A Sociedade de Reabilitação Urbana entende que a proposta de intervenção no eixo Mouzinho/Flores só é possível com novo conceito de mobilidade
.
.
O projecto para o eixo Rua de Mouzinho/Rua das Flores que a Porto Vivo - Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) candidatou ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) está centrado na questão da mobilidade. Artérias centrais para o percurso turístico na cidade, mas também para quem pretende descer da Baixa até à marginal do Douro, as duas ruas vão ser alvo de um estudo de mobilidade que deverá encontrar soluções para descongestionar a zona.
Entre as opções que estão já previstas na candidatura ao QREN está a criação de, pelo menos, "um parque de estacionamento em túnel", para tentar resolver um dos problemas mais complicados daquele eixo - a falta de local para deixar o carro. Um problema que se agrava perante a perspectiva da SRU de transformar a maioria dos prédios da zona em apartamentos. Outra das propostas da SRU é restabelecer a linha do eléctrico na área para ligar a Igreja de S. Francisco à Estação de S. Bento.
Estas e outras soluções deverão ser aprofundadas por um estudo sobre a mobilidade que é uma peça fundamental da reabilitação deste eixo central no centro histórico do Porto. Mas a candidatura ao QREN não se fica por aqui. O investimento de 71 milhões de euros deverá ser ainda aplicado na recuperação do espaço público, desde o Largo dos Lóios até à Praça do Infante, e também no estabelecimento de uma Unidade de Gestão da Área Urbana (UGAU). A SRU aposta ainda na reabilitação e ampliação do núcleo museológico da Santa Casa da Misericórdia, transformando-o num verdadeiro museu, na Rua das Flores.
A candidatura ao QREN deverá ser aprovada até ao final de Dezembro e o prazo para que todos os projectos se desenrolem no terreno é de três anos, com o início dos trabalhos marcado, idealmente, já para Janeiro.
A confirmar-se a aprovação pelo QREN da candidatura do eixo Mouzinho/Flores passam a ser dois os projectos da SRU que beneficiam do financiamento europeu, uma vez que o Morro da Sé já foi também contemplado. Nesta zona do centro histórico, ainda não há qualquer actividade visível da SRU e, por enquanto, assim deverá continuar, até à entrada em funcionamento da UGAU. Na restante área de intervenção da Porto Vivo, as obras de reabilitação do edificado vão-se tornando visíveis. Há prédios em obras em praticamente todos os quarteirões cujo documento estratégico previa, para esta altura, trabalhos a andar. A excepção vai para os quarteirões que constituem o Morro da Sé e o quarteirão da Feitoria Inglesa, cuja calendarização estabelecia que todos os trabalhos estivessem já a decorrer e onde, por enquanto, não há qualquer prédio a ser reabilitado. Nos quarteirões com obras, os atrasos também são notórios, com relevância para o quarteirão do Infante onde, de acordo com o documento estratégico, todos os trabalhos deveriam ter ficado concluídos já em 2007.
Contactado pelo PÚBLICO, o presidente do conselho de administração da SRU, Arlindo Cunha, justifica os atrasos com duas razões centrais: "Muitas vezes, os proprietários não se mostram interessados em colaborar connosco, e preferimos alargar o tempo de negociações a recorrer à expropriação. Por outro lado, sempre que alguém avança com uma providência cautelar, demora muito tempo até haver uma deliberação", diz, acrescentando que todos estes processos têm sido decididos "a favor da SRU".
Arlindo Cunha não se mostra, por isso, angustiado com os atrasos. "Este é um trabalho muito lento e sempre dissemos que, antes de dez anos, não se podia fazer um balanço", justifica. Ainda assim, a pedido do PÚBLICO, arrisca um "estamos a trabalhar e a ver que o avião está a levantar voo."
.
In Público
.
Entre as opções que estão já previstas na candidatura ao QREN está a criação de, pelo menos, "um parque de estacionamento em túnel", para tentar resolver um dos problemas mais complicados daquele eixo - a falta de local para deixar o carro. Um problema que se agrava perante a perspectiva da SRU de transformar a maioria dos prédios da zona em apartamentos. Outra das propostas da SRU é restabelecer a linha do eléctrico na área para ligar a Igreja de S. Francisco à Estação de S. Bento.
Estas e outras soluções deverão ser aprofundadas por um estudo sobre a mobilidade que é uma peça fundamental da reabilitação deste eixo central no centro histórico do Porto. Mas a candidatura ao QREN não se fica por aqui. O investimento de 71 milhões de euros deverá ser ainda aplicado na recuperação do espaço público, desde o Largo dos Lóios até à Praça do Infante, e também no estabelecimento de uma Unidade de Gestão da Área Urbana (UGAU). A SRU aposta ainda na reabilitação e ampliação do núcleo museológico da Santa Casa da Misericórdia, transformando-o num verdadeiro museu, na Rua das Flores.
A candidatura ao QREN deverá ser aprovada até ao final de Dezembro e o prazo para que todos os projectos se desenrolem no terreno é de três anos, com o início dos trabalhos marcado, idealmente, já para Janeiro.
A confirmar-se a aprovação pelo QREN da candidatura do eixo Mouzinho/Flores passam a ser dois os projectos da SRU que beneficiam do financiamento europeu, uma vez que o Morro da Sé já foi também contemplado. Nesta zona do centro histórico, ainda não há qualquer actividade visível da SRU e, por enquanto, assim deverá continuar, até à entrada em funcionamento da UGAU. Na restante área de intervenção da Porto Vivo, as obras de reabilitação do edificado vão-se tornando visíveis. Há prédios em obras em praticamente todos os quarteirões cujo documento estratégico previa, para esta altura, trabalhos a andar. A excepção vai para os quarteirões que constituem o Morro da Sé e o quarteirão da Feitoria Inglesa, cuja calendarização estabelecia que todos os trabalhos estivessem já a decorrer e onde, por enquanto, não há qualquer prédio a ser reabilitado. Nos quarteirões com obras, os atrasos também são notórios, com relevância para o quarteirão do Infante onde, de acordo com o documento estratégico, todos os trabalhos deveriam ter ficado concluídos já em 2007.
Contactado pelo PÚBLICO, o presidente do conselho de administração da SRU, Arlindo Cunha, justifica os atrasos com duas razões centrais: "Muitas vezes, os proprietários não se mostram interessados em colaborar connosco, e preferimos alargar o tempo de negociações a recorrer à expropriação. Por outro lado, sempre que alguém avança com uma providência cautelar, demora muito tempo até haver uma deliberação", diz, acrescentando que todos estes processos têm sido decididos "a favor da SRU".
Arlindo Cunha não se mostra, por isso, angustiado com os atrasos. "Este é um trabalho muito lento e sempre dissemos que, antes de dez anos, não se podia fazer um balanço", justifica. Ainda assim, a pedido do PÚBLICO, arrisca um "estamos a trabalhar e a ver que o avião está a levantar voo."
.
In Público
.
Sem comentários:
Enviar um comentário