sexta-feira, 28 de novembro de 2008

FIQUEM BEM!

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TENHAM UMAS BOAS FÉRIAS DE MIM!
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Devia estar satisfeito, mas não estou.
Devia estar ansiosamente feliz, mas não estou.
Deveria até estar moderadamente despreocupado, mas não estou.
Amanhã vou para férias. Amanhã, ao fim de muitos anos, vou-me embora por meio mês. Vou deixar para trás as pequeninas lutas das gentes que me rodeiam. Vou deixar de me lembrar dos problemas menores, e das pessoas menores, e das situações menores, e no entanto estou preocupado. Que será feito de todas estas coisas, pessoas e situações, sem mim?
Vão passar muito bem, eu sei, e ainda bem!
Não deixo no entanto de saber que vou passar metade do tempo a pensar em tudo o que quero ver afastado de mim. Mas não vou deixar que este meu tempo acabe a ver-se prejudicado por tais pensamentos. Isso já eu prometi a mim mesmo, e vou cumprir.
Tenham umas boas férias de mim.

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JM
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DALAI LAMA

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NADA MAIS VERDADEIRO!
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Os homens são o que de mais surpreendente há na humanidade... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem-se do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.

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Dalai Lama
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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

REGIONALIZAÇÃO

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SÓ NÃO MUDA... QUEM É BURRO!
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Dez anos depois do referendo, há um renascer da causa regionalista. Antigos adversários da regionalização surgem com um novo parecer. Rui Rio é um deles. António Pires de Lima é outro e explica-se: "São hoje mais evidentes os desequilíbrios.
" Será que também mudaram de opinião muitos dos que, em 1998, impediram a divisão do País com um ‘score’ de 60 por cento? E porquê? Será a evidência dos ‘desequilíbrios’ ou a vontade de uma noção de Estado mais ágil que seduz hoje os portugueses? Não. É por cansaço que mudamos o sentir. Na verdade, enquanto país estamos fartos uns dos outros e dos problemas de uns e dos problemas dos outros. E pode ser que com a regionalização nos deixemos em paz. E quantas mais regiões melhor. Longe da vista…

Leonor Pinhão, Jornalista

Só não muda ...quem é burro

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In Colheita63
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METRO SUL DO TEJO / METRO PARA O PORTO

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AS DIFERENÇAS DOS METROS

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Enquanto o Metro Sul do Tejo, avança a todo o vapor para o Barreiro Seixal e Lavradio, o Metro do Porto continua na forma, a marcar passo.
O ministro "jamais", na inauguração em Almada do último troço da primeira fase, anunciou que o governo não vai parar o desafio do Metro do Sul do Tejo, estando já em estudos a ligação ao aeroporto que se vai construir em Alcochete, e ao TGV.
A região de Lisboa, tem no governo um aliado de peso, e assim tudo rola sobre carris.
A Região do Porto, não tem aliados, antes parece ter unicamente inimigos, e os carris que não temos não são precisos, pois que por cá não há necessidade de Metro, "somos poucos e isto é tudo muito pequenino!"
Mas será que ninguém consegue pôr estes "senhores gajos" na ordem (rua)?
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JM
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AEROPORTO SÁ CARNEIRO

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NORTE UNIDO NA DEFESA DA GESTÃO AUTÓNOMA DO "SÁ CARNEIRO"
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Os principais autarcas do Norte uniram-se, esta quarta-feira, na defesa de uma gestão autónoma para o aeroporto Francisco Sá Carneiro. Aveiro solidarizou-se e o Conselho Regional, com 86 municípios, vai escrever a José Sócrates.
Guimarães foi palco de um almoço entre Rui Rio, presidente da Junta Metropolitana do Porto (JMP), os presidentes de câmara de outras capitais de distrito e o responsável máximo pelo conselho consultivo criado no âmbito da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), Francisco Araújo, que defendeu a gestão autónoma. Neste órgão, que vai marcar uma reunião extraordinária para Janeiro, estão representados todos os municípios nortenhos, universidades, associações patronais e sindicais, entre outras.
O movimento em defesa da gestão descentralizada, face à privatização da ANA, estende-se a Aveiro, cujo presidente da Câmara não pôde estar presente mas enviou uma carta a apoiar a iniciativa. O mesmo fez o de Braga.
No encontro, participaram oito autarcas: Porto, Guimarães, Famalicão, Vila Real, Barcelos, Bragança, Viana e Arcos de Valdevez, cujo presidente da Câmara, Francisco Araújo, é, simultaneamente, o líder do Conselho Regional do Norte. Uma das competências desta estrutura, que tem 103 membros e cujo vice-presidente é o socialista Joaquim Barreto, de Cabeceiras de Basto, é, precisamente, a de dar parecer sobre projectos de interesse para a região.
Para Janeiro, em princípio dia 15, será convocada a reunião do Conselho Regional, com vista a ser remetida uma posição conjunta ao primeiro-ministro, explicou Francisco Araújo. "A minha posição é claramente de apoio à posição defendida pela JMP, de que a gestão do aeroporto deve contribuir como factor de desenvolvimento da região e ficar com uma gestão autónoma", adiantou. De outro modo, advertiu, não será "bom nem para o Norte, nem para o país". Quanto à posição "que vier a ser tomada no Conselho Regional", esta "será endereçada ao primeiro-ministro". Rio disse esperar que haja unanimidade, justificando a convocação do conselho com a necessidade de "alargar" o apoio à posição já remetida ao Governo, pela JMP, onde "há unanimidade", e associações empresariais (AEP, ACP, AIMinho e AIDA). Além disso, nota que "Portugal não se pode dar ao luxo de desprezar uma infra-estrutura" como a do aeroporto do Porto e que ela deve "servir a economia regional", que tem "os piores indicadores". Defensor Moura, de Viana, reforçou ser necessário que a região passe a ser "contribuinte e não um peso para o país".
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In JN
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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

JORNALISMO "TIPO" PASQUIM DE TERCEIRO MUNDO

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SEGUNDO NOTÍCIAS DO 24H. O CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DA RÉPUBLICA, EM 2006, TERIA DE TER SABIDO, NA ALTURA, QUE UM SEU APOIANTE IRIA SER INDICIADO POR ACTOS ILÍCITOS DOIS ANOS DEPOIS.
SÓ DEVEMOS AGRADECER A ESTES JORNALISTAS A LIÇÃO DE MORALIDADE QUE NOS PRESTAM. COM GENTE EDUCADA ASSIM, É QUE A NOSSA JUVENTUDE APREENDE AS MELHORES BASES PARA O SEU FUTURO.
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José Oliveira e Costa, o presidente do Banco Português de Negócios agora em prisão preventiva e indiciado por burla, branqueamento de capitais e fraude fiscal, doou a título pessoal 15 mil euros para a campanha presidencial de Cavaco Silva, noticia hoje o jornal "24 Horas".
Na lista de apoiantes da candidatura do Presidente da República, em 2006, estão outros accionistas do BPN, entre eles Joaquim Coimbra, que terá feito a doação mais generosa, com mais de 22.482 euros, o máximo permitido por lei, e equivalente a 60 ordenados mínimos, diz o diário, baseado na lista de doadores entregue pela campanha no Tribunal Coinstitucional. Cavaco Silva terá recebido quase 100 mil euros de homens ligados ao BPN. A lei proíbe donativos de pessoas colectivas.
A ligação de Cavaco Silva aos negócios do BPN foram alvo de notícia no fim-de-semana, quando o Presidente teve necessidade de emitir um comunicado negando qualquer envolvimento com a instituição nacionalizada no início deste mês.
Para além do BPN, a campanha de Cavaco Silva recebeu também donativos de individualidades ligadas a outras instituições bancárias como o BES, BCP, BANIF e BPP.

