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UM COMUNISTA SEGUIDISTA E ORTODOXO À FRENTE DA CGTP
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Vai ser desta que a CGTP se reforma e reformula. 69 membros dos seus conselho nacional, comissão executiva e secretariado, saem por força do novo regulamento, prevendo-se que sejam substituidos por membros mais afectos à linha comunista seguidista e ortodoxa do PCP, a começar pelo novo líder, Arménio Carlos.
Ao longo dos últimos quatro anos, a autonomia face ao partido comunista conseguida durante mais de vinte anos por Carvalho da Silva, tem vindo a esmorecer, por via do aumento de protagonismo do novo líder a eleger entre hoje e amanhã no XII congresso da CGTP, conhecido por ser obstinado, rigoroso, competente e exigente e pelas suas fortes ligações à linha ortodoxa do PCP.
A julgar pelas últimas declarações ouvidas, a CGTP prepara-se para endurecer a luta dos trabalhadores, de uma forma que se traduzirá num enorme erro que a médio prazo dará os seus frutos.
Os trabalhadores Portugueses não embarcam facilmente em lutas obstinadas que, em defesa de certos princípios, lhes faça perder os poucos empregos que ainda há.
Os trabalhadores Portugueses procuram estabilidade, coisa que a CGTP nunca conseguiu ver muito bem, e se prepara para ver ainda pior.
Também no AVENTAR
Também no AVENTAR
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De facto, com a mudança da classe dirigente que até agora governou os destinos da CGTP, irá acentuar-se o "seguidismo" da política sindical em relação ao PCP. O cordão umbilical que todos sabíamos existir com aquele partido político, mas que devido à politica de equilibrios do futuro ex secretário geral, se atenuava e estabelecia pontes com outras correntes, irá decerto desaparecer.
ResponderEliminarTodos sabemos que os interesses de classe têm margens perfeitamente estabelecidas, sendo normal a comunhão de pontos de vista da dita esquerda com os sindicatos. Contudo,o "alinhamento" do sindicalismo com o pragmatismo ideológico dum partido político, pode vir a coartar no futuro às organizações sindicais um espaço próprio de discussão plural e democrática, porque contrária ao dictat dos directórios politicos.
(Guilherme Lavos)
(Guilherme Lavos)
Sendo o PCP desde há mais de 90 anos o partido dos trabalhadores o que há a sublinhar é a necessidade da superação da contradição de os trabalhadores que se revêem na CGTP não se reverem no PCP, sendo que a segunda herdou do primeiro os princípios tradicionais da luta unitária dos trabalhadores.
ResponderEliminarPortanto:
- Viva a CGTP;
- Viva o PCP !
João Pedro