novo Condado Portucalense”. Juntemo-nos, e entre Minho, Douro, Trás-os-Montes e também as Beiras, façamos uma região autónoma de categoria, com força negocial. Os outros, se assim o entenderem, que lutem por terem uma para eles.

Deixemo-nos de “paz podre”, de “não me chateiem” e de “não é nada comigo”. Vamos á luta. Comecemos com subscrições, com “abaixo-assinados”, com artigos nos jornais, com “blogues” na internet. Discutamos nos cafés e apresentemos os nossos pontos de vista. Forcemos a discussão na televisão, e só aceitemos moderadores capazes e sérios.

Estamos a ser cultural, política e economicamente colonizados, se não mesmo em alguns casos, escravizados. De tudo se depende do poder central (cada vez mais centralizado), e de negociações, que o governo central faz por si só, e em nosso nome, com a Europa. Somos uma das regiões mais pobres que este continente tem. E só dentro do nosso país, na capital, e em média, cada habitante ganha em cada mês, quase mais 300 euros que os nossos. Só este dinheiro, se existisse nos nossos bolsos, daria para muita gente deixar de passar fome. Por todo o lado há vendidos ao capital e à capital. O bairrismo moderado desapareceu. Os interesses de uns poucos, sobrepõem-se à maioria. As invejas são o pão nosso de cada dia. A educação está cada vez mais arredada da nossa juventude. Cada vez mais se sabe menos e cada vez há mais desrespeito pelos outros. Quanto à cultura, nem é bom falar. Cada vez se aprende menos. Cultura geral é coisa do passado. O abandono escolar antes do 9º ano é mais do dobro da existente na Europa. Estuda-se para se ser especializado em nada, e só se sabe desse assunto. Nem a nossa língua sabemos ler, falar (basta ouvir os “jornalistas” das televisões e das rádios que nos entram pela casa dentro) ou escrever em condições. Se falarmos em contas - mesmo as mais simples, a tabuada ou até as de somar -… é um desastre! Há quantos anos andamos a reformar as reformas do ensino?

Entretanto dizem-me (gente anónima, do povo, com a cultura que a vida lhes dá) que mais parecemos um país onde uma qualquer associação de malfeitores, tenha tomado as rédeas do poder. Fala-se até, nas mesas dos cafés e nas esplanadas onde o perigo de serem escutados é diminuto, quase de boca a ouvido, que há criminosos a protegerem outros criminosos, que há crimes que já não são crimes, e que há bandidos que o eram e já o não são, e que por via disso estão a ser libertados. Ouço ainda, que o Estado, em vez de acabar com a droga nas prisões (fosse de que forma fosse), promove a troca de seringas, legalizando-a implicitamente. Nem queria acreditar, e por isso fui ler os jornais, e a não ser que eu já não o saiba fazer em condições, foi isso que li. Estamos cada vez mais anestesiados. Olhamos para a maior catástrofe, noticiada nos jornais ou na “tv”, com a mesma indiferença com que vemos um pobre a pedir para comer, medidas deste quilate tomadas pelo governo, ou um espectáculo medíocre que vai passando na televisão. Já não há valores, nem respeito, nem consideração pelas pessoas.Para tudo se diz e pensa, primeiro Eu, segundo Eu, depois ainda Eu, e logo a seguir Eu, e só depois venho Eu e os outros……………… desde que não me incomodem!

Por tudo isto, EU ESTOU FARTO !!!

E como eu, milhares de Portugueses, que à socapa ou mais abertamente, lá se vão insurgindo contra o estado das coisas, mas que ainda não tiveram um catalisador credível para avançarem. A insatisfação é enorme. As crises, económica e de valores, grassam por todo o lado.Insurjamo-nos, e procuremos esse catalisador, que anda por aí… que eu sei!

Que vos falta para juntarem a vossa voz à minha?


(publicado no jornal " O Primeiro de Janeiro" em 21_12_2007)



Continuação!


A palavra pressupõe mais qualquer coisita antes ou depois, mas na verdade é usada e abusada de uma maneira insólita... sem mais nada!

Que raio de vocábulo para estar sozinho. Isolada de tudo e de todos, é assim uma espécie de ordem atirada à cara de quem a ouve, dita de forma quase acintosa. Posso até entendê-la como um insulto, já que a sinto dardejada.
E desta forma solitária quer dizer o quê ? Ninguém parece saber. Quando ma atiram e eu returco – de quê? – as pessoas ficam atrapalhadas e não sabem responder. Titubeiam, dizem um “pois” acabrunhado, e riem com caras esquisitas, que é a figura que parecem fazer ao usar tal expressão. E ás vezes, vá-se lá saber porquê, lá vão respondendo de uma forma acertada.

E quando a tonteira é tal que a usam no plural? “CONTINUAÇÕES” ! É de um gozo tal que não evito rir. Mas porque usarão as pessoas, e já o ouvi de gente de todos os níveis e classes sociais, tal palavra, assim dessa maneira?

E isto não é de uma região só, ouve-se por todo o país ! Que fenómeno social será este?

Acharão eles que é fino, que fica bem, que é moda? Terá sido alguma palavra importada e as pessoas gostam de fazer saber que a conhecem?

Haverá alguma explicação para tal?

E ainda por cima dizem-no como se dissessem uma grande coisa, muitas das vezes com um ar convencido e um sorriso estampado no rosto!

Será que o conhecimento da nossa língua é tão parco que não conseguem dizer o resto da frase, ou será que cansa falar?

Ou pior ainda, será que a crise também chegou ás palavras e é preciso poupar? Caramba! ...Sabem que mais? Sabem o que me apetece? Só desejar que fiquem bem, continuadamente!

Já agora,CONTINUAÇÕES, PRONTOS!!!

... e...BUÉS DE OBRIGADOS A TODOS!!



(publicado no jornal "O Primeiro de Janeiro" em 20_07_2007)
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