domingo, 11 de novembro de 2018

OS PREÇOS DOS COMBUSTIVEIS

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HÁ MAIS DE UM MÊS COM OS PREÇOS A DESCER NA ORIGEM,

PORQUE NÃO DESCEM OS PREÇOS AO CONSUMIDOR?

WTI Petróleo Bruto
$60.19 ▼-0.48   -0.80%
2018.11.10 end-of-day

Brent Crude Oil 204 x 210 px

Brent Petróleo Bruto
$70.18 ▼-0.47   -0.67%
2018.11.10 end-of-day

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

O QUARTEL DE SÃO BRÁS ESTÁ ENTREGUE A QUEM?

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O QUARTEL DE SÃO BRÁS 

 

 

Esquecido e abandonado, o quartel de São Brás, desactivado, que foi, em 1993 pelo Estado-Maior do Exército, e agora em estado de pré-ruína, foi construído no mesmo local onde houvera um fortim consagrado ao mesmo santo, nos tempos do Cerco de Porto.

Fora um dos pontos chave da defesa do Porto, por parte dos liberais.

Foi esse fortim que acabou por definir o nome da via que hoje é a rua de São Brás.

Foi quartel da Guarda Municipal, quartel de Transmissões, e em 1963 passou a Casa de Reclusão da Região Militar do Porto, chegando a albergar, durante algum tempo, o espólio do Museu de Etnografia do Porto, oriundo do Palácio de São João Novo. Em 2001, a parada do velho quartel abandonado estava convertida em parque de estacionamento das viaturas apreendidas pela Polícia Judiciária.

A Câmara do Porto tentou, ao longo dos anos, negociar com o ministério que supostamente o tutelava, o da Economia, a transferência da posse do edifício para o município, mas sem qualquer sucesso.

De facto, a partir da data da sua desactivação, várias foram as tentativas de se dar um destino àquele espaço. Em 1997, Fernando Gomes, Presidente da Câmara Municipal do Porto, tentou estabelecer um acordo para a aquisição do quartel, com o Ministério da Defesa, e que passava por abrir o edifício ao movimento associativo da cidade.

Em 2001, um novo acordo quase foi celebrado, para que a autarquia tivesse direito à utilização do espaço, mas nada aconteceu apesar da assinatura de um protocolo de passagem do imóvel para o património municipal ter acabado por ser celebrado em 6 de Dezembro de 2001. A promessa de realização de obras de reabilitação, feita no final de 2001, nunca se concretizou.

O espaço fora também cobiçado pelas juntas de freguesia da cidade, já que em 1994 tinham já feito uma “guerra” para que o quartel não fosse transformado numa cadeia para mulheres. Entendiam que, dessa vez, lá devesse ser criado um ninho de colectividades. No entanto, nenhuma proposta chegou, alguma vez, a avançar.

Em 2004, no dia 28 de Maio, a Escola Carolina Michaelis sugeriu a instalação do Conservatório de Música no mesmo quartel.

Anos depois, vários candidatos à Câmara Municipal sugeriram que o quartel fosse utilizado como um espaço cultural, estando ao dispor de músicos e artistas. Falou-se ainda de ser utilizado para instalar as Associações recreativas da cidade. Foi também pensado que o espaço serviria para alojar residências universitárias, de que a cidade tem míngua.

Nunca estas ideias medraram!

No passado ano de 2015, aquando da decisão do Governo de alienar o Castelo de São Francisco Xavier (Castelo do Queijo), o Presidente da Câmara Municipal, Rui Moreira, propôs que a Câmara tomasse posse do quartel (as negociações para este espaço já estavam em andamento), assim como do Castelo do Queijo, tentando negociar uma permuta com o Ministério da Defesa (por imóveis da autarquia), mas nada mais se soube sobre o desenvolvimento deste assunto.

Não era, no entanto, aceitável, que um edifício do Estado tenha estado neste estado de degradação, sem que se tenha conhecido o que lhe reservava o futuro.

Mas agora ...

Surgiu, apadrinhado pelo Ministério das Finanças, com a aprovação da Câmara Municipal do Porto, um projecto da Casa de Saúde de Santa Maria para a instalação naquele espaço da sua Escola Superior da Saúde e de uma unidade de apoio a idosos. Tudo parecia bem encaminhado. 

