quarta-feira, 11 de março de 2009

O NOSSO PRESIDENTE

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PRESIDENTE CAVACO - 3 ANOS
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Sempre gostei de Cavaco Silva. Desde o tempo em que era o nosso primeiro da altura.
Nesse tempo, eu olhava mais para o partido que mais gostava do que para as pessoas que o serviam.
Hoje olho mais para as pessoas que se servem dos partidos. E também para as que os servem e ao País.
Claro que não gosto muito do seu sorriso de plástico, do seu distanciamento, e da sua postura física cada vez mais de pau nas costas, mas não será isso que faz dele um menos bom Presidente.
Cavaco Silva, hoje como ontem, serve o País e os Portugueses. Tem sido lúcido e após um primeiro ano demasiado calmo e condescendente, tem tido uma atitude de controle do governo, esclarecida.
Hoje, o nosso Presidente está preocupado com os Porrtugueses. Está triste por nós e connosco.
Tem vindo a mudar um pouco a sua atitude, tornando-se mais solidário e interessado, e a comportar-se como um Rei, que por inerência é pelo povo, para o povo e supra partidário.
E por causa disso, por causa da sua postura, tem cada vez mais a confiança da maior parte dos nossos concidadãos. E o povo, embora republicano, gosta de um Rei que olhe por eles. Os Portugueses são assim, gostam de ser dependentes de um soberano que os trate como filhos. Cavaco é assim, uma espécie de nosso paizinho.
Cavaco está triste, Cavaco está um pouco preocupado, e nós estamos muito preocupados, muito tristes e até quilhados (se este termo se deva aplicar ao que nós estamos). A actual crise está a por em causa o nosso dia a dia. A pobreza está à porta e a fome espreita. Há endividamento excessivo e um tecido familiar enfraquecido. As diferenças entre os mais pobres e os mais ricos estão a aumentar. A classe média praticamente desapareceu. Não há consciência social. A educação está de rastos e a saúde periclitante. Precisamos de empregos, precisamos de ter confiança no futuro, precisamos de esperança e de estabilidade. Precisamos de mudar!
Talvez que Cavaco, com a sua capacidade e com as suas possibilidades, bem assim como com a sua solidariedade, nos possa ajudar a escolher um rumo diferente e melhor daqui para a frente. Um governo mais racional, mais solidário e mais realista. Mas somos nós que temos de escolher, que temos de tomar uma atitude.
Passaram já três anos deste seu mandato, e espera-se que, caso continue com o bom trabalho que tem efectuado, tenha vontade para mais um mandato logo que este se acabe.


(In O Primeiro de Janeiro, 11-03-2009)

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JM
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