sábado, 31 de outubro de 2009

PACIÊNCIA, JESUS

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BRAGA, O MAIOR, MERECE SER PRIMEIRO
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Um golo em cada metade do jogo valeram a vitória de Domingos sobre Jesus, que arriscou pouco na parte final, e mereceu perder.
Jesus continua sem vencer Domingos.
Ao intervalo a confusão instalou-se. A pancadaria chegou. A polícia interveio. Foram expulsos dois jogadores, já no túnel. Um de cada equipa, Leone e Cardozo.
O SPBraga, que já ganhou aos chamados três grandes, é realmente o maior deste campeonato e um sério candidato ao título.
A pedreira viu um SPBraga empolgado, a entrar em jogo sem deixar o adversário respirar, marcando cedo.
Nas bancadas os espectadores também jogavam uns contra os outros.
O clube da capital tem razões de queixa do arbitro, mas não as suficientes para justificar a derrota.
Grande jogo e grande vitória do Braga.

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JFM
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ELES SÃO TANTOS!

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A VERGONHA INSTALADA EM PORTUGAL
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Portugal é um país envergonhado.
São cada vez mais os implicados, ou supostamente implicados, ou alegadamente implicados, ou moderadamente implicados, no processo chamado "face oculta". E, neste caso, o mais importante não será a fraude, ou o dinheiro que circulou escondido, ou os carros que serviram de presentes pelos favores recebidos ou a receber. O mais importante é o nível dos responsáveis. É que eles são muitos e estão nos mais altos cargos da economia do nosso País.
Portugal é um País envergonhado.
Não por existir este caso, face oculta, mas pelos muitos, demasiados casos ocultos, de fraudes, de luvas pagas, de favores, de corrupção, e de roubos, de colarinho branco, azul ou vermelho (que os há de todas as cores e para todos os gostos).
Portugal é um País envergonhado.
Mas continuamos a aceitar estes senhores. Continuamos a votar neles. Continuamos a querer ser ricos, depressa e a mal ou a bem, e a aceitar como evidente e fruto dos espertos, estes malabarismos mal cheirosos.
Portugal é um País envergonhado.
Mas os Portugueses não parecem ter vergonha. Poucos são os que realmente lutam contra este estado de coisas. O nível moral dos nosso concidadãos, está pelas ruas da amargura. Os culpados que toda a gente conhece, raramente vão presos. Têm muito dinheiro e influência.
Veja-se este caso chamado "Face Oculta". Só o sr Godinho, o menos influente de todos os implicados, ou alegadamente implicados, ou supostamente implicados, está preso preventivamente. Então e os outros? Como de costume, estão muito sossegados, na frescura dos seus gabinetes ou no quentinho das suas casas. Ren, Refer, EDP e Galp, são as empresas que giram na órbita do estado, e cujos altos dirigentes estão implicados, ou alegadamente, ou moderadamente, ou supostamente, nos negócios escusos do sr Godinho, mas que estão calma e descontraidamente em casa, enquanto o dono das Sef, 02 e outras, está em prisão preventiva. Claro que sabemos que o sr Godinho poderia fugir do País e por causa disso está preso, e que os altos dirigentes das outras empresas implicadas, ou alegadamente ou supostamente implicadas, não precisam de fugir já que nada de mal lhes irá acontecer, apesar de poderem vir a ser acusados de corrupção, de tráfico de influências, de participação em negócios ilícitos e de associação criminosa.
E isto, realmente envergonha Portugal. e envergonha ainda mais porque sabemos que não é caso virgem e, em todos os casos que se vão conhecendo por aí, e são já muitos, ainda não vi mais de um ou dois a serem presos. Mas experimentem roubar um pão, ou uma pasta de dentes, ou uma peça de fruta, ou ainda, ficar a dever ao Estado um ou dois euros. Espera-os a cadeia nos primeiros casos e a penhora de bens no último.
A nossa justiça é uma trampa. Não funciona bem, nem sequer celeremente, a não ser contra os fracos e pouco influentes, e nenhum dos nossos mandantes quer ver este drama mudado. É que amanhã podem ser eles a ser apanhados e não convém mesmo nada que a justiça funcione.

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JFM
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PORTO - 1, BELENENSES - 1 (RESUMO)

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RESUMO DO JOGO
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JFM
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LEIXÕES VAI À NAVAL E PERDE

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NAVAL - 1, LEIXÕES - 0
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A Naval ultrapassou o Leixões na tabela, tendo agora mais dois pontos.
O Belenenses já o apanhou e prevê-se que neste fim de semana, mais o façam.
No jogo, muito fraco, valeu a pontaria de Kerrouche numa jogada demasiadamente confusa.
José Mota está em maus lençóis. Augusto Inácio conseguiu que a sua equipa merecesse vencer.

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JFM
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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

MOSTRA DE FOTOGRAFIA

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EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIAS
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A Rua do FERRAZ tem no número 38 um pequeno café que disponibiliza agora o seu espaço para mostras de fotografia colectivas e individuais.
Situado junto ao Instituto Português de Fotografia (IPF), o Café Fénix tem na maioria dos seus clientes pessoas ligadas a esta disciplina e expressão visual; alunos, professores, amadores e profissionais têem passado por ali ao longo dos anos para aconchegarem o estômago ou estimularem a mente nos intervalos de acções...

