quarta-feira, 15 de outubro de 2008

O texto da Rita

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Li o texto da Rita e fiquei assim.

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Li o texto da Rita, e quase me senti na sala, numa sala de há alguns anos atrás, na altura em que só, muito só, e às vezes também sozinho na sala, ia ao cinema à sessão da hora do almoço.
Raramente via o filme do princípio ao fim, e às vezes sentia-me livre e vogava no escuro fazendo-me parte do recinto, das imagens e também de uma vida que não era a minha.
A minha "angústia existencial", era na altura (e desde muito tempo antes) parte do meu eu, e eu até gostava de me sentir assim, como também gostava de estar só! Sempre só, no meio de muita gente!
O meu gosto pela música (ouvir), pela fotografia e pela escrita, vem desse tempo, como também guardo dessa altura a minha cara séria e uma certa dureza para comigo e com os outros.
Hoje é diferente, a minha solidão acaba diariamente às cinco e meia, hora a que vou buscar a minha mulher. E aí recomeça a perfeição do meu dia.
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JM
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Texto da Rita em
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1 comentário:

  1. Ora bem, muito agradecida pela sua nota no blogue, aqui e no meu. :)Estar só, como quase sempre se pensa, não é necessariamente uma coisa má, triste, anti-social. Estar só de vez em quando é bom, pelo menos para si e para mim, como para outros decerto. E sim, há alturas da nossa vida em que precisamos de estar sós sempre num momento do nosso dia. Porque nos ajuda, porque nos faz pensar, reflectir, ou então não pensar em nada de todo. Apesar de ser muito nova, sei disso. Ir ao cinema sozinha, ensinou-me essa necessidade. E vamos admitir, a liberdade da solidão sabe bem!

    Cumprimentos,

    Rita

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