COMO SE FORA UM CONTO
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AS NOSSAS COISAS ESTÃO A CAMINHO DA CAPITAL
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Está decidido.
A Câmara Municipal da capital, apoiada pelo governo da capital e pelas empresas públicas da capital, bem assim como por outras cuja presença camuflada do governo da capital, é conhecida, conseguiu que a noite de S. João do Porto mais o seu fogo preso da meia noite, o vinho do Porto, e a Casa da Música do Porto, fossem para a capital do que já foi um império, e passassem a ser sua parte integrante. Esta conquista vem na sequência do que também conseguiu anos atrás com o Salão Automóvel, com o Salão de Moda, e mais recentemente com (como bem lhe chamou um conhecido empresário do Porto) com Aquela Bebida Air Race (sobre a qual já escrevi aqui).
Essa cidade, vai assim poder ombrear em categoria com a do Porto. Mas não contente com isso, se calhar, um dia destes, ainda vai assenhorar-se do nome (Porto) para que assim possa passar-lhe à frente.
Depois de tanta roubalheira, depois de tanta sem vergonha, só nos resta fazer como um grande amigo meu que, já há vários anos combate sozinho este estado de coisas. Esse meu amigo, só bebe Vinho Verde ou do Douro, só come legumes que saiba oriundos de regiões a norte do rio Douro, só abastece gasóleo em bombas de marca branca, só vai a restaurantes da zona norte, só come enchidos transmontanos, vai deixar de ser cliente da EDP, só usa lápis da marca Viarco, e por fim, só faz férias no Gerês ou no Douro. Para além de muitas coisas do género que «nem ao diabo lembram»
Desde que existam fábricas a norte do Douro só usa productos dessas marcas.
Talvez que nada consiga do que se propõe, mas outros lhe estão já a seguir as pisadas, aos poucos eu sou um deles, e mais cedo do que se possa pensar muitos seremos e nessa altura outro galo cantará.
Imaginem só que a grande maioria dos cidadãos do Norte procedia dessa forma. Em menos de seis meses, o nosso estimado Primeiro, Sócrates II O Dialogador, viria cá acima, acompanhado de muitos dos seus ministros, para falar com o Presidente da Área Metropolitana do Porto.
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O diálogo bem poderia vir a ser assim:
-Ó Rio, você sabe o que se está a passar com as suas gentes? O consumo está a descer, os impostos a minguar, não compram nada que não seja da região.... que se passa meu bom amigo?
-Olhe que não sei, meu caro Primeiro Ministro.
- Você sabe, mas não me quer dizer, mas, enfim, eu até entendo. Mas diga-me... o que se poderá fazer para que tudo volte ao normal?
-Olhe que não sei mesmo... mas se começar por devolver à região o dinheirinho que ao longo dos anos nos tirou, para mandar fazer obras em Lisboa, se devolver os salões de moda e de automóveis que nos roubou, e se não voltar a interferir na vida económica, retirando-nos o que tanto nos custou a conseguir, olhe que talvez as coisas se componham.
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Se as nossas gentes tivessem a coragem que lhes falta para pôr aqueles tratantes na linha, talvez que um dia isto acabasse por poder vir a acontecer.
Talvez que tudo vá de começar, como o coçar.
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(In O Primeiro de Janeiro, 15-12-2009)
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JFM
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A Câmara Municipal da capital, apoiada pelo governo da capital e pelas empresas públicas da capital, bem assim como por outras cuja presença camuflada do governo da capital, é conhecida, conseguiu que a noite de S. João do Porto mais o seu fogo preso da meia noite, o vinho do Porto, e a Casa da Música do Porto, fossem para a capital do que já foi um império, e passassem a ser sua parte integrante. Esta conquista vem na sequência do que também conseguiu anos atrás com o Salão Automóvel, com o Salão de Moda, e mais recentemente com (como bem lhe chamou um conhecido empresário do Porto) com Aquela Bebida Air Race (sobre a qual já escrevi aqui).
