sexta-feira, 23 de julho de 2010

O SENHOR BISPO FALOU E DISSE

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E OS POLÍTICOS FALARAM DEVAGARINHO, PUSERAM O CHAPÉU E FORAM-SE
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O senhor Bispo propôs, e a classe política católica falou devagarinho.
Que até é um chamada de atenção bem urdida, que o senhor Bispo falou muito bem, que todos deveríamos estar conscientes de que os que têm mais deveriam partilhar com os que têm menos, que é uma questão de consciência, que acham bem o princípio, mas, todos à uma também disseram quase em surdina, que as resoluções de carácter económico são tomadas em família, que o dar vinte por cento dos rendimentos é uma forma de falar, que criar um fundo social com vinte por cento dos vencimentos dos políticos católicos é uma esmola, que uma esmola é um paliativo que não serve a ninguém e nada resolve uma vez que os pobres continuarão pobres,  que cada um é que sabe se pode dar tal verba, e que tudo isto deveria ser falado com calma e estendido a todos, não só aos políticos. Mais não disseram por vergonha, talvez.
Palavras sábias dos que ganhando muito bem, entendem que o que recebem nem para eles chega.
Palavras daqueles a quem nós todos pagamos, e bem, mas que só sabem arrotar postas de pescada desde que não toquem nos seus vencimentos, nas suas mordomias e nos seus interesses.
Palavras e mais palavras ditas ou cantadas por cima de uma música pimba, na esperança de convencer o Zé Tolinho, e ainda na expectativa de tudo ser esquecido depressa.
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Mas porque é que eu ainda me incomodo com estes tipos?



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1 comentário:

  1. Quando ouvi pela primeira vez o SR BISPO, nem queria acreditar no que ouvia, ouvi novamente, bem como as declarações dos ditos políticos católicos e concluí:
    Se querem um saco privado para distribuir pelos mais carenciados devem começar por dispensar a opulência que por vezes exibem e contribuir com os tesouros da igreja também;
    Se de facto estão preocupados com os desempregados, idosos e todos os muitos carenciados arrastados para a miséria, pelas sucessivas medidas tomadas pelos nossos governantes, deveriam assumir a necessidade de corte nos vencimentos de todos os políticos e gestores, bem como o corte radical das mordomias que lhes são concedidas.

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