José Fernando Magalhães*
Sou um comerciante da cidade, a firma que represento é sócia da A.C.P. há pelo menos setenta anos – tenho uma medalha que o atesta – e temos as nossas quotas
No Prós e Contras de 25/6 p.p., de fraca memória, o povo do Porto foi ofendido, e em particular a senhora que foi menorizada enquanto representante dos comerciantes da cidade. Infelizmente, ninguém reagiu a tal situação, nem os ditos defensores da cidade nem a senhora, a quem cortaram a palavra, no limiar da desconsideração.
Após esse debate menor que a RTP passou, sobre o Porto e suas gentes, propõe-se a presidente da A.C.P. promover “O VERDADEIRO DEBATE SOBRE O PORTO”.
Resta saber se, como tantas iniciativas na cidade, não ficará esquecido, não propalado, e não transmitido pelos orgãos que interessam, da região e do país (jornais, televisões, rádios, etc.). Seria interessante ter uma cobertura jornalística nacional como as que se fazem aos congressos dos partidos políticos, ou às eleições na câmara de Lisboa !!!
De debates(inhos) internos, estamos nós fartos, pois que a nada levam e de nada servem.
Os portuenses mais novos ouvem falar de um Porto que já foi a cidade do trabalho e do comércio e sabem que tínhamos uma cidade a fervilhar de gente, com um comércio dinâmico e florescente.
E, lembra-se Srª D. Laura (?), aos sábados de manhã na baixa até parecia o S. João!
Haverá coragem da parte dos responsáveis pela degradação e até destruição do comércio tradicional da cidade, e pelo desaparecimento da capacidade de luta e da grande e intensa movimentação de pessoas que a cidade tinha, para aparecerem?
Veremos lá os presidentes da Câmara, actual e seus dois antecessores, da Sonae, da CCRN, da Associação Comercial do Porto, do grupo Amorim, e outros presidentes e responsáveis de outros organismos igualmente importantes?
Veremos por lá o ministro responsável pela Ota, TGV, Metro e outras coisinhas que de uma maneira ou outra, nos afectam, afectaram ou afectarão? Ou a responsável pela cultura, ou outro qualquer?
Iremos saber quem vai pagar à edilidade os 25 milhões em que foi prejudicada?
Iremos saber por fim das contas da “Comércio Vivo”?
Saberemos o que a Associação tem feito, para acelerar as obras que nos invadem?
Quem iremos ver lá, no Batalha, para além de uns que estão sempre e que são contra tudo e contra todos, e de outros que querem aparecer seja de que maneira for, e dos pequenos comerciantes, com a corda na garganta pela diminuição dos negócios e aflitos para pagar as suas contas, e a quem ninguém liga, e ainda da presidente da A.C.P., que não pode fugir ao seu próprio desafio?
Que conclusões se poderão vir a tomar de tal debate, que tenham efeitos práticos?
Será ele também um debate de “faz de conta” para acalmar os inconformados e os preocupados, e calar os poucos que falam?
Vamos ter a responsabilização dos responsáveis pelo estado das coisas?
Terá o/a moderador/a escolhido/a estofo para tal envergadura?
Tem aqui a Srª D. Laura Rodrigues uma oportunidade de ouro para mostrar aos seus detractores, aos sócios da nossa Associação e aos Portuenses, o quanto vale como presidente. Ficaremos por certo mais cientes do seu valor e do que até hoje tem feito pelo pequeno comércio e pela classe em geral, que como se sabe, toda a gente diz que é das mais desunidas que se conhecem.
E isto digo eu, que destas coisas percebo muito pouco, só o que vou ouvindo por aí.
E depois, minha senhora, não diga não ter havido ninguém que a tivesse avisado.
Fique bem Srª D. Laura e desculpe qualquer coisinha.
Olha o que o povo de Chipre ter feito durante alguns anos. Eles construíram uma economia local baseada no Chipre propriedades Cyprus properties. Saiba deles!
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