Mostra de fotografia



Está patente no Café FÉNIX, na Rua do Ferraz, 38 - Porto, uma exposição colectiva dos fotógrafos

ARMINDO MOREIRA, HENRIQUE RAPOSO, HUGO PIRES, LUIS RAPOSO e PEDRO PINHEIRO AUGUSTO



No próximo dia 7 de Novembro, esta mostra será substituida por trabalhos fotográficos de

JOSÉ MAGALHÃES, NUNO FONSECA, MANUELA VAZ, SÉRGIO CARVALHO e VERÓNICA MEIRELES

que assim dão seguimento a um projecto da responsabilidade do grupo efequatro e ao qual se associou o Grupo Fotograma- fotografia analógica que está disponível no Google.

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JFM
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BELENENSES EMPATA

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UFFF, ACABOU O SOFRIMENTO, DIZEM OS AZUIS
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O CFBelenenses, sofreu a bom sofrer na segunda parte do jogo com o FCPorto.
Depois de o Belenenses conseguir um golo, por Lima, Farias (mais uma vez) marcou e empatou. O Porto poderia, deveria e mereceria ter marcado mais um golo.
Farias terá sido o melhor em campo. Bruno Alves mandou a bola ao ferro. O treinador do Belenenses foi para a rua. Jesualdo comemorou cinquenta jogos no Dragão. O Porto jogou morno na primeira parte e muito bem na segunda. O Belenenses conseguiu um feito, empatando. Merece parabéns.
O FCPorto volta a perder pontos. Foi em Paços de Ferreira, em Braga e agora no Dragão, com o Belenenses. Amanhã, no jogo vermelho, vai ficar mais longe da liderança.

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JFM
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EX-MINISTRA DA SAÚDE DA FINLÂNDIA

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CONSPIRAÇÕES, LUCROS, PODER...
E PODEM ACRESCENTAR AINDA MAIS TERMOS PARA DEFINIR A PORCARIA QUE GOVERNA AS NAÇÕES
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O depoimento da ex-Ministra da Saúde da Finlândia, Dra. Rauni Kilde, é muito claro e corajoso.
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Há mais declarações do género, de outros médicos, noutros países.
E a legislação americana a que a sra se refere, já foi promulgada.
ASSUSTADOR!


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(enviado por Luís Raposo)
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JFM
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HOJE, TODOS OS CAMINHOS VÃO DAR AO DRAGÃO

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ESPERA-SE UM GRANDE JOGO, ANTES DO JOGO GRANDE
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Hoje ao cair do dia o Belenenses vem medir forças com o Porto.
O terceiro contra o décimo classificado (com os mesmos pontos do décimo quinto).
Pode parecer fácil, mas não deverá ser.
O Belenenses quer sair da posição aflitiva em que está e vai dar tudo por tudo. O FCPorto, não quer deixar fugir os dois da frente, e se possível, quer apanhar um deles.
Vai ser um encontro engraçado.
Oxalá seja também um bom jogo.

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JFM
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VARA OCULTA

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FACE OCULTA ENCONTRA ARMANDO VARA
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A rede tentacular integrava Armando Vara e mais onze companheiros. Para já, só dois, ele, Godinho e José Penedos (REN), foram constituídos arguidos. Manuel Godinho, empresário de Aveiro, está detido em prisão preventiva.
Nos negócios ocultos, os pagamentos incluíam dinheiro em notas e carros de alta cilindrada, Mercedes de preferência de valores nunca inferiores a dez mil euros. E não foi há muito tempo! São negócios recentes.
Armando Vara é um alto dirigente do BCP e já o foi da CGD, grande amigo de Fátima Felgueiras e do nosso Primeiro, Sócrates II, O Dialogador, e politicamente muito influente, e ninguém terá ficado surpreendido por ver o nome deste sr misturado nesta coisa.
A exemplo do amigo Pinto de Sousa, também ele se formou na Universidade Independente, mas em Relações Internacionais, três dias antes da sua nomeação para a Administração da CGD.
Terá sido mais um salto à vara.

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JFM
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EVERYBODY LOVES MARCELO

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VAGA DE FUNDO
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Quase sem se dar por isso, e depois do Professor ter ficado triste e não ter aparecido à reunião, hoje um, amanhã outro, lá vão aparecendo apoios para levar o sr dr Rebelo de Sousa a candidatar-se à presidência do PSD. Ele é Rangel, ele é Morais Sarmento, ele é Alexandre Relvas, ele é José Luís Arnault, todas a empurrar o sr Professor para onde ele já disse que não quereria ir.
Toda a gente sabe que o que o sr Professor Marcelo quer, é uma real vaga de fundo a seu favor, e que lhe peçam com muito jeitinho.
Até agora, o que começa a preocupar realmente alguns dos dirigentes é ver Pedro Passos Coelho a correr sozinho para a liderança. O homem é demasiadamente adepto de um bloco central, e quer ser presidente só por querer ser presidente (palavras de Rangel), para poder colher um alargado consenso à volta dele.
Quem não concorda com o apoio a Marcelo Sousa, é Miguel Relvas, es-secretário geral, que entende que os que apoiam a hipótese da candidatura do sr Professor, são os responsáveis pelo desastre eleitoral das últimas eleições. Miguel Relvas é apoiante de Pedro Passos Coelho.
O Professor, que já deixou de pensar no assunto, vai ter de começar de novo a ponderar a sua candidatura. Os movimentos são já mais que muitos. Vamos esperar para o ouvir no próximo domingo à noitinha, altura em que, como lhe é habitual, vai deixar tudo na mesma, sem se comprometer com o sim ou com o não. Em tudo ficará o nim do Professor.
E então a renovação e a abertura ao futuro, começa quando?