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In "24H" e noticiado on line por "Público"
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MIA COUTO

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E SE OBAMA FOSSE AFRICANO?

Os africanos rejubilaram com a vitória de Obama. Eu fui um deles. Depois de uma noite em claro, na irrealidade da penumbra da madrugada, as lágrimas corriam-me quando ele pronunciou o discurso de vencedor. Nesse momento, eu era também um vencedor. A mesma felicidade me atravessara quando Nelson Mandela foi libertado e o novo estadista sul-africano consolidava um caminho de dignificação de África.
Na noite de 5 de Novembro, o novo presidente norte-americano não era apenas um homem que falava. Era a sufocada voz da esperança que se reerguia, liberta, dentro de nós. Meu coração tinha votado, mesmo sem permissão: habituado a pedir pouco, eu festejava uma vitória sem dimensões. Ao sair à rua, a minha cidade se havia deslocado para Chicago, negros e brancos respirando comungando de uma mesma surpresa feliz. Porque a vitória de Obama não foi a de uma raça sobre outra: sem a participação massiva dos americanos de todas as raças (incluindo a da maioria branca) os Estados Unidos da América não nos entregariam motivo para festejarmos.
Nos dias seguintes, fui colhendo as reacções eufóricas dos mais diversos recantos do nosso continente. Pessoas anónimas, cidadãos comuns querem testemunhar a sua felicidade. Ao mesmo tempo fui tomando nota, com algumas reservas, das mensagens solidárias de dirigentes africanos. Quase todos chamavam Obama de "nosso irmão". E pensei: estarão todos esses dirigentes sendo sinceros? Será Barack Obama familiar de tanta gente politicamente tão diversa? Tenho dúvidas. Na pressa de ver preconceitos somente nos outros, não somos capazes de ver os nossos próprios racismos e xenofobias. Na pressa de condenar o Ocidente, esquecemo-nos de aceitar as lições que nos chegam desse outro lado do mundo.
Foi então que me chegou às mãos um texto de um escritor camaronês, Patrice Nganang, intitulado: " E se Obama fosse camaronês?". As questões que o meu colega dos Camarões levantava sugeriram-me perguntas diversas, formuladas agora em redor da seguinte hipótese: e se Obama fosse africano e concorresse à presidência num país africano? São estas perguntas que gostaria de explorar neste texto.
E se Obama fosse africano e candidato a uma presidência africana?
1. Se Obama fosse africano, um seu concorrente (um qualquer George Bush das Áfricas) inventaria mudanças na Constituição para prolongar o seu mandato para além do previsto. E o nosso Obama teria que esperar mais uns anos para voltar a candidatar-se. A espera poderia ser longa, se tomarmos em conta a permanência de um mesmo presidente no poder em África. Uns 41 anos no Gabão, 39 na Líbia, 28 no Zimbabwe, 28 na Guiné Equatorial, 28 em Angola, 27 no Egipto, 26 nos Camarões. E por aí fora, perfazendo uma quinzena de presidentes que governam há mais de 20 anos consecutivos no continente. Mugabe terá 90 anos quando terminar o mandato para o qual se impôs acima do veredicto popular.
2. Se Obama fosse africano, o mais provável era que, sendo um candidato do partido da oposição, não teria espaço para fazer campanha. Far-Ihe-iam como, por exemplo, no Zimbabwe ou nos Camarões: seria agredido fisicamente, seria preso consecutivamente, ser-Ihe-ia retirado o passaporte. Os Bushs de África não toleram opositores, não toleram a democracia.
3. Se Obama fosse africano, não seria sequer elegível em grande parte dos países porque as elites no poder inventaram leis restritivas que fecham as portas da presidência a filhos de estrangeiros e a descendentes de imigrantes. O nacionalista zambiano Kenneth Kaunda está sendo questionado, no seu próprio país, como filho de malawianos. Convenientemente "descobriram" que o homem que conduziu a Zâmbia à independência e governou por mais de 25 anos era, afinal, filho de malawianos e durante todo esse tempo tinha governado 'ilegalmente". Preso por alegadas intenções golpistas, o nosso Kenneth Kaunda (que dá nome a uma das mais nobres avenidas de Maputo) será interdito de fazer política e assim, o regime vigente, se verá livre de um opositor.
4. Sejamos claros: Obama é negro nos Estados Unidos. Em África ele é mulato. Se Obama fosse africano, veria a sua raça atirada contra o seu próprio rosto. Não que a cor da pele fosse importante para os povos que esperam ver nos seus líderes competência e trabalho sério. Mas as elites predadoras fariam campanha contra alguém que designariam por um "não autêntico africano". O mesmo irmão negro que hoje é saudado como novo Presidente americano seria vilipendiado em casa como sendo representante dos "outros", dos de outra raça, de outra bandeira (ou de nenhuma bandeira?).
5. Se fosse africano, o nosso "irmão" teria que dar muita explicação aos moralistas de serviço quando pensasse em incluir no discurso de agradecimento o apoio que recebeu dos homossexuais. Pecado mortal para os advogados da chamada "pureza africana". Para estes moralistas – tantas vezes no poder, tantas vezes com poder - a homossexualidade é um inaceitável vício mortal que é exterior a África e aos africanos.
6. Se ganhasse as eleições, Obama teria provavelmente que sentar-se à mesa de negociações e partilhar o poder com o derrotado, num processo negocial degradante que mostra que, em certos países africanos, o perdedor pode negociar aquilo que parece sagrado - a vontade do povo expressa nos votos. Nesta altura, estaria Barack Obama sentado numa mesa com um qualquer Bush em infinitas rondas negociais com mediadores africanos que nos ensinam que nos devemos contentar com as migalhas dos processos eleitorais que não correm a favor dos ditadores.
Inconclusivas conclusões
Fique claro: existem excepções neste quadro generalista. Sabemos todos de que excepções estamos falando e nós mesmos moçambicanos, fomos capazes de construir uma dessas condições à parte.
Fique igualmente claro: todos estes entraves a um Obama africano não seriam impostos pelo povo, mas pelos donos do poder, por elites que fazem da governação fonte de enriquecimento sem escrúpulos.
A verdade é que Obama não é africano. A verdade é que os africanos - as pessoas simples e os trabalhadores anónimos - festejaram com toda a alma a vitória americana de Obama. Mas não creio que os ditadores e corruptos de África tenham o direito de se fazerem convidados para esta festa.
Porque a alegria que milhões de africanos experimentaram no dia 5 de Novembro nascia de eles investirem em Obama exactamente o oposto daquilo que conheciam da sua experiência com os seus próprios dirigentes. Por muito que nos custe admitir, apenas uma minoria de estados africanos conhecem ou conheceram dirigentes preocupados com o bem público. No mesmo dia em que Obama confirmava a condição de vencedor, os noticiários internacionais abarrotavam de notícias terríveis sobre África.
No mesmo dia da vitória da maioria norte-americana, África continuava sendo derrotada por guerras, má gestão, ambição desmesurada de políticos gananciosos. Depois de terem morto a democracia, esses políticos estão matando a própria política. Resta a guerra, em alguns casos. Outros, a desistência e o cinismo.
Só há um modo verdadeiro de celebrar Obama nos países africanos: é lutar para que mais bandeiras de esperança possam nascer aqui, no nosso continente. É lutar para que Obamas africanos possam também vencer. E nós, africanos de todas as etnias e raças, vencermos com esses Obamas e celebrarmos em nossa casa aquilo que agora festejamos em casa alheia.
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MIA COUTO
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terça-feira, 25 de novembro de 2008

