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Movimento junta cidadãos de vários quadrantes e quer organizar um fórum aberto a todos para discutir ideias de mudança
No início, eram quinze pessoas reunidas numa sala da Cooperativa Gesto. Agora já são mais de cem e esperam vir a ser ainda mais. O movimento cívico Onde vais, cidade? apresentou-se ontem publicamente e conta reunir, em Janeiro, um fórum "aberto a todos" no qual seja possível discutir a cidade e a região do Porto, o ponto a que chegou e para onde deve ir. É mais um movimento, "ainda algo nebuloso e abstracto", conforme reconheceu o ambientalista Nuno Quental, mas pode vir a ser, adiantou João Teixeira Lopes, dirigente do Bloco de Esquerda, uma rede que englobe os vários movimentos que têm surgido na cidade e todos os cidadãos preocupados e descontentes.
O Onde vais, cidade? junta, para já, militantes de vários partidos políticos, activistas de movimentos como aqueles que defenderam o Rivoli e o Mercado do Bolhão, mas também pessoas mais ou menos anónimas e independentes. A lista dos subscritores do manifesto inclui nomes como as escritoras Ana Luísa Amaral e Regina Guimarães, a artista plástica Isabel Lhano, os encenadores José Leitão e Mário Moutinho, o cantor Miguel Guedes, os arquitectos Manuel Correia Fernandes e Manuela Juncal (que trabalhou na revisão dos planos directores municipais do Porto e de Gaia), o geógrafo José Rio Fernandes, o deputado municipal socialista Pedro Bacelar de Vasconcelos ou Tiago Azevedo Fernandes, coordenador do blogue A Baixa do Porto e militante do PSD.
"Somos pessoas bastante descontentes com a situação actual da cidade e da região, que acham que é preciso fazer algo", sintetizou ontem Nuno Quental, durante a conferência de imprensa de apresentação do movimento. "Cada vez mais sentimos que a cidade se esvazia, que é cada vez mais um espaço para turistas e para quem tem muito dinheiro", concretizou Natércia Pacheco, professora na Faculdade de Psicologia e Ciência da Educação da Universidade do Porto.
Os participantes no movimento reconhecem, segundo João Teixeira Lopes, que o papel dos partidos tem limitações e que a visão partidária deve ser complementada com a participação cívica de pessoas oriundas de um leque de áreas o mais diversificado possível. "É preciso pensar para mudar", disse o dirigente do Bloco de Esquerda, garantindo que o movimento não se ficará "pelas nuvens", pretendendo que do fórum a realizar em Janeiro saia um conjunto de ideias e propostas que permitam melhorar a cidade.
"Há a necessidade de concretizar", disse Teixeira Lopes, segundo o qual, porém, este imperativo de acção não se traduzirá na apresentação de listas independentes às eleições autárquicas do próximo ano. "Qualquer dos participantes do movimento é um potencial candidato à presidência da Câmara Municipal do Porto, mas de certeza que não é daqui que vão sair as candidaturas", garantiu, acrescentando que as propostas saídas do fórum podem ser levadas à prática por quem quer que seja que ocupe o poder, em benefício da cidade.
Defendendo a necessidade de discutir a cidade "na sua dimensão mais ampla", de modo estratégico e articulado, João Teixeira Lopes considerou ainda que "não vai ser possível agradar a toda a gente, mas sim permitir que toda a gente participe e, no fim, encontrar os denominadores comuns".
O manifesto do movimento vai, a breve trecho, ser disponibilizado na Internet, podendo aí ser subscrito por todos os interessados.
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O Onde vais, cidade? junta, para já, militantes de vários partidos políticos, activistas de movimentos como aqueles que defenderam o Rivoli e o Mercado do Bolhão, mas também pessoas mais ou menos anónimas e independentes. A lista dos subscritores do manifesto inclui nomes como as escritoras Ana Luísa Amaral e Regina Guimarães, a artista plástica Isabel Lhano, os encenadores José Leitão e Mário Moutinho, o cantor Miguel Guedes, os arquitectos Manuel Correia Fernandes e Manuela Juncal (que trabalhou na revisão dos planos directores municipais do Porto e de Gaia), o geógrafo José Rio Fernandes, o deputado municipal socialista Pedro Bacelar de Vasconcelos ou Tiago Azevedo Fernandes, coordenador do blogue A Baixa do Porto e militante do PSD.
"Somos pessoas bastante descontentes com a situação actual da cidade e da região, que acham que é preciso fazer algo", sintetizou ontem Nuno Quental, durante a conferência de imprensa de apresentação do movimento. "Cada vez mais sentimos que a cidade se esvazia, que é cada vez mais um espaço para turistas e para quem tem muito dinheiro", concretizou Natércia Pacheco, professora na Faculdade de Psicologia e Ciência da Educação da Universidade do Porto.
Os participantes no movimento reconhecem, segundo João Teixeira Lopes, que o papel dos partidos tem limitações e que a visão partidária deve ser complementada com a participação cívica de pessoas oriundas de um leque de áreas o mais diversificado possível. "É preciso pensar para mudar", disse o dirigente do Bloco de Esquerda, garantindo que o movimento não se ficará "pelas nuvens", pretendendo que do fórum a realizar em Janeiro saia um conjunto de ideias e propostas que permitam melhorar a cidade.
"Há a necessidade de concretizar", disse Teixeira Lopes, segundo o qual, porém, este imperativo de acção não se traduzirá na apresentação de listas independentes às eleições autárquicas do próximo ano. "Qualquer dos participantes do movimento é um potencial candidato à presidência da Câmara Municipal do Porto, mas de certeza que não é daqui que vão sair as candidaturas", garantiu, acrescentando que as propostas saídas do fórum podem ser levadas à prática por quem quer que seja que ocupe o poder, em benefício da cidade.
Defendendo a necessidade de discutir a cidade "na sua dimensão mais ampla", de modo estratégico e articulado, João Teixeira Lopes considerou ainda que "não vai ser possível agradar a toda a gente, mas sim permitir que toda a gente participe e, no fim, encontrar os denominadores comuns".
O manifesto do movimento vai, a breve trecho, ser disponibilizado na Internet, podendo aí ser subscrito por todos os interessados.
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