quinta-feira, 12 de novembro de 2009

CERTIDÕES ÀS PINGUINHAS

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A CONTA GOTAS
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Como se fora um pagamento a prestações, as certidões importantes, vão chegando. Umas agora, outras daqui a dias, outras passado quase um mês.
Ninguém entende, mas, se pensarmos bem, até é fácil de explicar. Se observarmos atentamente quais são os intervenientes, chegamos lá.
Sócrates I, O Arrogante, foi ouvido a falar ao telemóvel, com o seu amigo Vara. Ele pensava que não, mas foi. Durante meses, consegui-se que as transcrições do que se ouviu, ficassem no segredo dos deuses. As eleições, vinham a caminho. Depois, Sócrates II, O Dialogador, ganhou-as. Já não era possível esconder por mais tempo, o que alguns sabiam, e a notícia veio a lume. As certidões do que se ouviu, tinham que ser apresentadas, mas as resistências que sempre existem nestes casos, continuaram a fazer o seu papel, e.... é o que se vê. Chegam às pinguinhas, a quem de direito.
Entretanto, uma tempestade se anuncia. As escutas estão provocar uma guerra no Parlamento. Segundo Ferreira Leite, o nosso Primeiro deve explicações ao País. Por outro lado, os defensores oficiais do chefe do governo, este, não se sente obrigado a fazê-lo, já que se tratou de conversas privadas entre amigos. E ainda vão dizendo que a líder Social Democrata faz com essa exigência, baixa política.
A ideia de chamar ao que se está a passar, campanha negra, quer regressar, mas parece que desta vez não surtirá o efeito desejado. Não há ou haverá campanha negra para ninguém. A vitimização, que fez carreira no anterior governo, não deverá medrar neste.
O sr Pinto de Sousa, entretanto, respira de alívio, por breves momentos, porque se disse que o que se ouviu, não vale de nada. Foi ouvido sem autorização. Mas a opinião pública é que não se vai deixar levar por lorpa, desta vez. O não valer de nada, não iliba ninguém.
E imagine-se, até o Presidente está preocupado!
Também eu estou preocupado, e por essa razão pergunto:
- Se as conversas detectadas e gravadas fossem de outrem que não o nosso Primeiro, e o outro interlocutor fosse da mesma forma o sr Vara, teriam ido para o arquivo vertical (mais conhecido por lixo)?
Face a estas preocupações, e com um certo aproveitamento político ouvem-se por aí, nos cafés e esplanadas (apesar do frio vão conversar e fumar para lá), vozes anónimas e também das outras, a perguntar:
- Com mais este caso a juntar a todos os outros, será que o nosso Primeiro, deveria ser substituído?
- O partido que ganhou as eleições, deveria indigitar outra personagem?
E até há quem responda e diga que sim!

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JFM
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