sábado, 2 de março de 2013

OS NÚMEROS DE UMA REVOLTA

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MAIS DE UM MILHÃO ONDE NÃO CABEM 300MIL
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Manifestação 2 de Março. Cartaz "Grândola, Vila Morena"
Não fui, nem nunca iria a uma manifestação como esta que se verificou hoje, apesar de saber que poucas coisas, nos dias de hoje, andam razoavelmente bem no nosso País. Não encontro nos organizadores e apoiantes, no slogan simplista “que se lixe a troika”, e no entoar da “Grândola” em tudo quanto é canto e esquina ou acontecimento político em que intervenham ministros, qualquer vislumbre de pensamento positivo ou de propostas alternativas que sejam viáveis
No entanto, este 2 de Março foi um marco, um aviso sério, um grito lancinante, feitos do desespero de alguns (muitos) e do oportunismo de muitos (demasiados).
Neste 2 de Março as gentes vieram para a rua não só para gritar contra a troica, não só para gritar contra Gaspar ou Álvaro, mas especialmente para avisar seriamente Passos Coelho do desespero que as consome.
Neste 2 de Março, o governo, melhor dito, o nosso Primeiro Ministro, tem de perceber que o povo está descontente, que não foi neste Gaspar duro e aparentemente insensível  que o povo votou e que o desespero pode provocar um ainda maior descalabro social.
Passos Coelho tem de tirar ilações disto que se passou e actuar em conformidade. Foi para isso que o voto lhe foi dado pela maioria do Portugueses. Se o não fizer, corre sérios riscos de não se aguentar muito mais tempo na governação.
Mas neste 2 de Março também há um enorme aproveitamento político da parte de alguns. Ou senão, vejamos os números. Independentemente da real grandeza da manifestação, que foi realmente grande, os promotores conseguiram colocar um milhão de pessoas onde não cabem mais de duzentos mil e quatrocentos mil onde nem oitenta mil cabem, só para mostrar aos inocentes a força que a manifestação teve. 
Esperava-se seriedade de quem quer tudo direitinho, não estas mentiras. São afinal iguais aos que mentem descaradamente e nos entram diariamente pela porta/televisão/rádio dentro, seja a falar de greves, de sacrifícios próprios ou alheios, ou seja pelo que for.
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4 comentários:

  1. 500 mil manifestantes ! Foi fácil, contaram os braços depois as pernas e dividiu-se por 4 !!! Foram mesmo 500.000 !!!

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  2. 500 mil manifestantes ! Foi fácil, contaram os braços depois as pernas e dividiu-se por 4 !!! Foram mesmo 500.000 !!!

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  3. A questão central é: Participaram na manifestação, de algum modo, centenas e centenas de milhares de pessoas ? Sim. Não estiveram, NUM DADO MOMENTO, 800.000 pessoas no Terreiro do Paço,ou sequer metade ? Sim. E quantas pessoas queriam ter participado e por esta ou aquela razão não o puderam fazer ? Muitas.Talvez dezenas de milhares, ou mesmo mais... Só do "meu território" faltaram a minha mulher e filhas (maiores e mães)

    Cumprimentos.

    João Pedro

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  4. -> Anda por aí muita conversa que... visa perpetuar/eternizar a parolização de contribuinte... isto é, ou seja, lançar uma cortina de fumo para que o contribuinte não veja o óbvio: os contribuintes não podem passar um 'cheque em branco' aos políticos!!!... Leia-se: votar em políticos... sim mas... votar não é passar um 'cheque em branco'!
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    -> Não seja/sejam cúmplices da música para otários: «vira o disco e toca o mesmo».
    -> De facto, mesmo realizando eleições em todos os "semestres"... seria o «vira o disco e toca o mesmo»: os lobbys manteriam a sua influência... e quando passassem a «ex-», os governantes, teriam belos 'tachos' à sua espera.
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    -> Os políticos não deverão ter o número de mandatos limitado... mas, em contrapartida, esses mandatos deverão estar sujeitos a uma muito maior vigilância/controlo por parte dos cidadãos. [nota: e os políticos deverão ter uma idade de reforma igual à do regime geral!]
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    -> Pelo 'Direito ao Veto de quem paga': blog «fim-da-cidadania-infantil».

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