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JFM
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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

COMO SE FORA UM CONTO


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AS MINHAS FÉRIAS NA MONTANHA (PRIMEIRA PARTE)

Antigamente, no meu tempo de criança e de adolescente, os afortunados, como eu e meus primos, tinham férias na praia e férias no campo. Nós, os nove netos de meu avô paterno, tínhamos ainda férias na montanha. Éramos duplamente afortunados.

A praia era a de sempre, no Porto, na Foz, a praia de Gondarém. Habituei-me a ela como se fosse a minha roupa interior. Até aos dezassete ou dezoito anos, não conheci outra. Ao longo da vida, acabei por fazer praia em Matosinhos, em Leça, em vários locais do Algarve, e no Porto Santo. Mas sempre venceram, quando as comparava, as férias da praia de Gondarém.

Disso no entanto, falarei noutra altura.

As férias na praia duravam quase dois meses, às vezes mais. As férias no campo, tinham a duração de semanas, mas nunca eram seguidas. Uns dias agora, outros depois. Uma semana aqui, outra acolá. Nunca tiveram muita expressão enquanto tempo seguido e sem intervalos. Mas era tempo de qualidade, e minha avó tinha pulso de ferro para domar os netos. A educação era uma constante. A aprendizagem necessária, e sempre presente. Iamos para casa do meu avô Júlio, e por lá andávamos, no campo, no curral, na casa do forno, em casa de uns tios que também tinham um grande terreno, etc.. As brincadeiras com os meus primos arrastavam-se pelo dia todo. Foi lá que aprendi a andar de bicicleta. Fiz por lá bons amigos, de que um dia falarei. Era perto do Porto, cerca de trinta quilómetros, num planalto, e os ares eram bons. A vila, hoje uma cidade que cresceu mal, era pacata, e convidava ao descanso e ao fazer nada. Havia, ao longo das ruas, árvores. Grandes amoreiras de enormes amoras brancas e estremamente doces.

O importante, a quinzena que mais desejávamos, os nove netos, uns mais que outros claro, até pela diferença de idades (entre o mais velho e a mais nova havia treze anos de diferença), era a que, em Setembro, iríamos passar a Meneses.

Meneses é uma aldeia quase perdida no cimo do Marão, já a poucos quilómetros de Vila Real. A minha família paterna por parte da minha avó, era de lá, daquela zona. Campeã, Boavista, Gontães, Bisalhães, Paradela, Moçães, Pomarelhos, Arrabães, Torgueda, e por aí fora, num rosário de nomes de aldeias por onde andei ao longo dos anos, fizeram parte, a par com Meneses, da minha infância e da minha juventude.

Meneses era o nosso posto de comando. Lá ficavamos, em casa da sra Margarida e do sr Aurélio, criados (como se dizia na altura e sem sentido algum pejorativo) de meus avós, e ainda parentes afastados por via de um tio casado com uma irmã de minha avó, e homónimo do dono da casa. No fundo eram os nossos grandes amigos, que nos cediam a casa para passarmos dos melhores dias das nossas vidas, e ainda se atarefavam a cuidar de nós. Eram umas excelentes pessoas.

As semanas escolhidas eram duas de Setembro, que ficassem próximam do dia de aniversário do sr Aurélio. Fazíamos uma grande festa em honra dele, nessa altura, e toda a minha família paterna estava presente. Quase parecia que o almoço era em nossa honra e não dele, tal a importância que cada um dava a si mesmo. De qualquer forma, ninguém se esquecia de levar um presente, claro.

Durante os quinze dias em que por lá andávamos, felizes com a liberdade alcançada pela ausência das nossas mães e pais, fazíamos de tudo. Ou melhor, fazíamos de nada, já que só nos deixavam ver como se fazia. Víamos tratar do gado, tratar das terras, tratar das roupas, dos almoços e jantares, e também víamos como o tempo passava devagar, à velocidade dos pachorrentos bois amarelos e de grande cornadura que por lá abundavam. Como me lembro tão bem das idas diárias para o campo, com o meu grande amigo e o irmão mais novo e o pai deles. Como me recordo, como se fosse hoje, dos meus pés nús enterrados na terra molhada, feita lama, das barricas pequeninas de pôr à cinta, com vinho, e da merenda que sempre se levava, que a fome a certa altura apertava.

A VIAGEM

Naquele tempo, já lá vão umas dezenas de anos, íamos para Meneses, de camioneta. Saíamos de Paços de Ferreira, terra de meu pai e onde vivia o meu avõ, ainda a manhã estava sonolenta. Íamos no velho Anglia azul até Paredes. Por lá passava a camioneta da carreira, que vinda do Porto, iria até Vila Real. Eram quatro horas de caminho, com o tempo a aquecer cada vez mais.

Uma primeira parte do trajecto era feita até Amarante, onde se fazia uma paragem prolongada, depois das muitas paragens rápidas para entrarem e saírem pessoas, que a espaços a camioneta fazia. Nessa paragem, que fazia parte do sofrimento que era a viagem, eu aproveitava para ir visitar um amigo da praia a sua casa, o Alberto, que morava mesmo em frente ao local de paragem da carreira, e pertencia a uma família abastada da cidade. A visita era necessariamente rápida, mas servia para lembrar os dias na praia de Gondarém, que recentemente tinham acabado, e para fazer as últimas despedidas até ao verão do ano seguinte. Só nos víamos nessas alturas. Depois de acabarem as nossas idas anuais a Meneses, nunca mais o vi, nem na praia, para onde nunca mais deve ter ido. Anos mais tarde soube que a firma do pai, já não existia, devorada pela voragem dos nossos dias. Dele, nada mais soube.

