terça-feira, 26 de agosto de 2008

DEMITAM-SE MEUS SENHORES!

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DEMITAM-SE MEUS SENHORES!


Oh senhores Ministros, demitam-se. Vão-se embora. Xô!
Eu sei que pelo menos um dos senhores nem foi de férias, merecidas por certo, e que ficou a trabalhar em prol do país e tudo o mais, mas... Desculpem dizê-lo assim, não é tanto o trabalho, se não se estiver vocacionado ou preparado para o fazer ou se não existir vontade política para solucionar os problemas, que nos interessa, é mais a capacidade para o executar convenientemente (entendendo-se por “convenientemente”, o melhorar a vida dos habitantes do nosso país e solucionar os problemas que ainda possam existir)
Numa qualquer firma comercial, com uma administração a sério, os senhores já teriam ido para o olho da rua, por inaptidão para o serviço, com despedimento por justa causa.
Os senhores Ministros da Administração Interna e da Justiça, cada um nas suas competências, esqueceram-se, ou não, de dar às nossas polícias, os meios necessários para a obtenção de bons resultados. Nelas, nas nossas polícias, há de certeza, óptimos profissionais, que por falta de condições de várias índoles, mais não farão que “ir fazendo”….
Nos últimos tempos, temos vindo a assistir a um crescendo de criminalidade. Todos os dias, mas mesmo todos os dias, há notícias de assaltos, cada vez mais violentos, com mortes dos assaltantes ou de inocentes cidadãos, com cada vez mais recurso a armas, sendo muitas de calibre de guerra.
Mas, que se passa por cá? Brincamos aos polícias e aos ladrões?
Os meliantes cada vez mais se sentem imunes à nossa débil justiça!
Quantos crimes violentos estão por resolver e qual a percentagem de resolução nos últimos anos?
Quantos bandidos estão por aí “a monte”, por falta de recursos para os apanhar, ou em casa à espera que a justiça se decida a fazer seja o que for que a justiça faz?
Quantos crimes são praticados por nacionais e quantos por estrangeiros?
Qual a relação entre aumento da criminalidade violenta e a imigração?
E entre esse aumento e o aumento do desemprego e da pobreza no país?
E ainda, qual a percentagem desse aumento, comparada com o relacionamento entre e com as diferentes etnias que cá vivem presentemente?
Que dizem as nossas leis, e como são aplicadas, quanto à severidade das punições dos crimes deste calibre? (crimes violentos e à mão armada, onde tudo é “suposto” ou “presumido”, desde o crime ao criminoso, mesmo se apanhado a praticar o acto “supostamente ilícito”)
As respostas não serão, por certo, agradáveis de ouvir e de digerir.
Já só somos de brandos costumes no que diz respeito às leis, uma vez que quanto ao crime praticado e à sua violência e periodicidade, estamos conversados.
Os senhores Ministros da Justiça e da Administração Interna, por muito trabalhadores que sejam, deveriam fazer um exame de consciência e, demitirem-se. Já chega de tanta ineficácia. Ouçam o povo, leiam os jornais e… vão-se embora! Pode ser que o partido do governo tenha lá alguém competente, e se não tiver, vá-se também o governo, e pronto….
Assim é que não pode continuar!
Queria ter um país de que me orgulhasse, a todos os níveis, segurança, justiça, educação, saúde e por aí fora, mas com toda esta dependência desta Lisboa centralista, e deste governo que mais parece autista, só penso em ter autonomia regional para, sem estarmos dependentes destes senhores, termos uma política em condições, que permita sermos governados por quem sabe, homens e mulheres do nosso norte, “gajos do carago”, à moda do Porto, de antes quebrar que torcer, de muita força e de muito carácter.
Nem sequer peço muito.
Para já, só que estes senhores se vão embora, e depressinha se faz favor.
Depois, condições para ter-mos governo e bandeira próprias!
Já basta de aguentar com gente assim!
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JM
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(Publicado no jornal "O Primeiro de Janeiro" - Opinião - em 27 de Agosto de 2008
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