Essa cidade, vai assim poder ombrear em categoria com a do Porto. Mas não contente com isso, se calhar, um dia destes, ainda vai assenhorar-se do nome (Porto) para que assim possa passar-lhe à frente.
Depois de tanta roubalheira, depois de tanta sem vergonha, só nos resta fazer como um grande amigo meu que, já há vários anos combate sozinho este estado de coisas. Esse meu amigo, só bebe Vinho Verde ou do Douro, só come legumes que saiba oriundos de regiões a norte do rio Douro, só abastece gasóleo em bombas de marca branca, só vai a restaurantes da zona norte, só come enchidos transmontanos, vai deixar de ser cliente da EDP, só usa lápis da marca Viarco, e por fim, só faz férias no Gerês ou no Douro. Para além de muitas coisas do género que «nem ao diabo lembram»
Desde que existam fábricas a norte do Douro só usa productos dessas marcas.
Talvez que nada consiga do que se propõe, mas outros lhe estão já a seguir as pisadas, aos poucos eu sou um deles, e mais cedo do que se possa pensar muitos seremos e nessa altura outro galo cantará.
Imaginem só que a grande maioria dos cidadãos do Norte procedia dessa forma. Em menos de seis meses, o nosso estimado Primeiro, Sócrates II O Dialogador, viria cá acima, acompanhado de muitos dos seus ministros, para falar com o Presidente da Área Metropolitana do Porto.
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O diálogo bem poderia vir a ser assim:
-Ó Rio, você sabe o que se está a passar com as suas gentes? O consumo está a descer, os impostos a minguar, não compram nada que não seja da região.... que se passa meu bom amigo?
-Olhe que não sei, meu caro Primeiro Ministro.
- Você sabe, mas não me quer dizer, mas, enfim, eu até entendo. Mas diga-me... o que se poderá fazer para que tudo volte ao normal?
-Olhe que não sei mesmo... mas se começar por devolver à região o dinheirinho que ao longo dos anos nos tirou, para mandar fazer obras em Lisboa, se devolver os salões de moda e de automóveis que nos roubou, e se não voltar a interferir na vida económica, retirando-nos o que tanto nos custou a conseguir, olhe que talvez as coisas se componham.
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Se as nossas gentes tivessem a coragem que lhes falta para pôr aqueles tratantes na linha, talvez que um dia isto acabasse por poder vir a acontecer.
Talvez que tudo vá de começar, como o coçar.
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(In O Primeiro de Janeiro, 15-12-2009)
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JFM
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desculpe este comentário mas não posso deixar de o fazer. Com esta parte do diálogo "Ó Rio, você sabe o que se está a passar com as suas gentes?" não estará a ser um pouco exagerado. É que eu sendo do Douro não votei no Sr. Rui Rio e como tal não me sinto representado por ele. Por outro lado será terá o "Porto" a ambição de vir a ser "Lisboa". Visito assiduamente esta página, não considere este comentário como uma "agressão" mas uma pobre opinião sobre o "norte"
ResponderEliminarMeu caro aristófanes,
ResponderEliminarMuito obrigado pelas suas visitas e pelo seu comentário.
No que diz respeito à parte do diálogo "Ó Rio, você....", esse diálogo seria entre o primeiro ministro e o presidente da área metropolitana do Porto. Esse presidente é o presidente da CMPorto. Não há outro... Não poderia ser com outra pessoa.Para além disso, tive de escolher uma pessoa e resolvi escolher a que, no meu entender, mais visibilidade tem no Norte.
Quanto ao Porto aspirar a vir a ser uma Lisboa, só o aceito se se estiver a falar de oportunidades. Aí, sim, pode e deve aspirar a tal.
Aceite os meus melhores cumprimentos
José Magalhães
Rdicalismo demasiado violento quando se fala a norte do douro, não dá para ser a norte do mondego??? Se der contem comigo
ResponderEliminarCaro José Magalhães.
ResponderEliminarSubscrevo totalmente este seu artigo.
Teremos que voltar á velha ideologia:
SIM DO NORTE...COM ORGULHO.
Saudações Marítimas
José Modesto