CASAMENTO VS DIVÓRCIO
Numa altura em que a polémica depois de instalada começa a esfriar, mor da aprovação da lei, com os deputados esquerdistas a apoiar, os direitistas e centristas a rejeitar, e o Presidente da República depois de mandar a lei para trás, a, contrariado, promulgar, as coisas parecem-me mal pensadas.
Uns, dizem que esta lei protege os mais fracos e as mulheres. Outros, dizem que não, desprotegem as mulheres e os filhos menores. Os primeiros afirmam que é a melhor lei de sempre para o fim dos casamentos, os segundos, dizem que a lei está mal feita e tem erros grosseiros. De um lado se diz uma coisa e de outro o seu contrário, sendo que ambos os lados estão convictos da sua razão.
Tudo isto é confuso para o comum dos mortais, que delegou nestes senhores a "fazedura" das leis, e neles confia plenamente.
Como eu dizia, estas coisas parecem-me mal pensadas. O problema não me parece estar nestas bandas, nem me parece dever ser visto desta forma.
Embora haja cada vez menos casamentos, há ainda uma enorme cadeia comercial que deles vive, e vive principescamente. Basta notar o preço que cada um desses eventos custa, e o que envolve.
Depois, por cada dois casamentos, há, poucos anos depois, um divórcio. Para este divórcio, que corresponde a cerca de 50% dos casamentos, se fez esta nova lei que tanta tinta fez e faz correr.
O divórcio, que deveria ser o último recurso a aplicar a um casamento, é agora, nos dias de hoje, um dos primeiros. O que me leva a pensar que o casamento tem bases erradas.
Casa-se porque sim, porque é bonito, porque a família assim o impõe, porque e porque, mas raramente porque se saiba o que se está a fazer, por amor verdadeiro, e depois de um real conhecimento da outra pessoa. Nos dias de hoje, quase ninguém faz ideia do que é o casamento antes de o viver, e nessa altura, as surpresas são muitas e as dificuldades enormes. E como ninguém está para "amar", o divórcio surge como a mais fácil das soluções, que se torna complicada quando há filhos menores envolvidos.
E aqui é que a porca torce o rabo. Andamos a discutir o divórcio, a fazer uma nova lei para acabar com os casamentos de forma mais fácil, quando deveríamos discutir primeiro o casamento e fazer uma nova lei para o tornar menos leviano e evitar a necessidade de divórcio, e por consequência a necessidade de uma lei mais permissiva para este.
Será que é assim tão difícil de entender que nisto tudo a discução se centrou a juzante, quando o deveria ter sido a montante?
Da forma que isto está, nada muda. Os casamentos continuam, os divórcios aumentarão percentualmente até porque agora é mais fácil e se calhar mais barato, e pelos vistos, pelo menos metade da população está mais satisfeita com esta situação.
Antes divorciada que encalhada!
Mas isto sou eu a dizer, que destas coisas devo perceber tanto como de lagares de azeite.
.
JM
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Uns, dizem que esta lei protege os mais fracos e as mulheres. Outros, dizem que não, desprotegem as mulheres e os filhos menores. Os primeiros afirmam que é a melhor lei de sempre para o fim dos casamentos, os segundos, dizem que a lei está mal feita e tem erros grosseiros. De um lado se diz uma coisa e de outro o seu contrário, sendo que ambos os lados estão convictos da sua razão.
Tudo isto é confuso para o comum dos mortais, que delegou nestes senhores a "fazedura" das leis, e neles confia plenamente.
Como eu dizia, estas coisas parecem-me mal pensadas. O problema não me parece estar nestas bandas, nem me parece dever ser visto desta forma.
Embora haja cada vez menos casamentos, há ainda uma enorme cadeia comercial que deles vive, e vive principescamente. Basta notar o preço que cada um desses eventos custa, e o que envolve.
Depois, por cada dois casamentos, há, poucos anos depois, um divórcio. Para este divórcio, que corresponde a cerca de 50% dos casamentos, se fez esta nova lei que tanta tinta fez e faz correr.
O divórcio, que deveria ser o último recurso a aplicar a um casamento, é agora, nos dias de hoje, um dos primeiros. O que me leva a pensar que o casamento tem bases erradas.
Casa-se porque sim, porque é bonito, porque a família assim o impõe, porque e porque, mas raramente porque se saiba o que se está a fazer, por amor verdadeiro, e depois de um real conhecimento da outra pessoa. Nos dias de hoje, quase ninguém faz ideia do que é o casamento antes de o viver, e nessa altura, as surpresas são muitas e as dificuldades enormes. E como ninguém está para "amar", o divórcio surge como a mais fácil das soluções, que se torna complicada quando há filhos menores envolvidos.
E aqui é que a porca torce o rabo. Andamos a discutir o divórcio, a fazer uma nova lei para acabar com os casamentos de forma mais fácil, quando deveríamos discutir primeiro o casamento e fazer uma nova lei para o tornar menos leviano e evitar a necessidade de divórcio, e por consequência a necessidade de uma lei mais permissiva para este.
Será que é assim tão difícil de entender que nisto tudo a discução se centrou a juzante, quando o deveria ter sido a montante?
Da forma que isto está, nada muda. Os casamentos continuam, os divórcios aumentarão percentualmente até porque agora é mais fácil e se calhar mais barato, e pelos vistos, pelo menos metade da população está mais satisfeita com esta situação.
Antes divorciada que encalhada!
Mas isto sou eu a dizer, que destas coisas devo perceber tanto como de lagares de azeite.
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JM
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Bom Comentário José.
ResponderEliminarDevo salientar que á uns anos fui ser testemunha de um amigo do qual corria um processo de divórcio. Fiquei a saber na altura (20 anos atrás) que o maior problema que existia no tribunal de familia do Porto era o assumir da paterniadade nos casais de divórcio...como é possivél