domingo, 29 de setembro de 2013
O PORTO É ASSIM
O evento (Urban Market), organizado pela Portugal Lovers, vai já na sua terceira edição nas Cardosas, e realiza-se no penúltimo fim de semana de cada mês. Cada edição é diferente da anterior, e única, combinando artes com música e com gastronomia, com animações para todos os gostos, entre espectáculos de música, exposições, mercados e provas de vinho e petiscos. Tudo muito colorido, tudo muito divertido, a confirmar a excelência da Praça enquanto sala de estar, e o quanto é bom viver o Porto.
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terça-feira, 24 de setembro de 2013
TESOUROS ESCONDIDOS NA CIDADE DO PORTO
Tesouros escondidos na cidade
No Porto, a Arte está por toda a parte.
Nesta cidade que encanta quem a visita, podemos encontrar uma obra de arte ao dobrar de uma qualquer esquina ou no interior de um largo escondido e não publicitado.
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Foi o que me aconteceu por um feliz acaso. Na minha decisão de conseguir ir à Muralha Fernandina, de cuja entrada não sabia a localização, descobri-a.
Sabia da sua existência, mas não da sua qualidade. Sabia que estaria perto da Muralha, mas não sabia o local exacto.
.Igreja do Convento de Santa Clara
Entrei e fiquei quase sem respiração com tamanha beleza. É uma das igrejas mais bonitas que tive o privilégio de visitar, aqui na minha cidade ou em outro qualquer lugar do mundo.
Convém ir até lá sem qualquer pressa, pois que muito há para apreciar e alegrar os sentidos.
Verdadeira jóia do Barroco, impressiona pela sua exuberância decorativa e pela extraordinária combinação entre a talha dourada e o azul, e está situada no Largo de Primeiro de Dezembro, escondida dos olhares dos passantes comuns e da grande maioria dos habitantes do burgo. Só lá vai quem sabe (a grande maioria dos visitantes são os turistas estrangeiros que a encontram referenciada nos roteiros), deslocando-se a esta igreja de propósito para a apreciar, deleitando-se. É uma das principais igrejas Portuenses forradas a ouro.
A construção do Convento feminino de Santa Clara data da primeira metade do séc. XV (1416) e a igreja ficou concluída em 1457.
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Depois de saciados os sentidos, saí da igreja e parti à procura da entrada escondida para a Muralha Fernandina. Não estava longe. Era logo ali ao virar da esquina, mesmo ao lado e por cima da Porte Luiz I.
.Muralha Fernandina
O acesso até é fácil, embora secretamente escondido e fechado à chave fora do horário normal do expediente do Ministério da Saúde, ex-Instituto Ricardo Jorge, que por ali tem umas instalações.
A Muralha Fernandina (Cerca Nova, porque substituiu a antiga Cerca Medieval, e Muralha Gótica eram outros nomes que se davam à cintura Medieval que outrora existiu), concluída por volta de 1437 no reinado de El Rei D. Fernando, é parte integrante da história do Porto, é uma parte inevitável da paisagem portuense, e é também, hoje em dia, um dos mais bonitos miradouros da cidade Invicta. Debruçada sobre o Douro, a ponte D. Luís e os trilhos do Funicular, oferece a quem tem a felicidade de lá ir, uma vista fantástica sobre as cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia.
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Há ainda outro local escondido, entre muitos outros por certo, na cidade do Porto. Mas este estando também à vista de toda a gente, e sabendo-se perfeitamente por onde entrar, só por lá podem circular os jardineiros e os pássaros que por ali abundam. Trata-se de um novo jardim da cidade, o Jardim das Oliveiras.
.Jardim das Oliveiras
Situado por cima do Passeio dos Clérigos, teve o seu nascimento aquando da requalificação da Praça de Lisboa há muito pouco tempo.
Outrora um centro comercial degradado, o Passeio dos Clérigos é agora um espaço agradável e cheio de vida e de movimento e está situado muito próximo de um dos centros de maior interesse da noite Portuense.
