DE MANHÃ, EU FUI AOS FIGOS!
De manhã eu fui aos figos!
Ainda não tinham batido as oito e meia e já eu lá estava, na minha Leira, à beirinha da mais apetitosa das minhas figueiras. Sim, figueiras, plural, tenho quatro já adultas, mas dessas só duas me enchem o olho e o palato, e mais três ainda imberbes.
Das que me enchem e saciam, uma, dá figos verdes, relativamente pequenos, pingo de mel, mas ainda não estão maduros, e a outra, figos roxos e grandes, às vezes enormes e extremamente saborosos. Foi destes que fui colher.
Levei um baldinho, do tamanho do que os putos levam para a praia, ou um pouco maior, e …,
um para o balde…, outro para o balde…, um para a boca. Mais dois ou três para o balde…, e outro para a boca. Parei quando me senti saciado, ao quinto ou sexto figo, do tamanho de um punho, já a marinar na minha barriga, e o sabor ainda forte na minha boca.Esta maneira de os apanhar fez-me lembrar, com alguma nostalgia, um sogro que em tempos tive, a quem, nas férias de Verão, no Porto Santo, eu acompanhava, ainda a manhã dormitava, na apanha de figos para toda a gente, quando toda a gente da casa resolvesse ir tomar o pequeno-almoço.
Figos apanhados, fui ver as espigas de milho, colhidas há dois ou três dias, este ano de qualidade pouco mais que medíocre, e fui ver a vinha já quase pronta para a vindima e que está um regalo para os olhos.
E depois entretive-me a apanhar pimentos de várias espécies, cores e tamanhos, tomates e umas folhas de couve-galega, que junto com as cebolas e as batatas e a abóbora, já apartadas, e outros vegetais que até nem sei, iriam ajudar a fazer uma sopa de estalo.
E ajudaram.
Agora, saciado, entretenho-me a contar-vos esta pequena aventura, antes que a moleza se apodere de mim.
Que giro! Faz-me lembrar a minha mãe, que andava sempre com um canivete no bolso para os poder apanhar e descascar. Ela adorava os figos do campo!
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