quarta-feira, 19 de novembro de 2008

COMO EU A ENTENDO SRª DRª !

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COMO A ENTENDO SRª DRª MANUELA!


Mais uma vez o discurso da Presidente do PSD, parecia um, mais um, tiro no pé. Já não bastavam as histórias passadas dos emigrantes de Cabo Verde e da Ucrânia, do salário mínimo, da comunicação social, e do casamento etc., e agora a apologia da ditadura (embora temporária e limitada a um semestre).
Uma vez mais, os seus detractores aproveitaram para "malhar" enquanto o ferro ainda está quente, tanto os de outros partidos, como os de dentro do seu. Da mesma forma, lá vieram os apaga-fogos do partido explicar às pessoas o que a líder quereria mesmo dizer e não disse.
Às vezes a Drª Manuela, esquece-se de ser políticamente correcta!
De uma maneira geral, tenho até concordado com as críticas que lhe têm vindo a ser feitas, mormente as que de dentro do PSD têm sido ditas. As efectuadas pelo Dr Filipe Menezes, têm sido acutilantes e merecem quase sempre a minha anuência. e digo quase sempre porque desta vez, embora entenda a sua grande vontade em pôr a senhora a milhas, não terá razão.
Vejamos o que se tem passado ao longo destes anos de democracia.
A palavra dada, os valores e a moral nos relacionamentos, deixaram de ter importância. Hoje nem um papel assinado e notáriamente reconhecido vale seja o que for, se não se quiser que valha.
Os "putos" estão cada vez mais insurrectos. A educação cada vez é menor. Já circulam por aí, pelos colégios e escolas, panfletos só para leitura dos alunos de menores idades a incentivá-los a fazerem queixa dos pais se estes "lhes tocarem" (baterem na linguagem antiga).
As reformas do ensino sucedem-se a reformas do ensino e cada vez mais se aprende menos.
A saúde está a ser reformada e cada vez mais está pior.
A justiça está pela hora da morte.
Os crimes, em especial os violentos, aumentam dia a dia.
As reformas de outros quaisquer sectores (e são bastantes), estão para serem feitas há anos e anos, e face às diferenças de opinião dos variados interessados, nunca é concluída nem implementada.
À crise económica de uma altura, sucede uma outra ainda pior, e outra, e ainda outra, até à dos dias de hoje que veio de lá de fora para ficar.
O desemprego provocado pela enorme crise, é crescente e cada vez mais de longa duração, embora os "sábios" venham dizer que é provocado pelos altíssimos valores dos subsídios que o governo dá.
Às broncas sucessivas de dinheiros desbaratados, de fraudes enormes, de derrapagens de custos, de falências provocadas por más administrações, de julgamentos que em nada dão, de culpas que morrem solteiras ou até ficam enexistentes, de interesses instalados etc., e em que ninguém é responsabilizado, toda a classe dirigente se conforma e aceita democraticamente.
As desigualdades entre os que recebem mais e os que recebem menos cada vez é maiores.
O aumento do nível de vida diminui.
O centralismo é cada vez mais exacerbado.
E por aí fora, num rol de coisas interminável.
Ora a ser assim, e se ouvirmos por aí o nosso povo, que pode ser pobre e inculto, mas é de certeza esperto e inteligente, o melhor mesmo é acabar com a democracia por uns tempitos, que na "outra senhora" não era assim. E punha-se tudo direitinho, acabavam-se com estas poucas vergonhas, mudavam-se as pessoas mandando algumas para o chelindró, e depois lá poderíamos de novo voltar a viver na nossa óptima democracia, à espera de uma nova crise social e de valores como a de agora, que para acabar teria de ver implementada de novo a ditadura (mais uma vez por um período limitado).
Desta forma, a Drª Manuela F. Leite, tem razão, não havendo motivo para quaisquer críticas.
Não que estas coisas se gostem de ouvir (pricipalmente não gostarão os que são "democratas" desde que nasceram e esquecendo claro o que se possa passar no dia a dia dentro das portas das suas casas), uma vez que viver em democracia é, desde que realmente promovida, a forma ideal de se viver.

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JM
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