Quando tínhamos sorte, nós os netos de meu avô, íamos acompanhados unicamente pela sra Margarida, de quem já falei noutra crónica. Ela, coitadinha da senhora, levava ao colo, sempre, um balde e um saco plástico, pois que ainda estaria para vir o dia em que não enjoasse com os solavancos do transporte. Quando a sorte era menor, mas mesmo assim agradável, claro, íamos também acompanhados pela única tia solteira da família. Nessas alturas tudo era mais controlado.

A segunda parte da viagem, ia começar. Mais de duas horas a subir lentamente o Marão. Curvas e mais curvas e contra-curvas. Devagar, muito devagar. E a sra Margarida a enjoar. Padronelo, Ansiães, sempre muito lentamente, com paragens sussessivas e a sra Margarida numa agonia terrível. Quando chegavamos à Campeã e à Boavista, estava já perto o fim do sofrimento, e um sorriso ia aparecendo naquela cara rechonchuda.

Nunca íamos os nove na camioneta. Os dois mais velhos, ou já não iam nessas alturas, ou já tinham permissão de irem mais tarde, de carro. Um ou outro dos restantes, num ano ou noutro faltavam à chamada. Na maior parte dos anos, éramos entre cinco e sete, os que ficávamos os quinze dias inteiros. Desde muito novo e até aos meus dezoito anos, não me lembro de ter faltado vez alguma.

Por fim lá chegávamos ao Alto da Serra. Pouco depois, numa curva da estrada, junto ao Barro Vermelho, saíamos. À nosso espera, o sr Aurélio. A seu lado, um carro de bois, ou de boi, já que a maior parte das vezes em que vinha, só trazia um. Noutros anos, não estava ninguém à nossa espera para nos ajudar, e o caminho até casa era mais penoso. Tínhamos mais uma hora, ou mais, de caminho, pelos montes, a corta mato, a caminho de Meneses. Iiiióóóó´… iiiiióóóóó … iiiiióóóó… lá íamos nós acompanhados do ruído calmo e característico do eixo de madeira do carro.

Infelizmente, o progresso acabou poucos anos depois com a hipótese de fazermos essa viagem, uma vez que alargaram e arranjaram a estrada entre Arrabães e Meneses, por onde já se podia passar de carro, e era mais fácil e curto o trajecto, mais tarde com os eixos de madeira, e dessa forma com o cantar maravilhoso que os carros faziam. E, mais tarde ainda, a ida para aquele paraíso era feita por cada um por si, ou pelos paizinhos respectivos que nos levavam. A viagem ia perdendo a graça e ganhando comodidade.

O som desses carros de bois, que ainda de madrugada e depois ao fim da tarde, ouvíamos pela serra, ainda hoje ecoa na minha cabeça, e enchem-me de saudade.

A chegada a casa era para nós um momento de glória, depois de tantas horas de caminho.

A casa da sra Margarida, como nós lhe chamáva-mos, era muito pequenina, com pouco menos de quarenta metros quadrados, e a janela de um dos quartos e a da sala estavam viradas a poente. A casa em si, debruçava-se sobre um vale. Nos primeiros anos, nem paredes interiores tinha. As divisões eram feitas por meio de cortinas, e, convenhamos, era fabuloso. Da janela da sala, lá longe, viam-se as antenas no cimo do Marão.

Depois de arrumadas as coisas e instalados e desfeitas as malas ou sacos, era a vez de ir visitar os amigos.

Um ano sem nos vermos. Tanto tempo!

(CONTINUA)


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(In O Primeiro de Janeiro, 28-10-2009)

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JFM

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terça-feira, 27 de outubro de 2009

PSEUDÓNIMO

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ISABEL ALÇADA?
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Porque razão a sra Ministra da Educação, do XVIII Governo Constitucional, não se apresenta com o seu verdadeiro nome?
A sra dra Maria Isabel Girão de Melo Veiga Vilar, é que é a nova Ministra.
A sra dra Isabel Alçada, não existe. Isabel Alçada, só existe como escritora. Será que continua a querer usar o pseudónimo por meros interesses comerciais?
E porque razão a agora sra Ministra, mentiu poucos dias antes de se conhecer o elenco governativo, dizendo que Sócrates II, O Dialogador, a não tinha convidado para o governo, quando se sabe que até adiantou o seu último livro pela possibilidade de isso vir a acontecer? Sim, eu sei que quando da altura do convite, o homem ainda era Sócrates I, O Arrogante, o que lhe pode ter permitido dizer o que disse. São duas personalidades bem diferentes. Nada de confusões!
Já lá vão duas mentirazinhas. Haverá por aí mais alguma?
E já agora, quem irá decidir a suspensão, ou não, da avaliação dos professores, como reclama a Fenprof, e toda a classe dos professores? A sra dra Maria Isabel Veiga, ou a escritora Isabel Alçada?
E no restante governo, quantas mentiras haverá? É que o sr chefe dos dois últimos governos, já nos habituou a , pelo menos algumas, no que respeita aos seus ministros, pelo que não seria nada de espantar.
Assim, começamos bem. Só espero que se possa acabar melhor.