ESTOU QUASE A IR-ME PARA FÉRIAS

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FALTA POUCO
Faltam já poucos dias para que ao fim de sete anos vá gozar duas semanas de férias.
Se calhar já nem sei como o fazer, mas que vou sair daqui e só volto no fim do tempo, lá isso vou.
Penso que é como andar de bicicleta e outras coisas, nunca se desaprende. E o facto de estar muito enferrujado pela falta de práctica, não me deve impedir de as fazer bem feitas.
Assim, a partir do fim desta semana, e durante duas, inteirinhas, não vou pôr aqui os pés, ou as mãos, melhor dizendo.
A partir de hoje, vou contar os minutos e se calhar também os segundos, até ao momento da partida.
O pior vai ser o fazer as malas. Vou começar amanhã! Que chatice! Detesto fazer malas, e chegando lá (o sítio para onde vou), desfazer malas, e passados os dias curtos mas belos da minha estadia, fazer malas e chegado a casa desfazer malas, e pôr tudo no lugar, e lavar o que estiver sujo ou surrado, e colocar as malas de novo nos arrumos, à espera da próxima vez, sabendo eu lá quando volta a ser.
De qualquer modo, detesto fazer malas. Este tipo de roupa para aqui, aquele para ali, sapatos para acolá, as coisitas para higiene bem acondicionadas e em sacos herméticos, roupa muito quente, que pode estar frio, roupa menos quente que pode não estar, máquina fotográfica (sempre indispensável), cremes para a barba, para o corpo e sei lá para que mais, botas, sapatos, guarda-chuva, telemóvel (uma obrigação incomodativa) e por aí fora numa panóplia de coisas interminável, sempre com a certeza de que, chegado lá, descubro que o que eu precisava mesmo, tinha ficado esquecido em cima de uma qualquer cadeira ou mesa da casa.
Decididamente, detesto fazer malas!
Mas, fora isso, adoro ir para férias. Seja para onde for, desde que vá. Novas gentes, novos lugares, ou a revisitação de antigos, e sobretudo adoro o sair daqui. Adoro a minha terra e as minhas gentes, não se pense por estas palavras que não é assim, mas ao fim de tanto tempo sem me ausentar, tenho necessidade de me afastar das pessoas, dos problemas do dia a dia, até mesmo dos lugares. E quando voltar, com energias renovadas, tudo me vai parecer ainda mais bonito e ainda mais agradável.
Para trás deixo os problemas que a crise dos professores e a dos alunos me causam, as chatices do BPN, os pobres desgraçados dos depositantes do BPP que podem perder o seu dinheirinho, o Dr Constâncio, as lutas pela regionalização, o TGV, o novo aeroporto da capital, os dinheiros que não vêm para a minha terra porque são desviados para Lisboa, o Metro para o Porto, o Magalhães que nunca mais chega, o país pintado de laranja amarelo ou vermelho por causa das chuvas dos ventos ou do frio como se fosse coisa nova que nunca tivemos e tem de haver uma entidade para nos ensinar o que fazer e como, a ASAE e as suas ordens e multas, a linha do Tua que não voltou a ser falada, o caso casa Pia que está mesmo no final, as queixinhas do ministro S.S. que a todos acusa da direita à esquerda, a Drª Manuela e as suas gaffes, a arrogância do nosso primeiro (agora menor, que as eleições são já daqui a dez meses e é preciso ter cuidadinho) e por aí fora numa quantidade enorme de situações e de chatices que só me dão dores de cabeça.
Feriazinhas merecidas, penso eu, até porque há muitos anos que as não tenho e adoro sair, ir para fora, tanto ou mais quanto detesto fazer malas.
E como detesto!
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JM
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Ps: -Deixo tudo isto, mas comigo levo o amor da minha vida, nas primeiras férias que teremos em conjunto. Que maravilha!
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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

COM ESTA LUTA ESTRANHA ...

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COM ESTA LUTA…

Com esta luta em que professores, alunos, governo, políticos de vários quadrantes e povo em geral estão envolvidos, eu, que estou de fora e quero manter-me nesse lugar, tenho muitas dificuldades em ver de que lado está a razão. E isto porque a razão tem muitos lados.
Até parece que os professores querem ser avaliados, mas se o querem, todos querem ter nota “bom”. De qualquer forma, não querem “esta” avaliação.
Até parece que o governo quer que os professores se demitam, interrompendo assim a carreira, e que deixem de lado a sua vocação, que deveria ser ensinar. De qualquer forma as posições estão extremadas e muito dificilmente se chegará a um entendimento.
Até parece que os alunos não foram instrumentalizados por professores e outras pessoas, e que o governo ao dar-lhes alguma razão não quer mais do que afastar a luta deles da dos professores. De qualquer forma o despacho esclarecedor sobre o Estatuto do Aluno, não esclareceu nada.
Até parece que todos têm razão. Os professores que já por três vezes vieram para a rua, os alunos que também para lá foram, o governo que “sabe” o que é bom para nós e os políticos das variadas e diferentes facções que apoiando uns e desapoiando outros, lá vão fazendo crer que a razão está do lado deles.
No fim de tudo, não sei mesmo de que lado está a razão, ou se ela está em algum dos lados. De qualquer forma, entendo que não haver maneira de afastar um professor que seja incompetente é no mínimo calamitoso, bem assim como não premiar o professor que seja realmente melhor que outros é manifestamente injusto, e por isso, professores e governo têm de chegar a um entendimento que demonstre vir a ser para o bem de todos, alunos e docentes, não tendo interesse algum clamar vitória ou esconder derrota nesta contenda.
E já que o assunto é a avaliação das competências, porque não avaliar as respectivas dos políticos da nossa praça? Ao que se vai vendo, uns são maus, e outros ainda piores, salvando-se muito poucos nesse exame, e a sua não possibilidade de apreciação oficial, é triste e imoral. Verifica-se que nos últimos vinte anos, são sempre os mesmas que por cá andam, muito poucos com reais e boas provas dadas, e que se por um acaso da sorte tivessem já sido avaliados e punidos ou aclamados por causa disso, pouco mais de dez por cento deles ainda andariam por cá a fazer política.
Os outros, os que tivessem sido postos fora, por certo estariam a trabalhar.
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JM
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MAIAKOVSKI, muito actual

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Maiakovski
Poeta russo "suicidado" após a revolução de Lenin… escreveu, ainda no início do século XX :

Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.
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Cidadão anónimo
nos dias de hoje
Sócrates logo no dia da posse atacou os farmacêuticos.
Eu não disse nada porque não sou farmacêutico
A seguir atacou os magistrados, também nada disse porque não sou magistrado.
Depois foi aos médicos e enfermeiros. Também nada disso é comigo
A seguir congelou as carreiras dos funcionários públicos, quero lá saber eu nem sou manga de alpaca.
Maltratou os polícias, os militares, os professores... os padres também não escaparam
Aumentou os impostos.
Aumentou a idade da reforma, a insegurança nas ruas, nas escola e até nas nossas casas.
Áh, mas criou “as novas oportunidades” “o divórcio” a insegurança, o crime, a violência, os “canudos” de férias e Domingos.
Hoje bateu à minha porta com a Lei da mobilidade e atirou-me para o desemprego.
Já gritei e ninguém me ouve, até parece que a coisa só me afecta a mim.
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Incrível é que, após mais de cem anos, ainda nos encontremos tão desamparados, inertes, e submetidos aos caprichos da ruína moral dos poderes governantes, que vampirizam o erário, aniquilam as instituições, e deixam aos cidadãos os ossos roídos e o direito ao silêncio : porque a palavra, há muito se tornou inútil…
- até quando?...
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AINDA HÁ CONDIÇÕES?

