quarta-feira, 21 de outubro de 2009

NÃO GOSTO DO HOMEM NEM UM BOCADINHO


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SARAMAGO, O INTOLERANTE
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Não gosto deste escritor. Nem do que escreve, nem da maneira como o faz. Nem como pessoa eu gosto. Ele, não gosta de Portugal nem dos Portugueses, e eu não gosto dele. As suas palavras, os seus escritos, as suas ideias, as suas atitudes, arrepiam-me, de um modo que me faz mal.
Dizem-me que tenho de gostar do senhor porque ele recebeu um Nobel, e ainda por cima é Português.
Muitos o receberam e há mais portugueses por aí, e não tenho de gostar de todos.
Não gosto deste, pronto.
Agora, nem ele sabe porquê, resolveu apresentar o seu último livro em Penafiel. Por certo nem saberia onde ficava a cidade antes de saber que ia ser homenageado.
Na apresentação deste seu livro, Caím, mostra muito do que este homem é. Mais uma vez, e de novo, resolve bater em Deus e na Igreja Católica, e embora me não interesse minimamente que seja quem for escreva ou fale (bem ou mal) sobre o Antigo Testamento ou até mesmo sobre o novo, não precisa de para isso ser desnecessariamente estúpido, e estupidamente jacobino, sectário e intolerante, como o foi este autor. As suas palavras sobre a Bíblia, são cruéis, vingativas e se nos déssemos ao trabalho de as ouvirmos bem, enlouquecedoras. A sua incapacidade para ter Fé, é por demais evidente. E essa capacidade é uma mais valia para quem a possui. E embora, não a ter, não possa ser considerado defeito, já o é criticar quem tem a felicidade de ter nascido com ela .
Não precisava, mas insulta e despreza a fé de terceiros para dizer o que pensa, e tem um prazer orgásmico em agredir os outros.
Os seu problemas com a religião nunca terão ficado resolvidos, e agora, já velho e casmurro, é muito tarde para os solucionar.
Não consigo gostar de pessoas assim.

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(In O Primeiro de Janeiro, 21-10-2009)

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JM
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4 comentários:

  1. Compreendo a sua impaciência.
    Vejo a coisa de uma forma mais prosaica, digamos assim.
    O homem saramago vive numa bela vivenda com uma bela ( para ele...) espanhola, e isso são vícios que trazem muita despesa.
    Para ter a avençazinha da ed. Caminho, ele tem de arranjar todos os anos um livro que puxe aos cem mil de 1ª edição. E ele percebeu que bater no ceguinho dá dinheiro, num país que adora fazer campanhas para ajudar os ceguinhos mas que no dia a dia nem olha para eles...

    De maneira que é assim... Isto digo eu, não sei...

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  2. Pois, Méon, não posso deixar de também lhe dar razão.

    Abraço

    José Magalhães

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  3. D.Zaramago de Lancelot é uma figura tã-tã que, a par de maitê proença conseguiram o que queriam num par de dias: propaganda. já a tiveram e agora é "paz às suas almas". Ao contrário do que ele possa pensar, ele tem um séquito de seguidores que é mínimo. O País precisa tanto dele como ele precisa da extrema unção. É deixá-lo viver na sua quimera constante e na sua percepção de um mundo que não existe, e que, quanto muito, não consegue vender por aqui.

    Gostei da sua crónica. Subescrevo-a.

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  4. Já que temos (e muito bem!) um regime democrático e uma sociedade livre e plural, é bom que cada um assuma a responsabilidade daquilo que diz.

    Portanto, o sr. Saramago, sabendo que é livre, tome livremente a iniciativa de se calar. A liberdade implica responsabilidade: não podemos mandar-nos calar uns aos outros, portanto quem diz disparates é que devia, espontânea e livremente, calar-se, sem ser necessário ninguém o mandar.

    Mas o sr. Saramago julga que engana quem? Quer que realmente acreditemos que desconhece a Bíblia a esse ponto? Sabe muito bem que a Bíblia não é um «manual de maus costumes», mas faz de conta que ignora isso para servir os seus interesses ideológicos.

    A Bíblia tem crueldades, mas não ensina crueldade. É muito fácil isolar e tirar do contexto passagens sangrentas da Bíblia e dizer que a Bíblia é um manual de maus costumes.
    Mas essa é a superficialidade de um adolescente. É fazer-se de ignorante!

    Acho que é bem claro para toda a gente que o que a Bíblia ensina é o amor a Deus e ao próximo como a nós mesmos, e não «maus costumes».

    Duvido muito que «sem a Bíblia seríamos melhores», mas tenho a certeza de que sem a sua arrogância o sr. Saramago seria melhor.

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