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JFM
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COITADA DA ALEXANDRA

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OS RUSSOS ACEITARÃO REENVIÁ-LA PARA PORTUGAL?
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Com a capa de tudo fazer para melhorar a vida da Alexandra, as assistentes sociais Portuguesas, e depois o juiz Português, cometeram o crime de mandar entregar a Alexandra a sua mãe.
Alexandra foi levada para a Rússia, onde ao fim de algum tempo, as autoridades entenderam que a mãe da miúda não serve para tal, e estão a ponderar enviá-la para um orfanato.
Não estão a pensar reenviá-la para Portugal. Na Rússia, dizem-me, só há possibilidades de adopção por casais russos.
O quanto esta menina não deverá estar a sofrer. Mas claro, tudo foi feito a pensar na criança. Cambada de burros que nós temos por cá! E o arrependimento público do juiz, não serviu para nada.
Será que as autoridades Russas vão ser sensíveis aos apelos dos pais adoptivos de Alexandra, e vão deixa-la voltar?
No meio de tudo isto, só mesmo Alexandra sofre a bom sofrer, e dificilmente lhe passarão os traumas que lhe estão a infligir hoje.

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JFM
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PÓRTICOS, CHIPS, SCUTS E CIDADE DA MAIA


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MUDARAM DE IDEIAS


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Desloco-me quase diariamente, pelas estradas do meu distrito (Porto), muitas das vezes só pelo prazer de passear. Tenho esse privilégio.

Nesses meus passeios, acontece ter de passar pelas auto-estradas e vias rápidas da zona. De longe a longe, lá se viam, nos últimos tempos, um ou outro pórtico novo, que ninguém me sabia dizer ao certo para que iria servir.

Vou muitas vezes à cidade da Maia.

Antes das eleições, vi por lá cartazes, grandes, a informar os munícipes, que a Câmara da Maia, e evidentemente o seu Presidente e de novo candidato, eram contra o pagamento de portagens nas "scuts" da área. Ninguém, em seu prefeito juízo, aceita de bom grado, esse pagamento, até porque se sabe da falta de alternativas a essas estradas de circulação rápida.

Depois, e durante as campanhas eleitorais, para as Europeias, para as Legislativas e para as Autarquias, vi por lá, em substituição dos cartazes de que falei, as caras dos candidatos e os símbolos dos partidos que os apoiavam.

Até aqui, tudo normal, penso eu.

Dia de eleições, Domingo, os que votaram foram votar e os outros também não.

Na segunda-feira imediata, coisas estranhas aconteceram. Como se fossem cogumelos, os pórticos multiplicaram-se.

Numa azáfama incrível, dezenas de operários estavam a trabalhar para pôr em pé dezenas de coisas dessas espalhadas pelas "scuts" da zona. Depressa se verificou, e se soube, que iriam servir para o pagamento, via chip a colocar nos automóveis, de portagens. Afinal, tinham sido anunciados por Sócrates I, o Arrogante, e agora, eleições ganhas, ainda com o governo antigo em gestão, mandadas colocar por Sócrates II, o Dialogador.

Estranhei o silêncio dos políticos ganhadores da minha região. Antes das eleições ninguém se mexia, ninguém falava no assunto, mas até seria normal já que estávamos em época eleitoral e poderia ser que as promessas de o Arrogante, acabassem por caír em saco roto no caso de não vencerem os da côr dele. Mas, afinal, no dia a seguir aos votos, tudo em pé de trabalho. A fazer muito depressa o que todos contestam.

Bem, todos não, que a Câmara da Maia, agora que os mesmos venceram, esqueceu-se de voltar a colocar os cartazes antigos a dizer que eram contra o pagamento de portagens na "scuts", deixando cair essa sua bandeira. Será que agora já não interessa captar as simpatias dos munícipes? Afinal já está tudo ganho, para quê qualquer preocupação?

E não esqueço também as outras Câmaras da área Metropolitana do Porto. Não me estou a lembrar de nenhum Presidente de Câmara que esteja, agora e em vista da montagem em tempo record dos “coisos” que vão fazer a leitura dos “chips”, a contestar o pagamento de portagens nestas chamadas “estradas sem custos para o utilizador”, muito embora haja quem diga que Bragança Fernandes se está de novo a movimentar nesse sentido. Sozinho e sem apoios dos seus pares.

Os pórticos, já estão todos instalados. Todas as auto-estradas da zona estão minadas com eles. A28, A29, A41, A25 e por aí fora, têm já tudo a postos. E aquelas coisas cheias de câmaras de filmar ou de fotografar ou seja do que for, até assusta quem por lá passa.

Com o início do pagamento de portagens, as estradas antigas vão encher-se de carros. Os engarrafamentos vão ser uma constante. O País, nestas zonas vai tender a parar.

É um simples e evidente ataque ao Norte, e à Area Metropolitana do Porto em particular. Se não vejamos:

-Porto - Aveiro PAGA!

-Porto - Espanha PAGA!

-Porto - Paços de Ferreira - Lousada - Felgueiras PAGA!

-Porto - Aeroporto PAGA!

Gostaria ainda de saber como se vai atravessar a ponte de Vila do Conde, por exemplo? Vamos ter "bicha" parada do Porto até à ponte. E depois até passar a Póvoa, como vai ser? Só por lá há uma estrada (que não passa de uma simples rua) com uma faixa para cada lado, cheia de tudo o que é comércio e indústria. Qual a alternativa que nos deixam? Quantas empresas, e quantos particulares vão deixar de ter possibilidades de subsistir?

Mas o governo é que sabe, e todos baixam as orelhas.

Ou não?