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Começam a esfumar-se as condições para que a Drª Manuela Ferreira Leite continue em funções. As gaffes, os silêncios, a falta de agressividade, a quase total falta de oposição e a completa ausência de "estar", fazem com que o partido do governo, apesar da muita contestação, continue à tona e com um completo à vontade. De cada vez que a Srª Drª fala, ou não fala e deveria falar, ou falando necessita de ver explicado o seu conteúdo e o sentido das suas palavras, os socialistas riem e vêm aumentada a distância relativa, voltando aos poucos a aproximar-se de uma maioria absoluta. Actualmente, do lado direito do Parlamento, e também transposto para o dia a dia, só o Dr. Portas faz uma oposição eficaz ao governo. O PSD ainda se arrisca a ver o CDS/PP a subir às suas custas, nas sondagens.

A Drª Manuela, é, poderá ser, de uma capacidade enorme para as matérias sobre as quais estudou, e até tirou um curso superior, mas para líder de um partido que se quer num dia próximo, governo, mostra-se de uma incapacidade gritante. Também na A.R., o actual líder da bancada do seu partido, perde em toda a linha para o seu antecessor.

Já ninguém acredita nas possibilidades da senhora para levar o partido ao mais alto lugar em Portugal. Numa altura em que se deveriam discutir diferentes estratégias para combater o partido do governo, só se fala na necessidade de dar um pontapé nos fundilhos das calças (neste caso na saia) da Srª Drª e colocar em sua substituição, e depressinha, uma cara nova.

O Dr Menezes, há meses que reclama essa mudança, o mais tardar para o princípio de 2009. O Dr Passos Coelho, tem mantido silêncio sobre o assunto, mas vai trabalhando na sombra para esse efeito. O Dr Santana Lopes, rendeu-se aparentemente, talvez por um qualquer interesse momentâneo de ordem camarária. E até o Dr Marcelo se perfila já como candidato, em princípio não para hoje, mas quase de certeza para amanhã.

Ainda há condições, Srª Drª Manuela Ferreira Leite? Acha que sim? Não será mais aconcelhavel pensar um pouco e aceitar uma solução igual à do seu antecessor?

Onde está o PPD/PSD? Que é feito dele? Parece ser preciso fazer uma "limpeza de balneário" a exemplo do que já foi feito em tempos com muito bons resultados, profunda, para depois renascer das cinzas, com caras novas, lavadas e sem manias. O partido tem quadros com muita capacidade para efectuar essa mudança. Só é preciso que certos históricos o permitam, ou sejam obrigados a permitir.


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JM

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1º de DEZEMBRO

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Viva o 1.º de Dezembro!

No próximo 1.º de Dezembro comemoram-se 368 anos da Restauração da Independência.
Logo em 5 de Dezembro de 1640, Olivença, assim que lhe chegaram notícias da revolta, repudiou o domínio filipino e fez jus à divisa que lhe fora outorgada pelos Reis de Portugal:
NOBRE, LEAL E NOTÁVEL VILA DE OLIVENÇA!
Ocupada militarmente em 1801, desde então sob administração espanhola e forçadamente separada das demais terras portuguesas, Olivença constitui alerta eloquente para todos aqueles que querem um Portugal verdadeiramente livre e independente.

Lembrando a NOBRE, LEAL E NOTÁVEL VILA DE OLIVENÇA, e apelando à participação cívica de todos na defesa da sua portugalidade, o Grupo dos Amigos de Olivença participará como habitualmente nas comemorações públicas do Dia da Restauração. As cerimónias oficiais terão lugar às 16:00 horas, na Praça dos Restauradores, em Lisboa.
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JM
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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

O NOSSO FUTEBOL

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A SELECÇÃO NACIONAL

Que mais nos irá acontecer.
Ouvi dizer, que quem nasce para segundo, não deve nunca tentar passar a primeiro, ou a coisa corre mal.
Em linguagem antiga, dizia-se "Não suba o sapateiro além da chinela".
Parece ser o que nos está a acontecer. O homem foi um segundo com sucesso em Inglaterra, à sombra de um grande treinador, e se calhar não deveria ter saído de lá.
A nossa selecção, tinha uma oportunidade de ouro para se mostrar. Estávamos a jogar com os melhores do mundo. Perdeu em toda a linha. Fomos humilhados de todas as maneiras e feitios. Foi tudo mau de mais, e não se acredita que este treinador e estes jogadores consigam dar a volta por cima até ao próximo encontro, apesar de ainda faltar muito tempo.
Como é costume dizer-se em Portugal, no próximo jogo é que vai ser, nesse não podemos perder. A nossa esperança não tem forma de morrer.
O certo é que durante muitos anos, esta derrota humilhante vai servir de mote a muitas conversas entre brasileiros e portugueses.
E há três pessoas que se andam a rir, baixinho, nestes dias. O Filipe que está em Londres, o José e a Lurdes que estão em Lisboa. O primeiro continua com a sua equipa a somar êxitos e os segundos esperam que o ruído à volta deste assunto faça esquecer um pouco as suas incapacidades. O primeiro só precisa ter um pouco de cuidado e um pouco de sorte para não tropeçar, e os segundos que já tanto tropeçaram, só esperam não cair, mas nem com cuidado vão ter sorte.

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JM
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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

J' ACUSE!

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SANTOS SILVA, O ACUSADOR PÚBLICO Nº 1

19/Nov: Santos Silva acusa Fenprof de extremismo.
11/Nov: Santos Silva acusa sindicatos de falta de cultura democrática.
6/Nov: Santos Silva acusa Manuela Ferreira Leite, de ser a «ilusionista mor do Reino».
5/Nov: Santos Silva acusa Ferreira Leite de contradição.
4/Nov: Santos Silva acusa líder do PSD de insultar Sócrates.
4/Nov: Santos Silva acusa Paulo Portas de dualidade de critérios.
27/Out: Santos Silva acusa Ferreira Leite de ‘aflitiva falta de conhecimentos’.
26/Out: Santos Silva acusa Ferreira Leite de dizer barbaridade.
19/Out: Santos Silva acusou o maior partido da oposição de seguir uma conduta “irresponsável” num cenário de crise internacional.
17/Out: Santos Silva acusa Ferreira Leite de ter perdido uma oportunidade para ser responsável.
26/Set: Santos Silva acusa o PSD de concepção meramente contabilística e de saber tão bem quanto o PS quanto custa alugar o Pavilhão de Guimarães, porque “foi lá que foi realizado o último Congresso”.
27/Set: Santos Silva acusou o Jornal da Madeira de praticar preços inferiores aos do mercado.
26/Set: Santos Silva acusou Manuela Ferreira Leite de falhar na obsessão da “preocupação com os problema do país e o interesse em divulgar as suas propostas”.
5/Jun: Santos Silva acusou o CDS-PP de “hipocrisia política”.
29/Mai: Santos Silva acusa a Juventude Popular de ter pedido a extinção do salário mínimo nacional.
2/Abr: Santos Silva acusa PSD e CDS de irem “atrás da agenda do PCP”.
8/Mar: Santos Silva acusa professores manifestantes de não distinguirem “entre Salazar e os democratas”.
25/Fev: Santos Silva acusa o PSD de se colar à agenda dos sindicatos

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DEPOIS DE TANTA ACUSAÇÃO MANDADA FAZER PELAS CÚPULAS DO PARTIDO, PORQUE NÃO ACEITA O PS OUVIR DIAS LOUREIRO?
HAVERÁ POR AÍ RABOS DE PALHA?
BARULHENTO O SILÊNCIO REPENTINO SOBRE O BPN.