Nada poderia vir a correr mal!

Enganaram-se os que assim pensaram. O ministério que supostamente tutelava o espaço (Economia), afinal não tutelava coisa nenhuma, e o que o tutela (Defesa), decidiu passar por cima de todas as negociações já feitas e quer (vai) vender o espaço em Praça Pública por 3,9 milhões.

Para que vai servir? E a quem?

Nada como saber-se o que se quer fazer, e como!

Apostemos agora na especulação imobiliária.

Estamos entregues a que tipo de gente?

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sexta-feira, 26 de outubro de 2018

ONTEM FUI À LOJA!

NA LOJA
Ontem fui à loja, escolhi uma água de colónia, com um cheirinho maravilhoso, e, apesar da insistência da empregada, muito simpática por sinal, optei por, naquela altura, não escolher mais nada.
Quando fui pagar, surpreendentemente, descobri que não tinha dinheiro que chegasse.
Fiquei triste, senti-me enganado, traído, desolado, e expliquei que deveria haver um qualquer engano. O preço não deveria ser aquele, já que eu não o conseguiria pagar ... nunca! Não ganhava para aquele tipo de luxo. Lá expliquei que era reformado, que tinha muitas despesas e pessoas a cargo, mas a funcionária não se comoveu e foi-me explicando que afinal eu tinha escolhido um produto Prada e que tinha de pagar o preço justo! 
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Voltei a sentir-me desolado, enganado, traído, e ainda tentei um último argumento:
- Mas o sr. Ministro disse-me, a mim e a todos nós, no Parlamento e tudo, que agora já todos tínhamos dinheiro para comprar Prada, os senhores estão a enganar-me!
Foi essa a altura em que, delicadamente, me puseram na rua!
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sexta-feira, 5 de outubro de 2018

EUROPA QUER QUE PORTUGAL MUDE OS MANUAIS ESCOLARES

EUROPA QUER QUE PORTUGAL MUDE OS MANUAIS ESCOLARES DE HISTÓRIA

tiveram uma epifania e, à conta dela, acharam que a história de um país com História, deveria ser recontada.

Que resposta irão dar os nossos historiadores e investigadores?

E os nossos mandantes?

“a narrativa da descoberta do Novo Mundo deve ser questionada”, diz o Concelho da Europa,

(para estes senhores, somos racistas e homofóbicos)

e, digo eu:

A história não pode ser reescrita à luz e ao sabor de tendências, sejam elas quais forem;

Não podemos nem devemos repensar a história dos séculos XV e XVI por causa de valores e ideias dos séculos XX e XXI.

É a Europa no seu melhor, e este, o tempo hipócrita em que vivemos.
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PORTUGAL FAZ ANOS NO DIA 5 DE OUTUBRO




PORTUGAL FAZ ANOS NO DIA 5 DE OUTUBRO
5 Outubro de 1143

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A data da Fundação Nacional é o dia 5 de Outubro de 1143, dia em que foi assinado o Tratado de Zamora.
É esta a data que corresponde, em primeiro lugar, à Independência de Portugal, e em segundo lugar à implantação da República em que ora vivemos.
Um país não vive do seu passado, mas tem que manter viva a sua memória.



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QUANDO UM SISTEMA POLÍTICO SE TORNA MAIS IMPORTANTE DO QUE A NOSSA NACIONALIDADE,

TROCAM-SE AS PRIORIDADES.

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Celebremos o 875º (octingentésimo septuagésimo quinto) Aniversário de Portugal.
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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

TÁXIS PARADOS

TÁXIS PARADOS


Imagem Internet

Aqui na cidade, a exemplo de mais duas outras no País, os profissionais da indústria dos táxis, pararam.

Juntaram-se aos magotes na Avenidas dos Aliados, vindos do Castelo do Queijo e de Campanhã, esperaram pelas resoluções governativas às suas exigências, legítimas por certo (nesta como noutras situações somos um povo que adora exigir), esperaram pelas directivas dos seus dirigentes que, também eles, esperavam, assumiram as razões que lhes assistiam para a greve encetada, e, à hora em que escrevo estas linhas, no fim do oitavo dia, continuam à espera, e, quem sabe, desesperam.