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(In O Primeiro de Janeiro, 27-10-2009)
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JFM
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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

NACIONAL GOLEADO

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BENFICA EM GRANDE, VENCE POR 6-1
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Com um ataque demolidor durante as oito jornadas da Liga (trinta golos marcados e cinco sofridos), e não só (quarenta e oito golos em quatorze jogos oficiais), esta equipa não deixa ninguém descansado, mesmo se ajudada com penaltis inexistentes (neste jogo, só um).
O Nacional nada conseguiu fazer perante a equipa encarnada. Apesar de ter marcado um golo, o Nacional, na segunda parte, quase não se aproximou da baliza contrária.
Infelizmente Jesus parece não saber ganhar, ao mostrar quatro dedos ao treinador do Nacional, nos festejos do 4-1. Ficou-lhe muito mal.
Entretanto a equipa da casa joga ininterruptamente como se estivesse a perder. É um caso raro, esta equipa. A ver vamos na próxima semana, aquando do jogo com o Braga, já que são os dois, primeiros classificados da Liga.
O Nacional vê dois dos seus jogadores expulsos, sendo que o de João Aurélio foi directo.

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JFM
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DISCURSO DE TOMADA DE POSSE DO XVIII GOVERNO CONSTITUCIONAL

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PODE LER AQUI

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EXPOSIÇÃO COLECTIVA DE FOTOGRAFIA

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FERRAZ 38

A Rua do FERRAZ tem no número 38 um pequeno café que disponibiliza agora o seu espaço para mostras de fotografia colectivas e individuais. Situado junto ao Instituto Português de Fotografia (IPF), o Café Fénix tem na maioria dos seus clientes pessoas ligadas a esta disciplina e expressão visual; alunos, professores, amadores e profissionais têem passado por aqui ao longo dos anos para aconchegarem o estômago ou estimularem a mente nos intervalos de acções... Foi esse o motivo que levou a proprietária a formular-me o convite para iniciar e organizar um ciclo de exposições que teve início no passado dia 24 de Outubro com trabalhos de: ARMINDO MOREIRA; HENRIQUE RAPOSO; HUGO PIRES; LUIS RAPOSO e PEDRO PINHEIRO AUGUSTO.
A mostra que estará patente ao público até ao dia 6 de Novembro, dará lugar no dia 7 a outra colectiva, onde participarão: JOSÉ MAGALHÃES; NUNO FONSECA; MANUELA VAZ; SÉRGIO CARVALHO e SÉRGIO FIGUEIRA.
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Alguns Momentos do Dia
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Foto: LUIS RAPOSO

Foto: HENRIQUE RAPOSO

Foto: HENRIQUE RAPOSO

Foto: LUIS RAPOSO

Foto: LUIS RAPOSO

Foto: LUIS RAPOSO

Foto: LUIS RAPOSO
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CALENDÁRIO DE EXPOSIÇÕES
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7 de NOVEMBRO - colectiva
21 de NOVEMBRO - colectiva
5 de DEZEMBRO - colectiva
19 de DEZEMBRO - colectiva
2 de JANEIRO
16 de JANEIRO
30 de JANEIRO
13 de FEVEREIRO
27 de FEVEREIRO
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MORTE SÚBITA

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FALTOU O DESFIBRILADOR
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Kevin Wildemond, jogador de basquetebol da Ovarense, sentiu-se mal, desfaleceu, entrou em paragem cardíaca e morreu, durante o intervalo do último jogo, no domingo.
Segundo informações, nos jornais, a falta de um desfibrilador, foi determinante para a morte do atleta. No recinto, não havia o que seria preciso para tratar casos destes.
Num País tão avançado como o nosso - com tantas auto-estradas, com milhões de telemóveis, com tecnologia de ponta a nível mundial, com ordenados de gestores de nível planetário, quase com TGV e segundo aeroporto na capital, com dinheiros gastos a rodos por tudo quanto é lado, com preços de obras públicas a resvalarem de modo incompreensível, com estádios de futebol, construídos a preços milionários e agora vazios - podemos admitir que nas competições desportivas não existam os meios necessários para salvar vidas?
Quantos mais atletas, ou espectadores, precisam morrer para que as entidades responsáveis entendam que é obrigatório prover as instalações desportivas, ou outras quaisquer onde se realizem espectáculos, com os meios que permitam tratar convenientemente, seja quem for que necessite? Não tivemos já que chegue, ao longo dos anos, em que os mais mediáticos terão sido Pavão e Feher?
Para que têm servido os nossos governos? Para cobrarem dinheiro e não o utilizarem no que é preciso? Para esbanjarem o que é nosso? Para nos tratarem mal?

Haja vergonha.


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JFM
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domingo, 25 de outubro de 2009