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LEIXÕES

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TITÃ, Molhe Sul.

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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

ARROGÂNCIA EXTREMA

V C

É preciso ter muita lata para, usufruindo este senhor de um dos maiores vencimentos de Portugal, a nível quase planetário, vir dizer aos portugueses que estão desempregados e que nunca poderão ganhar mais do que 1220 euros correspondente a cerca de 3 salários mínimos (é o máximo permitido por lei) mas cuja média é de poucas centenas de euros e que não conseguem arranjar emprego porque o não há, que o governo paga demais e por demasiado tempo, e por isso quem está nessa situação não tem muito interesse em voltar a trabalhar.
Será que Victor Constâncio sabe que o que um desempregado ganha por mês, gasta ele num só dia?
Será que este senhor não tem vergonha na cara?
A consciência tranquila que diz ter, terá consciência do que ele afirma?
E já nem quero falar agora nas coisas menos claras do problema de todos nós que é o caso do Banco Português de Negócios.
Não haverá quem o demita e ponha no seu devido lugar?
Francamente!!!


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JM
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COMO EU A ENTENDO SRª DRª !

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COMO A ENTENDO SRª DRª MANUELA!


Mais uma vez o discurso da Presidente do PSD, parecia um, mais um, tiro no pé. Já não bastavam as histórias passadas dos emigrantes de Cabo Verde e da Ucrânia, do salário mínimo, da comunicação social, e do casamento etc., e agora a apologia da ditadura (embora temporária e limitada a um semestre).
Uma vez mais, os seus detractores aproveitaram para "malhar" enquanto o ferro ainda está quente, tanto os de outros partidos, como os de dentro do seu. Da mesma forma, lá vieram os apaga-fogos do partido explicar às pessoas o que a líder quereria mesmo dizer e não disse.
Às vezes a Drª Manuela, esquece-se de ser políticamente correcta!
De uma maneira geral, tenho até concordado com as críticas que lhe têm vindo a ser feitas, mormente as que de dentro do PSD têm sido ditas. As efectuadas pelo Dr Filipe Menezes, têm sido acutilantes e merecem quase sempre a minha anuência. e digo quase sempre porque desta vez, embora entenda a sua grande vontade em pôr a senhora a milhas, não terá razão.
Vejamos o que se tem passado ao longo destes anos de democracia.
A palavra dada, os valores e a moral nos relacionamentos, deixaram de ter importância. Hoje nem um papel assinado e notáriamente reconhecido vale seja o que for, se não se quiser que valha.
Os "putos" estão cada vez mais insurrectos. A educação cada vez é menor. Já circulam por aí, pelos colégios e escolas, panfletos só para leitura dos alunos de menores idades a incentivá-los a fazerem queixa dos pais se estes "lhes tocarem" (baterem na linguagem antiga).
As reformas do ensino sucedem-se a reformas do ensino e cada vez mais se aprende menos.
A saúde está a ser reformada e cada vez mais está pior.
A justiça está pela hora da morte.
Os crimes, em especial os violentos, aumentam dia a dia.
As reformas de outros quaisquer sectores (e são bastantes), estão para serem feitas há anos e anos, e face às diferenças de opinião dos variados interessados, nunca é concluída nem implementada.
À crise económica de uma altura, sucede uma outra ainda pior, e outra, e ainda outra, até à dos dias de hoje que veio de lá de fora para ficar.
O desemprego provocado pela enorme crise, é crescente e cada vez mais de longa duração, embora os "sábios" venham dizer que é provocado pelos altíssimos valores dos subsídios que o governo dá.
Às broncas sucessivas de dinheiros desbaratados, de fraudes enormes, de derrapagens de custos, de falências provocadas por más administrações, de julgamentos que em nada dão, de culpas que morrem solteiras ou até ficam enexistentes, de interesses instalados etc., e em que ninguém é responsabilizado, toda a classe dirigente se conforma e aceita democraticamente.
As desigualdades entre os que recebem mais e os que recebem menos cada vez é maiores.
O aumento do nível de vida diminui.
O centralismo é cada vez mais exacerbado.
E por aí fora, num rol de coisas interminável.
Ora a ser assim, e se ouvirmos por aí o nosso povo, que pode ser pobre e inculto, mas é de certeza esperto e inteligente, o melhor mesmo é acabar com a democracia por uns tempitos, que na "outra senhora" não era assim. E punha-se tudo direitinho, acabavam-se com estas poucas vergonhas, mudavam-se as pessoas mandando algumas para o chelindró, e depois lá poderíamos de novo voltar a viver na nossa óptima democracia, à espera de uma nova crise social e de valores como a de agora, que para acabar teria de ver implementada de novo a ditadura (mais uma vez por um período limitado).
Desta forma, a Drª Manuela F. Leite, tem razão, não havendo motivo para quaisquer críticas.
Não que estas coisas se gostem de ouvir (pricipalmente não gostarão os que são "democratas" desde que nasceram e esquecendo claro o que se possa passar no dia a dia dentro das portas das suas casas), uma vez que viver em democracia é, desde que realmente promovida, a forma ideal de se viver.

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JM
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No rio Douro








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No Douro e perto do Porto



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terça-feira, 18 de novembro de 2008

AMARANTE IV

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Bem que o meu amigo e companheiro nesta viagem, dono do blogue Objectiva.Mente, me disse para não ir, mas, teimoso, acabei por molhar o pé para tirar esta fotografia.
Ainda a manhã era uma criancinha.
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AMARANTE III

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DE MANHÃ MUITO CEDINHO!

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AMARANTE II

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Ainda envolta na bruma matinal.

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AMARANTE

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Mesmo ao chegar a Amarante

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O PRIMEIRO DE JANEIRO

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E QUE SE PASSA COM ESTE JORNAL DO PORTO QUE SEGUNDA -FEIRA NÃO CHEGOU ÀS BANCAS APESAR DE TER A 1ª PÁGINA NA INTERNET?
SEGUNDO ALGUMAS FONTES, UM ARRELIADOR PROBLEMA INFORMÁTICO, IMPEDIU A PUBLICAÇÃO.

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Esta era a 1ª página do jornal que não saiu!
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HOJE, REGRESSOU, BEM VINDO!

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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

ESTE MUNDO ESTÁ TOTAL E COMPLETAMENTE DOIDO

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ESTÁ TUDO MALUCO!
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Uma traição virtual deu origem a um divórcio real. A história é simples de contar: Uma mulher britânica, de 28 anos, descobriu que o marido tinha uma amante no Second Life. Já andava desconfiada e pagou até a um detective para investigar a "segunda" vida do marido.

A vida em comum do casal chegou ao fim depois da britânica ter "apanhado" em flagrante, por duas vezes, o "avatar" (personagem virtual) do marido a ter relações sexuais com outra personagem do Second Lif


Curiosamente, o casal, agora desunido, conheceu-se pela Internet, em 2003, num "chat" de conversação. Amy Taylor e David Pollar estiveram casados três anos e além da cerimónia religiosa assinalaram o matrimónio numa festa tropical no Second Life.

Quem não ficou surpreendida com o fim do casamento foi a advogada de Amy... Esta semana, a advogada já trabalhou em dois casos de divórcio envolvendo o Second Life.

