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TESOUROS ESCONDIDOS NA CIDADE DO PORTO
Tesouros escondidos na cidade
No Porto, a Arte está por toda a parte.
Nesta
cidade que encanta quem a visita, podemos encontrar uma obra de arte ao
dobrar de uma qualquer esquina ou no interior de um largo escondido e
não publicitado.
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Foi
o que me aconteceu por um feliz acaso. Na minha decisão de conseguir ir
à Muralha Fernandina, de cuja entrada não sabia a localização,
descobri-a.
Sabia da sua existência, mas não da sua qualidade. Sabia que estaria perto da Muralha, mas não sabia o local exacto.
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Igreja do Convento de Santa Clara
Entrei
e fiquei quase sem respiração com tamanha beleza. É uma das igrejas
mais bonitas que tive o privilégio de visitar, aqui na minha cidade ou
em outro qualquer lugar do mundo.
Convém ir até lá sem qualquer pressa, pois que muito há para apreciar e alegrar os sentidos.
Verdadeira
jóia do Barroco, impressiona pela sua exuberância decorativa e pela
extraordinária combinação entre a talha dourada e o azul, e está situada
no Largo de Primeiro de Dezembro, escondida dos olhares dos passantes
comuns e da grande maioria dos habitantes do burgo. Só lá vai quem sabe
(a grande maioria dos visitantes são os turistas estrangeiros que a
encontram referenciada nos roteiros), deslocando-se a esta igreja de
propósito para a apreciar, deleitando-se. É uma das principais igrejas
Portuenses forradas a ouro.
A construção do Convento feminino de Santa Clara data da primeira metade do séc. XV (1416) e a igreja ficou concluída em 1457.
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Depois
de saciados os sentidos, saí da igreja e parti à procura da entrada
escondida para a Muralha Fernandina. Não estava longe. Era logo ali ao
virar da esquina, mesmo ao lado e por cima da Porte Luiz I.
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Muralha Fernandina
O
acesso até é fácil, embora secretamente escondido e fechado à chave
fora do horário normal do expediente do Ministério da Saúde,
ex-Instituto Ricardo Jorge, que por ali tem umas instalações.
A
Muralha Fernandina (Cerca Nova, porque substituiu a antiga Cerca
Medieval, e Muralha Gótica eram outros nomes que se davam à cintura
Medieval que outrora existiu), concluída por volta de 1437 no reinado de
El Rei D. Fernando, é parte integrante da história do Porto, é uma
parte inevitável da paisagem portuense, e é também, hoje em dia, um dos
mais bonitos miradouros da cidade Invicta. Debruçada sobre o Douro, a
ponte D. Luís e os trilhos do Funicular, oferece a quem tem a felicidade
de lá ir, uma vista fantástica sobre as cidades do Porto e de Vila Nova
de Gaia.
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Há
ainda outro local escondido, entre muitos outros por certo, na cidade
do Porto. Mas este estando também à vista de toda a gente, e sabendo-se
perfeitamente por onde entrar, só por lá podem circular os jardineiros e
os pássaros que por ali abundam. Trata-se de um novo jardim da cidade, o
Jardim das Oliveiras.
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Jardim das Oliveiras
Situado
por cima do Passeio dos Clérigos, teve o seu nascimento aquando da
requalificação da Praça de Lisboa há muito pouco tempo.
Outrora
um centro comercial degradado, o Passeio dos Clérigos é agora um espaço
agradável e cheio de vida e de movimento e está situado muito próximo
de um dos centros de maior interesse da noite Portuense.
O
jardim, para onde foram transplantadas oliveiras centenárias, poderia
ser um complemento ideal para quem andasse por ali, mas não é permitida a
sua utilização pelos munícipes.
Irá ser sempre assim, ou o novo Presidente da Câmara (acaba por ser inevitável falar no assunto) vai olhar com outros olhos para este espaço?
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