PÓRTICOS, CHIPS, SCUTS E CIDADE DA MAIA

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MUDARAM DE IDEIAS
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Desloco-me quase diariamente, pelas estradas do meu distrito (Porto), muitas das vezes só pelo prazer de passear. Tenho esse privilégio.
Nesses meus passeios, acontece ter de passar pelas auto-estradas e vias rápidas da zona. De longe a longe, lá se viam, nos últimos tempos, um ou outro pórtico novo, que ninguém me sabia dizer ao certo para que iria servir.
Vou muitas vezes à cidade da Maia.
Antes das eleições, vi por lá cartazes, grandes, a informar os munícipes, que a Câmara da Maia, e evidentemente o seu Presidente e de novo candidato, eram contra o pagamento de portagens nas "scuts" da área. Ninguém, em seu prefeito juízo, aceita de bom grado, esse pagamento, até porque se sabe da falta de alternativas a essas estradas de circulação rápida.
Depois, e durante a campanha eleitoral para as Autarquias, vi por lá, em substituição dos cartazes de que falei, as caras dos candidatos e os símbolos dos partidos que os apoiavam.
Até aqui, tudo normal, penso eu.
Dia de eleições, Domingo, os que votaram foram votar e os outros também não.
Na segunda-feira imediata, coisas estranhas aconteceram. Como se fossem cogumelos, os pórticos multiplicaram-se. numa azáfama incrível, dezenas de operários estavam a trabalhar para pôr em pé dezenas de coisas dessas espalhadas pelas "scuts" da zona. Depressa se verificou,, e se soube que iriam servir para o pagamento, via chip a colocar nos automóveis, de portagens.
Estranhei. Antes das eleições ninguém se mexia, ninguém falava no assunto. No dia a seguir, tudo em pé de trabalho. A fazer muito depressa o que todos contestam.
Bem, todos não, que a Câmara da Maia, agora que os mesmos venceram, esqueceu-se de voltar a colocar os cartazes antigos a dizer que eram contra o pagamento de portagens na "scuts
". Será que agora já não interessa captar as simpatias dos munícipes? Afinal já está tudo ganho, para quê qualquer preocupação?
Os pórticos, já estão todos instalados. Todas as auto-estradas da zona estão minadas com eles. A28, A29, A41, A25 e por aí fora, têm já tudo a postos.
Com o início do pagamento de portagens, as estradas antigas vão encher-se de carros. Os engarrafamentos vão ser uma constante. O País, nestas zonas vai tender a parar.
É um simples e evidente ataque ao Norte. Se não vejamos:
-Porto - Aveiro PAGA!
-Porto - Espanha PAGA!

-Porto - Paços de Ferreira - Lousada - Felgueiras PAGA!
-Porto - Aeroporto PAGA!

Gostaria ainda de saber como se vai atravessar a ponte de Vila do Conde, por exemplo?
Vamos ter "bicha" parada do Porto até à ponte. E depois até passar a Póvoa, como vai ser? Só por lá há uma estrada (que não passa de uma simples rua) com uma faixa para cada lado, cheia de tudo o que é comércio e indústria. Qual a alternativa que nos deixam? Quantas empresas, e quantos particulares vão deixar de ter possibilidades de subsistir?
Mas o governo é que sabe, e todos baixam as orelhas.
Ou não?

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JFM
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sábado, 24 de outubro de 2009

BRAGA CONTINUA IMBATÍVEL

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RIO AVE - 1, SP BRAGA - 1
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Com este resultado, o Sp Braga põe-se ao alcance dos senhores da Luz, que na segunda-feira recebem o Nacional da Madeira, e pode ter que dividir o comando.
O Rio Ave marcou primeiro e o Braga empatou ainda na primeira parte.
Qualquer das equipas poderia ter ganho, dado o jogo praticado e as oportunidades criadas.
Foi a primeira escorregadela dos jogadores de Domingos Paciência. Não deixa por isto, o Sp de Braga, de estar a fazer uma época brilhante.
Lucílio Baptista voltou a errar no golo do Rio Ave, e a sinfonia do seu apito, foi uma constante.

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JFM
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HORA DE INVERNO

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VAMOS MUDAR A HORA!


Os cidadãos da UE atrasam uma hora os seus relógios na madrugada deste domingo, quando termina o horário de Verão e começa a aplicar-se o de Inverno.

A partir de amanhã, e durante uns meses, até à nova mudança (em Março), vamos ter a dificuldade de sair de manhã para trabalhar, quando ainda é de noite, e voltar do trabalho já noite cerrada.
Única vantagem, a possibilidade de ver diariamente o nascer do sol.

Na realidade, penso eu, deveríamos mudar a nossa hora para a HCE (Hora Central Europeia) de molde a ajudar o país a manter e melhorar o comércio com os restantes países europeus.
Só nós, em conjunto com o Reino Unido, mantemos a HMG (Hora Média de Greenwich).
Amanhã, domingo, 25 de Outubro, vai ser o dia maior do ano de 2009, com 25 horas.





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JM
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RECORD ABSOLUTO

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510 MIL DESEMPREGADOS
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Um dos principais problemas que se põe a este novo governo, é o do desemprego. Depois das eleições a coisa cresceu. As coincidências que não existem, fazem com que o número tenha disparado.
Outro dos principais problemas prende-se com a avaliação dos professores. Será que a nova Ministra será capaz de o solucionar? Será que, Sócrates II, O dialogador, o vai permitir?
Só nos resta esperar para ver.

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JM
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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

ESPINHO É LARANJA

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O PSD SEMPRE GANHOU EM ESPINHO
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Depois da vitória do PSD em espinho e do pedido do PS para que as eleições fossem consideradas nulas, o Tribunal Constitucional decidiu, por unanimidade, que deveria confirmar os resultados que deram, por noventa e nove votos de diferença, a vitória ao partido laranja.
Segunda derrota para José Mota.

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JM
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EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA

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NO CAFÉ FÉNIX
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No Porto, no café Fénix (ao cimo da Rua do Ferraz junto ao IPF), inicia-se dia 24 de Outubro, um ciclo de exposições com trabalhos de um grupo heterogéneo de pessoas que partilham o gosto pela fotografia e aceitaram o convite da simpática proprietária do espaço.
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Esta primeira mostra inclui trabalhos de:
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- Armindo Moreira;
- Henrique Raposo;
- Hugo Pires;
- Luís Raposo;
- Pedro P. Augusto.
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Contamos com a presença dos amantes da fotografia, para este momento informal que se prolongará ao longo da tarde com conversas e alguns momentos fotográficos.

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JM
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PORTUGAL DE COSTAS PARA O MAR?

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NÃO QUEREMOS OS SUBMARINOS
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Olhando para terra, de costas para o mar imenso que em tempos idos muitas alegrias nos deu, o presidente do partido socialista, disse que não precisamos de submarinos para nada.