O que é o Second Life

Não é um jogo, mas sim uma simulação da vida real, onde, sem regras estabelecidas, os utilizadores (representados por figuras animadas) não têm qualquer espécie de limite. Discotecas, campos de golfe, bancos, ilhas privadas, escolas, casinos, transportes, lojas, jornais, sexo, enfim... no Second Life há de tudo, tal como "cá fora".

Tecnicamente o SL é um MMPORG (Massively-Multiplayer Online Roleplaying Game). Como o nome indica, MMPORGs são mundos virtuais online orientados para suportar um grande número de utilizadores. As primeiras aplicações a surgir nesta área foram os jogos Guild Wars e World of Warcraft. Através do pagamento de uma mensalidade fixa, os jogadores destas aplicações vivem num mundo de combate, onde vão evoluindo a sua personagem, depois de cumprir vários objectivos, comprando armaduras, golpes, truques, etc. A diferença é que o SL dá ao utilizador a oportunidade de fazer o que quiser. Não consiste somente em matar monstros feios e é essencialmente social e desprovido de objectivo.

O aspecto mais impressionante do Second Life é que tem uma economia e moeda própria. Compra-se, vende-se, aluga-se, leiloa-se em dinheiro virtual e real.

O SL está dividido em regiões. Essas regiões chamam-se "sims" e são independentes uns dos outros. A geografia do SL consiste num continente, em que os "sims" são todos adjacentes e se pode facilmente ir a pé de um para o outro. Também existem ilhas, que são "sims" privados aos quais só é possível aceder via "teleport" (teletransporte). Existem aviões, carros e, claro, horas de ponta... quando muitos utilizadores se juntam num mesmo ocal!

Com a moeda local, os "linden dollars", os habitantes podem comprar roupas para o seu "avatar", terras, imóveis, produtos e serviços virtuais que depois podem gerar receitas efectivas. Há mesmo quem "viva" no jogo a construir objectos para outros utilizadores ou a arrendar propriedades virtuais.


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Esta gente não sabe o que é viver?

Foi a este estado de coisas que o progresso nos trouxe?

TRISTE VIDA!

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JM

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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

ANA JORGE, NÃO TEM CONDIÇÕES!

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O deputado do PSD Carlos Miranda disse, ontem, que Ana Jorge deixou de ter condições para tutelar o Ministério da Saúde depois de ter manifestado ignorar o valor das dívidas acumuladas do sector.
"É o escândalo da semana.

"É inédito que um ministro da Saúde deste país tenha vindo debater o Orçamento do Estado (OE) com os deputados na Assembleia da República e não conheça as contas do seu ministério. Isto nunca aconteceu",

Qual o montante das dívidas do Ministério da Saúde que, durante o ano de 2008, foram ou vão ser pagas por operações do Tesouro" e qual o montante que vai ser convertido em dívida pública?


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ASSOCIAÇÃO DE CIDADÃOS DO PORTO

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Sobre o processo de privatização da ANA e o custo-benefício do investimento público para Portugal

A propósito de notícias e opiniões publicadas, referindo as parcerias que as grandes empresas nacionais estão a desenvolver com congéneres europeias para a privatização da ANA, leia-se, para a candidatura à realização das empreitadas públicas do Novo Aeroporto de Lisboa.
Será que importa apenas e só quanto se gasta, e não como se gasta?
Porquê o eterno e enraizado primado da quantidade sobre a qualidade?
Por que é que se assume que todos os recursos públicos têm de ser consumidos em projectos de investimento?
Quais são os reais custos das grandes obras e qual o seu objectivo final?
Estes custos tomam em consideração a procura, o poder de compra dos utentes dos serviços assim criados?
Quais são os procedimentos de avaliação destes grandes investimentos públicos, e quem os executa?
Os lucros devem ser baseados na eficácia ou no monopólio?
Deve o modelo de privatização privilegiar o encaixe financeiro do Estado ou a competitividade do país e das regiões?
De acordo com estudos efectuados na Suécia, EUA e Brasil, mostrou-se que a grande obra pública pode custar menos 30 a 50 por cento, se efectuada por troços menores, atendendo ao efeito da concorrência acrescida em adjudicações de menor dimensão. Há números para se concluir o que se passará em Portugal?
Registámos a preocupação das construtoras portuguesas, que até as levou a solicitar protecção do Governo contra invasões de concorrentes de outros países. Lembramos contudo que haverá formas mais saudáveis de defender a economia nacional.
Assim, propomos que sejam objecto de debate público os critérios de avaliação das propostas dos concorrentes à privatização. Só assim se garantirá a transparência do processo e até a validação técnica das opções a tomar.
Sustentada nas competências especializadas que consegue mobilizar nas áreas da consultoria em arquitectura, engenharias, direito, planeamento financeiro e gestão, a Associação de Cidadãos do Porto vê reforçada a oportunidade de promover ela própria uma candidatura à privatização da ANA.


A Associação de Cidadãos do Porto

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ONDE VAIS, CIDADE?

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Onde vais, cidade?, é o novo movimento cívico que se propõe discutir a região do Porto

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Movimento junta cidadãos de vários quadrantes e quer organizar um fórum aberto a todos para discutir ideias de mudança


No início, eram quinze pessoas reunidas numa sala da Cooperativa Gesto. Agora já são mais de cem e esperam vir a ser ainda mais. O movimento cívico Onde vais, cidade? apresentou-se ontem publicamente e conta reunir, em Janeiro, um fórum "aberto a todos" no qual seja possível discutir a cidade e a região do Porto, o ponto a que chegou e para onde deve ir. É mais um movimento, "ainda algo nebuloso e abstracto", conforme reconheceu o ambientalista Nuno Quental, mas pode vir a ser, adiantou João Teixeira Lopes, dirigente do Bloco de Esquerda, uma rede que englobe os vários movimentos que têm surgido na cidade e todos os cidadãos preocupados e descontentes.
O Onde vais, cidade? junta, para já, militantes de vários partidos políticos, activistas de movimentos como aqueles que defenderam o Rivoli e o Mercado do Bolhão, mas também pessoas mais ou menos anónimas e independentes. A lista dos subscritores do manifesto inclui nomes como as escritoras Ana Luísa Amaral e Regina Guimarães, a artista plástica Isabel Lhano, os encenadores José Leitão e Mário Moutinho, o cantor Miguel Guedes, os arquitectos Manuel Correia Fernandes e Manuela Juncal (que trabalhou na revisão dos planos directores municipais do Porto e de Gaia), o geógrafo José Rio Fernandes, o deputado municipal socialista Pedro Bacelar de Vasconcelos ou Tiago Azevedo Fernandes, coordenador do blogue A Baixa do Porto e militante do PSD.
"Somos pessoas bastante descontentes com a situação actual da cidade e da região, que acham que é preciso fazer algo", sintetizou ontem Nuno Quental, durante a conferência de imprensa de apresentação do movimento. "Cada vez mais sentimos que a cidade se esvazia, que é cada vez mais um espaço para turistas e para quem tem muito dinheiro", concretizou Natércia Pacheco, professora na Faculdade de Psicologia e Ciência da Educação da Universidade do Porto.
Os participantes no movimento reconhecem, segundo João Teixeira Lopes, que o papel dos partidos tem limitações e que a visão partidária deve ser complementada com a participação cívica de pessoas oriundas de um leque de áreas o mais diversificado possível. "É preciso pensar para mudar", disse o dirigente do Bloco de Esquerda, garantindo que o movimento não se ficará "pelas nuvens", pretendendo que do fórum a realizar em Janeiro saia um conjunto de ideias e propostas que permitam melhorar a cidade.
"Há a necessidade de concretizar", disse Teixeira Lopes, segundo o qual, porém, este imperativo de acção não se traduzirá na apresentação de listas independentes às eleições autárquicas do próximo ano. "Qualquer dos participantes do movimento é um potencial candidato à presidência da Câmara Municipal do Porto, mas de certeza que não é daqui que vão sair as candidaturas", garantiu, acrescentando que as propostas saídas do fórum podem ser levadas à prática por quem quer que seja que ocupe o poder, em benefício da cidade.
Defendendo a necessidade de discutir a cidade "na sua dimensão mais ampla", de modo estratégico e articulado, João Teixeira Lopes considerou ainda que "não vai ser possível agradar a toda a gente, mas sim permitir que toda a gente participe e, no fim, encontrar os denominadores comuns".
O manifesto do movimento vai, a breve trecho, ser disponibilizado na Internet, podendo aí ser subscrito por todos os interessados.


