quarta-feira, 12 de maio de 2010

COMO SE FORA UM CONTO - DESONESTIDADE

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DESONESTIDADE INTELECTUAL
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A desonestidade grassa por aí. Faz parte da vida dos nossos dias. Olhando bem, a intelectual é talvez a que mais se nota.

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Nestes dias da visita do Papa a Portugal, muitos, demasiados, previram que os Portugueses iriam demonstrar uma indiferença e um afastamento enormes.

Previsões erradas e desprovidas de bases seguras, no entanto afirmadas e reafirmadas como verdades absolutas.

Às mesas dos cafés, nos locais de trabalho, nos blogues, nos jornais, nas televisões, em tudo quanto é sítio e lado, têm sido inúmeros os ditos jocosos, a chacota e os disparates, de muitos que se dizem agnósticos, ateus, laicos e sérios. A tentativa frustrada de desmotivação das pessoas, e a sobranceria e intolerância das suas opiniões só pode ser considerada patética. O ódio tem estado patente em muitas das palavras proferidas.

Esquecem, porque não sabem, ou porque sabendo é «bem» dizer mal dela, o que é a Fé.

Convivem mal com o sublime e a excelência.

Desprezam com arrogância os valores que chamam à paz, à verdade, à tolerância, ao perdão, à esperança, à alegria, à beleza, ao amor ao próximo e à solidariedade.

Vivem em constante crise interior, de que se não dão conta.

Esquecem o povo, anónimo, que não liga ao diz que disse, que não se julga intelectual, que não tenta influenciar opiniões, nem se considera mais culto ou sabedor que o parceiro do lado, mas que na sua enorme sabedoria sabe destrinçar o essencial do acessório, e sabe que a Fé é um esteio seguro que ajuda à serenidade que permite ultrapassar os sofrimentos do dia-a-dia, ajudando à construção de uma comunidade de Paz.

Este Papa não é um brilhante comunicador, e vive tempos conturbados no seio da igreja e no mundo. Perde ao ser comparado com o seu antecessor, homem da teatralidade e da comunicação. Mas, sendo um homem da cultura, da música e do sorriso, fala só do essencial, e vai conseguir levar os seus propósitos a bom termo.

Bem-vindo Bento XVI.

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1 comentário:

  1. quinta-feira, 13 de Maio de 2010


    Sou católica, como qualquer portuguesa da minha geração:
    Em casa baptizaram-nos e a mãe e a avó desde pequenina ensinaram umas orações, como forma de protecção contra todas as maleitas.
    Na escola e igreja fomos sendo progressivamente sendo iniciadas de acordo com os santos mandamentos (As tábuas entregues por Deus e que deveria reger toda a sua igreja).
    Tudo o que aprendi serve para estabelecer as minhas prioridades, continuo a ser católica apenas por acreditar na mensagem de Cristo “amai-vos como vos amei”.
    Ninguém que ama o seu semelhante vive rodeado da maior opulência, ignorando os que diariamente morrem à fome ao seu redor.
    E das tabuinhas só se sabe que servem para impor aos outros, para os membros do clero e seus seguidores ainda devem existir as famosas “bulas”.
    Acho ridículo todo o aparato e segurança que foi montado para defender o “santíssimo”, de quem?
    Ou o aparato apenas serviu para uns quantos encherem mais os bolsos?

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