Enquanto uns motoristas exigiam que a Uber e a Cabify, e congéneres, simplesmente acabassem, mandando todos os seus trabalhadores para o desemprego, exibindo cartazes a isso alusivos, outros, mais comedidos exigiam (sempre as exigências que nos caracterizam), simplesmente, os mesmos direitos.

Pelo que dizem os taxistas entrevistados, e pelo que é o entendimento geral de todos nós, no fundo o que os taxistas, na sua maioria, exigem oficialmente, é ter os mesmo direitos que os senhores da Uber e da Cabify.

Ora, digo eu, para termos os mesmos direitos, deveremos também exigir-nos os mesmos deveres.

Assim sendo, o que os taxistas parecem querer é:

– Deixarem de ter isenção de 70% no valor do ISV
– Deixarem de ter isenção de IUC
– Passarem a ter 5% de contribuição sobre a Taxa de Intermediação.
– Passarem a deixar de ter dedução de IVA relativo a despesas com as viaturas.
– Deixarem de poder deduzir o valor do IVA do gasóleo.
– Deixarem de ter apoio específico na compra de carros eléctricos.
– Passarem a não poder operar com veículos de idade superior a 7 anos.
– Deixarem de ter contingentação (poder haver quantos táxis lhes apetecer).
– Poderem praticar preço livre.
– Deixarem de ter estacionamento dedicado.
– Deixarem de ter acesso à via Bus.
– Só poderem conduzir 10 horas por dia.
– Não poderem mostrar publicidade no interior ou no exterior dos veículos.
– Deixarem de ser um Serviço Público, ou, na inversa, que os Uber e os Cabify tenham as mesmas mordomias que eles têm por serem um Serviço Público, passando também eles a sê-lo.

Mas não me parece que seja mesmo isto que a indústria dos Táxis quer!

Julgam, ou julgavam, estes profissionais, que a má fama de que gozam se não iria repercutir mais dia menos dia nos seus trabalhos. Enganavam-se todos os dias com um olhar embevecido para o próprio umbigo.

Julgam, ou julgavam, estes profissionais, que o País iria parar com a paragem deles, que o País os aplaudiria e que, solidariamente, deixariam de utilizar os serviços dos senhores dos Uber e dos Cabify.

Julgam, ou julgavam, estes profissionais, que os dirigentes que nos governam iriam de imediato em seu socorro, de rabiote entre as pernas, com receio das represálias da paralisação ou do mais que viesse a seguir.

Estão, ou estavam, estes profissionais, enganados, auto-enganados. Os governantes da capital, bem assim como quaisquer outros, não lhes deram a importância que eles julgavam ter nem se intimidaram com as exigências que fizeram (até ver, claro, uma vez que estamos em contagem decrescente para as eleições), o País não parou, as cidades que tiveram estes manifestantes a bloquear algumas das principais ruas, não pararam, os Uber e os Cabify terão tido muito mais trabalho nessas cidades, e as populações não saíram à rua para os apoiar.

O serviço de Táxi é muito importante e mereceria ser tido como um serviço de excelência. Em muitos casos são o primeiro rosto visível para quem nos visita. Infelizmente e devido a muitos exemplos de maus profissionais (há-os bons e maus em todas as profissões) não é boa a fama de que vem acompanhado. Algumas atitudes dos profissionais do sector, que tendem a prejudicar os utentes deste serviço, também não ajudam a uma reabilitação do sentimento generalizado que se vai sentido em todo o lado. Devo dizer, no entanto, em abono da verdade, que o que se passa de negativo, na minha cidade e com este serviço, é, felizmente, menos grave e menos notório do que dizem que se passa noutras paragens. Mas não deixa, por isso, de ser mau.

Alguma coisa terá de mudar, e a mudança terá de vir dos profissionais de Táxis. Terão de mudar de mentalidade, terão de mudar de atitudes, de qualidade do serviço prestado, equiparando-se, ou mesmo superiorizando-se aos serviços prestados pelas outras organizações, se não quiserem morrer de morte lenta e dolorosa.

Não será por certo com proteccionismos e paralisações e exigências que vencerão, tanto a médio como a longo prazo.

(Texto publicado no blog A Viagem dos Argonautas a 27/09/2018)