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TORRE DOS CLÉRIGOS

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TORRE DOS CLÉRIGOS

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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

COMPARAÇÕES

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1978 e 2008....e o PORTUGAL que temos !!!


O fim das férias.
Ano 1978: Depois de passar 15 dias com a família atrelada numa caravana
puxada por um Fiat 600 pela costa de Portugal, terminam as férias. No dia
seguinte vai-se trabalhar.
Ano 2008: Depois de voltar de Cancún de uma viagem com tudo pago, terminam
as férias. As pessoas sofrem de distúrbios de sono, depressão, seborreia e
caganeira.

Chega o dia de mudança de horário de Verão para Inverno.
Ano 1978: Não se passa nada.
Ano 2008: As pessoas sofrem de distúrbios de sono, depressão e caganeira.

O Pedro está a pensar ir até ao monte depois das aulas.
Assim que entra no colégio mostra uma navalha ao João, com a qual espera poder fazer uma fisga.
Ano 1978: O director da escola vê, pergunta-lhe onde se vendem, mostra-lhe a
sua, que é mais antiga, mas que também é boa.
Ano 2008: A escola é encerrada, chamam a Polícia Judiciária e levam o Pedro
para um reformatório. A SIC e a TVI apresentam os telejornais desde a porta da escola.

O Carlos e o Quim trocam uns socos no fim das aulas.
Ano 1978: Os companheiros animam a luta, o Carlos ganha. Dão as mãos e
acabam por ir juntos jogar matrecos.
Ano 2008: A escola é encerrada. A SIC proclama o mês anti-violência escolar,
O Jornal de Notícias faz uma capa inteira dedicada ao tema, e a TVI insiste
em colocar a Moura-Guedes à porta da escola a apresentar o telejornal,
mesmo debaixo de chuva.

O Jaime não pára quieto nas aulas, interrompe e incomoda os colegas.
Ano 1978: Mandam o Jaime ir falar com o Director, e este dá-lhe uma bronca
de todo o tamanho. O Jaime volta à aula, senta-se em silêncio e não interrompe mais.
Ano 2008: Administram ao Jaime umas valentes doses de Ritalin. O Jaime
parece um Zombie. A escola recebe um apoio financeiro por terem um aluno incapacitado.

O Luis parte o vidro dum carro do bairro dele. O pai caça um cinto e espeta-lhe umas chicotadas com este.
Ano 1978: O Luis tem mais cuidado da próxima vez. Cresce normalmente, vai à
universidade e converte-se num homem de negócios bem sucedido.
Ano 2008: Prendem o pai do Luís por maus-tratos a menores. Sem a figura
paterna, o Luís junta-se a um gang de rua. Os psicólogos convencem a sua
irmã que o pai abusava dela e metem-no na cadeia para sempre. A mãe do Luís
começa a namorar com o psicólogo. O programa da Fátima Lopes mantém durante
meses o caso em estudo, bem como o Você na TV do Manuel Luís Goucha.

O Zézinho cai enquanto praticava atletismo, arranha um joelho.
A sua professora Maria encontra-o sentado na berma da pista a chorar. Maria abraça-o para o consolar.
Ano 1978: Passado pouco tempo, o Zézinho sente-se melhor e continua a correr.
Ano 2008: A Maria é acusada de perversão de menores e vai para o desemprego.
Confronta-se com 3 anos de prisão. O Zézinho passa 5 anos de terapia em
terapia. Os seus pais processam a escola por negligência e a Maria por
trauma emocional, ganhando ambos os processos. Maria, no desemprego e cheia
de dívidas suicida-se atirando-se de um prédio. Ao aterrar, cai em cima de
um carro, mas antes ainda parte com o corpo uma varanda. O dono do carro e
do apartamento processam os familiares da Maria por destruição de
propriedade. Ganham. A SIC e a TVI produzem um filme baseado neste caso.

Um menino branco e um menino negro andam à batatada por um ter chamado 'chocolate' ao outro.
Ano 1978: Depois de uns socos esquivos, levantam-se e cada um para sua casa. Amanhã são colegas.
Ano 2008: A TVI envia os seus melhores correspondentes. A SIC prepara uma
grande reportagem dessas com investigadores que passaram dias no colégio a
averiguar factos. Emitem-se programas documentários sobre jovens
problemáticos e ódio racial. A juventude Skinhead finge revolucionar-se a
respeito disto. O governo oferece um apartamento à família do miúdo negro.


Fazias uma asneira na sala de aula.
Ano 1978: O professor espetava duas valentes lostras bem merecidas. Ao
chegar a casa o teu pai dava-te mais duas porque 'alguma deves ter feito'
Ano 2008: Fazes uma asneira. O professor pede-te desculpa. O teu pai
pede-te desculpa e compra-te uma Playstation


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COMENTÁRIO DE MINISTRO

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O sr. ministro do Ambiente, Nunes Correia, comentou as declarações do sr. Presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, a propósito da distribuição dos fundos do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) onde este afirmava que "há desvio de verbas da região Norte para a de Lisboa e Vale do Tejo".

No comentário, o ministro garantiu que no âmbito do QREN, só 2,7% das verbas irão ser investidas na região de Lisboa. Lembrou, no entanto, que, de acordo com a Comissão Europeia, foi levado em conta o "efeito de difusão" dos investimentos feitos na capital e que é essa a razão pela qual há mais verbas afectadas a Lisboa.

GOSTEI!!!

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terça-feira, 11 de novembro de 2008

INFORMAÇÃO!

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DEVIDO ÀS QUEDAS DE BANCOS, QUEDA NAS BOLSAS, CORTES NO ORÇAMENTO, À CRISE NOS COMBUSTÍVEIS, E AO RACIONAMENTO MUNDIAL DE ENERGIA, INFORMAMOS QUE A FAMOSA 'LUZ AO FUNDO DO TÚNEL' ESTÁ TEMPORARIAMENTE DESLIGADA.

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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

MORREU MIRIAM MAKEBA

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MIRIAM MAKEBA MORREU!
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A cantora sul-africana Miriam Makeba, conhecida como “Mamã África” faleceu esta noite aos 76 anos, depois de actuar num concerto em Nápoles, Itália, informou hoje o seu agente a uma rádio local.

A artista participava num evento contra o racismo e o crime organizado, em apoio ao escritor Roberto Saviano, autor do famoso livro “Gomorra” sobre a máfia italiana. Enquanto agradecia ao público, Makeba sentiu-se mal e desmaiou. Viria depois a falecer durante a noite em resultado de um ataque cardíaco no hospital de Castel Volturno. Já há alguns anos que a cantora sul-africana tinha problemas de saúde.