Ainda, digo eu, se tivéssemos muito mar, assim como umas centenas de quilómetros de costa, ainda vá, mas com o nosso, que quase ninguém sabe que existe a não ser para ir à praia, não se justifica. É assim "a modos que como" com os barcos de pesca, que até nem precisamos de ter uma frota em condições, pois que cada vez pescamos menos.

Precisamos é de armas, disse o sr presidente do partido socialista, pistolas e assim.

Segundo o sr dr Almeida Santos, devemos, e depressinha, vender os submarinos que ainda nem chegaram e comprar armas para combater os traficantes de droga que vêm ter connosco pelo mar.

Nem precisamos, digo eu, de defender com eles, os submarinos, a nossa ZEE. Umas pistolinhas chegam e sobram. E até aproveitávamos para, com as pistolinhas, defender a ponte entre Lisboa e o deserto, que os terroristas andam por aí.

Talvez o negócio de armas seja mais proveitoso que o negócio de submarinos, não sei. Há por aí negócios proveitosos em tudo quanto é sítio. E gente insuspeita a lucrar com eles.

Já uma vez partiram os óculos a este sr, quando foi em visita a uma ilha que hoje é da cor da rosa, será que mesmo com um par novo o sr dr não vê bem?

E depois ainda dizem que não nos deveria apetecer emigrar?


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(In O Primeiro de Janeiro, 23-10-2009)


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JM

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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

FUMO BRANCO

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NOVO GOVERNO TOMA POSSE SEGUNDA FEIRA
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Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros

Luís Filipe Marques Amado - mantém-se

Ministro de Estado e das Finanças

Teixeira dos Santos - mantém-se

Ministro da Presidência

Pedro Silva Pereira - mantém-se

Ministro da Defesa Nacional

Augusto Santos Silva - deixa Assuntos Parlamentares e substitui Nuno Severiano Teixeira

Ministro da Administração Interna

Rui Carlos Pereira - mantém-se

Ministro da Justiça

Alberto Martins - deixa a liderança do grupo parlamentar e substitui Alberto Costa

Ministro da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento

Vieira da Silva - deixa Trabalho e Segurança Social e substitui Teixeira dos Santos

Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas

António Serrano - substitui Jaime Silva

Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações

António Mendonça - substitui Mário Lino

Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território

Dulce Pássaro - substitui Nunes Correia

Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social

Maria Helena André - substitui Vieira da Silva que assumiu pasta da Economia

Ministra da Saúde

Ana Jorge - mantém-se

Ministra da Educação

Isabel Alçada - substitui Maria de Lurdes Rodrigues

Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

Mariano Gago - mantém-se

Ministra da Cultura

Gabriela Canavilhas - substitui José António Pinto Ribeiro

Ministro dos Assuntos Parlamentares

Jorge Lacão - substitui Augusto Santos Silva que assume pasta da Defesa

Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros

João Tiago Silveira - deixa a Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais e substitui Jorge Lacão


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JM

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ELES FALO, FALO, FALO, E NUM DIZEM NADA

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TODA A GENTE FALA E DIZ, MAS SÓ O DIALOGADOR SABE
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Não há nenhum comentador que se preze que não diga que sabe ou julga saber quem vão ser os ministros que o nosso Primeiro vai escolher. Dada a demora também já dizem que muitos convites foram recusados .
Agora, depois de muito se falar na sra dra Alçada, vem ela dizer-nos que nem convidada foi.
Que pena! O telefone da sra não terá chegado a tocar.
Bem, a ver vamos, quando será anunciado o novo governo, e quem fará parte dele.

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JM
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LOBO EM PELE DE CORDEIRO


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CORAÇÃO LIMPO
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O sr José Pinto de Sousa, mandou limpar profundamente, por ajuste directo, o coração. Não quereria por certo, aparecer na nova legislatura, que arranca a 14 de Outubro, com o órgão conspurcado. Aproveitou a presença da empresa de limpeza e mandou abrir o espírito, para que qualquer um o possa ver como ele é, de uma transparência imaculada. E, não querendo colocar seja o que for de lado, mandou vir vários contentores de diálogo, esperando-se que de boa qualidade.

Após isso, apresentou-se em casa do Sr Presidente da República e foi por ele indigitado Primeiro Ministro.

À saída, falou aos jornalistas, sabendo que as suas palavras iriam ser retransmitidas por eles para todo o mundo Português, e arredores. Anunciou reuniões, durante a semana que atravessamos, com os partidos da oposição, com vista à formação do novo governo, e prometeu diálogo, diálogo e ainda mais diálogo. Coisa a que, aliás, "sempre" nos habituou. Chegou ao ponto de dizer que não iria pensar na composição do governo, antes das conversações com os restantes líderes partidários.

O, agora e de novo, nosso Primeiro, Sócrates II (o dialogante), sucessor de Sócrates I (o arrogante), depois da derrocada das eleições legislativas, terá ido aconselhar-se com amigos, antigos alfaiates e outros, e mudou de roupa e de estilo. Mas não é convincente no seu novo papel. A arrogância que sempre lhe vimos, a determinação obsessiva que lhe conhecemos, não é compatível com o diálogo que agora quer implementar. Mais cedo ou mais tarde, a sua verdadeira natureza virá ao de cima.

Por agora, vai engolir sapos, esconder reacções, retrair emoções, simular sorrisos e condescendências, reservando os seus verdadeiros sentimentos para a intimidade da família, dos amigos chegados, ou tão somente para os momentos de solidão.

Depois... logo se verá.



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(In O Primeiro de Janeiro, 22-10-2009)

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