O jardim, para onde foram transplantadas oliveiras centenárias, poderia ser um complemento ideal para quem andasse por ali, mas não é permitida a sua utilização pelos munícipes.
Irá ser sempre assim, ou o novo Presidente da Câmara (acaba por ser inevitável falar no assunto) vai olhar com outros olhos para este espaço?
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domingo, 15 de setembro de 2013
CULTURA AO AR LIVRE
Cultura ao ar livre
Um
pouco antes das nove horas da noite do dia 6 de Setembro deste ano de
2013, saí de casa depois de ter jantado. Dirigi-me para o centro da
cidade. Estranhamente, ou talvez não, foi difícil arranjar lugar para
estacionar. Depois de algumas voltas dei com um lugar já um pouco longe
da Avenida dos Aliados, que era o meu destino. Ao longo dos minutos que
levei a andar até chegar, fui vendo cada vez mais gente a pé, indo na
mesma direcção que eu.
Faltavam três minutos para as nove e meia quando a Avenida se me deparou. Cheia de luz e, cheia de gente.
A
Câmara do Porto e a Casa da Música apresentavam um concerto único de
Jazz com a Orquestra de Jazz de Matosinhos e o guitarrista Kurt
Rosenwinkel.
Com algum cuidado lá me fui aproximando do palco. Um mar de gente sentada no chão, impediram que ficasse a menos de 50 metros.
E o concerto ao ar livre começou e avançou e entusiasmou.
Kurt
Rosenwinkel, em parceria com a Orquestra de Jazz de Matosinhos, uma das
mais conceituadas do nosso País, editou um disco que apresentou ao
vivo. No geral muito bom, alguns dos trechos eram mesmo excelentes.
Pouco
importa se o Jazz tocado fazia parte das minhas preferências auditivas,
mas pelo que vi, fazia-o certamente de uma grande quantidade de gente.
A
cultura, que alguns, poucos e sempre os mesmos, repetem ad nauseam não
existir na cidade do Porto, culpando o Presidente Rui Rio à conta da sua
política de subsídios, desceu à rua na minha cidade.
A
nossa Avenida, que depois de muitos anos com jardins floridos e
magníficos no seu traçado, se acinzentou e modernizou por obra e graça
do risco arquitectónico de Siza e a complacência, muito criticada na
altura, do nosso, ainda, Presidente da Câmara, reganhou vida, com tanta
gente ávida de tudo o que por ali se passa, de todos os eventos que vão
acontecendo ciclicamente desde há alguns anos, ganhou charme e estilo e
está transformada de uma vez por todas no que sempre foi e nunca deveria
ter deixado de ser, a nossa sala de visitas por excelência.
Não
pertencendo ao governo ou a um qualquer sindicato ou partido político,
não consigo saber, com os conhecimentos e as certezas que eles têm
apesar de nunca acertarem nos números uns dos outros, qual o número de
pessoas que estavam na Avenida dos Aliados durante o concerto, mas,
dizendo-o à moda da minha cidade, e com a licença da palavra, estava
gente “comó carago”.
No sábado, voltei à Avenida. Foi ainda mais difícil estacionar. Fiquei ainda mais longe.
Desta
vez era a excelente Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música que
apresentava, também em concerto único, trechos de Música Clássica.
Excertos
de obras de Beethoven, Mendelssohn, Puccini, Rossini, Verdi e Cláudio
Carneyro (compositor Portuense 1895-1963) e a voz do tenor Carlos
Cardoso, passaram pelos meus ouvidos, provocando-me uma mistura de
sentimentos e sensações há muito não experimentadas. Realmente, um
concerto ao vivo e ao ar livre é diferente, entusiasmante e até,
acolhedor.
De
novo, os presentes eram mais que muitos, se possível muitos mais do que
tinham sido na sexta-feira. Parecia uma noite de São João, com tanta
gente junta.