Miriam Makeba nasceu a 4 de Março de 1932 nos subúrbios de Joanesburgo. Foi a primeira mulher cantora negra da África do Sul a conseguir obter reconhecimento internacional e era também conhecida c
omo um ícone da luta contra o "apartheid".

O seu primeiro sucesso foi alcançado ao lado do grupo “The Manhattan Brothers” em 1959. No ano seguinte, quando tentou regressar ao seu país para assistir ao funeral da mãe, o governo sul-africano impediu-a de entrar e pouco tempo depois a sua música foi proibida.

Em resultado, Miriam Makeba viveu 31 anos em exílio nos Estados Unidos, Europa e na Guiné, até voltar à sua terra natal em 1990, a pedido de Nelson Mandela.

A sul-africana foi também a primeira mulher negra a ganhar um Grammy (o mais prestigiado prémio de música), honra que partilhou com o cantor norte-americano Harry Balafonte em 1965. Dois anos depois conseguiria alcançar a fama internacional ao gravar “Pata Pata”, uma música inspirada nas danças dos subúrbios de Joanesburgo.

Em 1968, casou-se com Stokely Carmichael, líder do grupo "Panteras Negras" (partido negro revolucionário norte-americano), o que fez com que a sua editora decidisse rescindir o contrato.

Na sua autobiografia, Makeba diz, citada pelo “El País”: “Eu preservei a minha cultura, preservei a música das minhas origens. E, graças a isso, consegui converter-me nesta voz e imagem de África e do seu povo, sem ser consciente do meu feito”.



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In Público

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PODE RECORDÁ-LA AQUI EM "PATA PATA" E AQUI EM "THE CLICK SONG"

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domingo, 9 de novembro de 2008

NÃO CUSTA NADA SER SÉRIO!




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NÃO CUSTA NADA SER SÉRIO


Parafraseando um meu sogro, que já se não encontra entre nós, homem sério e integro que utilizava esta máxima nas mais diversas ocasiões, não custa nada ser sério. E nesse pressuposto, devo começar por afirmar, que não gosto da senhora, nunca gostei da senhora e não é provável que alguma vez venha a gostar. E não é pelo que ela fez ou deixou de fazer, como não é pela posição que ocupa. Não gosto da senhora, como não gosto seja de quem for que se apresente da mesma forma, cheia de cagança, sobranceria e falsa superioridade. E há muitos exemplos por esse Portugal fora, de pessoas assim como ela.

Apesar da minha falta de empatia, devo afirmar que esta senhora tem o apoio de muitos dos seus concidadãos. Por essa razão, ganhou a presidência da Câmara de Felgueiras, que de outro modo não teria acontecido.

Anda a senhora Presidente, nas bocas do mundo, pelo menos no mundo português e no brasileiro, há quase nove anos. Nessa altura, em 1999, por razões nunca bem esclarecidas, lá não terá feito o que alguém queria, e esse alguém (incógnito), zangado, enviou uma carta anónima a acusar a autarca de diversos ilícitos, com base num saco de cor azul e em contratos fictícios. Seguiu-se uma investigação, uma acusação com fuga anterior de informação e que motivou uma fuga imediata para o Brasil, trocas de conferências de imprensa, de lá para cá se ouvir e de cá para lá ser ouvida, regresso muito mediático, eleições e julgamento. Até aos dias de hoje em que foi ditada sentença.

Crimes eram mais que muitos. A acusação pedia anos de prisão e multa avantajada.

No entretanto a senhora, que durante o tempo em que esteve em fuga, fez a sua vida normal no Brasil, após o seu regresso continuou a fazê-la na sua terra, agora e de novo como Presidente da Câmara. De tempos a tempos mais uma conferência de imprensa e de novo a sobranceria a aparecer nas palavras da Presidente. E pelos vistos, a senhora tinha razão para essa altivez. Nada lhe iria acontecer. Ela sabia-o bem, quem sabe se da mesma forma que soube da acusação e que motivou a partida para terras de Santa Cruz. E convém que se não esqueça que houve um acordo negociado na altura do seu regresso, com os responsáveis do nosso país.

De qualquer forma, a sentença saiu nestes dias, ao fim de nove anos. E o que se ouviu foi de um gozo tal, que a senhora, condenada a mais de três anos de prisão, sorria, durante toda a leitura. Só mesmo algum recato a terá impedido de rir às gargalhadas ou de saltar de contentamento. A pena foi suspensa por igual período de tempo, e a perda de mandato a que também foi condenada, não surtirá efeito algum neste mandato, permitindo mesmo concorrer às próximas eleições dentro de um ano.

E o topete da senhora, após a saída do tribunal, a dizer para quem a quis ouvir, que se tinha feito justiça e que como se tinha provado, ela era uma inocente. Sorri com um sorriso triste, pela imagem degradante a que assisti. Mas em Portugal é assim, tens dinheiro e algum poder, e a impunidade aparece, não tens e estás tramado.

Foi isto o que aconteceu ao fim destes anos todos. Eu não sei se a senhora é culpada ou não, sei que há muito fumo e pelos vistos fogo nenhum.

E também que a senhora não conheceu o meu sogro, ou, teria apreendido alguma coisa e ter-se-ia demitido de imediato, à luz de uma seriedade, que em política e no nosso país, parece não existir.

Mais uma vez a montanha da justiça portuguesa, pariu um ratico.



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JM

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Textos que foram publicados

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Publicados


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O actual "O Primeiro de Janeiro", a exemplo do que foi feito em tempos, no antigo, tem publicado alguns textos meus, que estão "postados" aqui neste meu blogue.
A saber:
Em Agosto,
- A ignorância é por vezes fatal
- Chega de brincar connosco
- Demitam-se meus senhores!
Em Setembro,
- Querem acabar com a mais bela linha do mundo
- Querem acabar com a mais bela linha do mundo 2
- A Senhora Doutora e os Aviões
- Não há pai p'ra nós
- Já chegamos à Madeira ou quê?
- Um governo de treta!
Em Outubro,
- Estará na altura de voltar a lutar?
- Não chega para tudo!
- E se os senhores fossem gozar com o....*
- Está tudo doido!
- O Mal Que o Mas Tem!
- Hostilidades Abertas (Está publicado no Blogue Clube dos Pensadores )
- Magalhães
- Mais Um, Eles Não Aprendem (Está publicado no Blogue Clube dos Pensadores)
Em Novembro
- O governo mandou nacionalizar o BPN (Está publicado no Blogue Clube dos pensadores)
- Habemos Presidente
(Está publicado também no Blogue Clube dos Pensadores)
- À terceira será de vez?



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sábado, 8 de novembro de 2008

A lucidez que EDUARDO PRADO COELHO tinha!

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ATREVE-TE A LER, OUSA REFLECTIR, SE TIVERES CORAGEM
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Precisa-se de matéria prima para construir um País

A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres.

Agora dizemos que Sócrates não serve.

O que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.
Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo.
Nós como matéria prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ....e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.

Pertenço a um país:
- Onde a falta de pontualidade é um hábito;
- Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
- Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos.
- Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
- Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.
- Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.

Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.
- Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar.
- Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
- Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
- Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.
- Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.

Não. Não. Não. Já basta.


Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.

Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita, essa
desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...

Fico triste.
Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.

E não poderá fazer nada...

Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.

Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.

Qual é a alternativa?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?

Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados!

É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...

Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.

Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer.
Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.

Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:

Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e, francamente, tolerantes com o fracasso.

É a indústria da desculpa e da estupidez.

Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.

Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.

E você, o que pensa?.... MEDITE!

EDUARDO PRADO COELHO


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In Público

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