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E
porque falei em música, nos últimos meses, nos meses de Junho, Julho,
Agosto, as tardes de domingo tiveram banda sonora em ambiente
descontraído, até ao pôr-do-sol. Esteve de volta o Porto Sunday Sessions
e, com ele, mais de 50 horas de música para aproveitar, sempre aos
domingos, às 4h da tarde, prolongando-se até às 8h..
Alguns
dos nomes mais badalados da música portuguesa da actualidade mostraram o
DJ que havia dentro deles. Começou no dia 23 de Junho, no Parque da
Cidade, com Salto e The Weatherman.
Em
Julho o Porto Sunday Sessions seguiu para o Jardim do Passeio Alegre. E
em Agosto instalou-se no Jardim de São Lázaro, o mais antigo jardim
municipal da Invicta.
Em Setembro a música regressou já ao Parque da Cidade, a 1 e a 8.
Nos
próximos Domingos 15, 22 e 29, ainda pode aproveitar, há música para
quase todas as idades, em ambiente descontraído, com gente bonita, bem
disposta e em completo “relax”.
A festa da cultura na cidade, na minha cidade, vale a pena ser vivida.
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sexta-feira, 6 de setembro de 2013
DE VOLTA EM VOLTA PELO PORTO E ARREDORES
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De volta em volta pelo Porto e arredores
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Dei por mim a revisitar a minha cidade a meio deste Verão, no calor de Julho e de Agosto. Tenho o privilégio de sempre ter vivido na parte ocidental do Porto, junto ao mar e ao Parque da Cidade, onde passei a fazer toda a minha vida desde há seis anos, espraiando-me também pela orla marítima, para norte e para sul, e pela fluvial, e deixei quase por completo de ir ao centro, o que acentuou esta minha necessidade de revisita.
Comecei pela “nova” baixa, mas não me fiquei por lá.
As antigas ruas do centro, velhas cinzentas e despidas de interesse, mesmo as mais comerciais que sempre tiveram vida própria, embora que só durante o horário de funcionamento do comércio ou dos serviços, ganharam vida nova. Por todo o lado florescem bares, restaurantes, esplanadas e até uma nova praça, e milhares de turistas, aos pares ou aos magotes, cirandam por ali, dando um colorido e uma alegria que eu só vira nas cidades modernas e evoluídas. Os autocarros turísticos, descapotáveis e apinhados de gente, polvilham a cidade com o seu colorido.
Numa das minhas, ainda poucas, saídas nocturnas, encontrei uma cidade a fervilhar de vida, com milhares e milhares de pessoas a darem vida aos espaços que ainda há poucos anos estavam mortos, ou simplesmente esquecidos, esperando falecer.
Nunca tinha visto o Porto assim. Encontrei uma cidade nova. Cantos e recantos foram aproveitados para que esta nova cidade florescesse. E até os Portuenses parecem mais alegres, mais descontraídos, ainda mais simpáticos do que era habitual, menos fechados nos seus problemas, que, como em todo o lado, são muitos e em alguns casos, mesmo enormes.
Aos poucos, rua a rua, bocado a bocado, esta nova vida que já está bem implementada, se vai alastrando, e o fenómeno parece imparável. Há obras de requalificação por todo o lado. A oferta é grande e diversificada. Em cada entrada um restaurante de petiscos ou de pratos tradicionais, em cada canto um bar, em cada esquina um Hostel, em cada pessoa um amigo. E, para quem vive deste tipo de comércio e de outros congéneres, não parecem faltar clientes.
Nunca como hoje, a cidade teve tanta oferta cultural, apesar das críticas acesas e costumeiras de alguns poucos contra a falta de subsídios e contra a política que os actuais dirigentes camarários têm sobre o assunto.
O Porto recebeu nos últimos anos uma enorme lufada de vida fresca. Se já era um luxo viver cá, agora ainda o é mais, com toda esta nova oferta que mostra ser de qualidade.
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