À cause de.... “Renascer o Circuito de Vila Real”
José Fernando Vieira
de Magalhães*
Depois de ler, com a atenção devida o texto em referência, e após conversas com quem realmente sabe destas coisas, não tenho dúvidas em afirmar que o circuito de Vila Real, renovado e renascido, vai ser em Outubro próximo, um êxito de nível (até) internacional.
Também não tenho dúvidas em afirmar que o velho circuito era um dos mais bonitos dos existentes em Portugal, tendo-me, nos anos 60 e 70, deslocado muitas vezes desde o Porto, à boleia, ficando a dormir ao relento ou em tendas na Timpeira, só para ver e sentir as corridas.
Não tenho ainda dúvidas em afirmar que o autor do texto conhece nomes bem sonantes dos desportos motorizados da altura e até marcas e modelos de carros, conhecerá a realidade do renovado circuito, ainda em obras, mas não fez os “trabalhos de casa” quando fala do circuito da Boavista. Tinha-lhe ficado bem, tê-los feito!
Os comentários ao “meu” circuito, denegrindo-o na tentativa vã de assim elevar o “dele”, são tristes pela aparentemente propositada imprecisão, que não pela falta de conhecimentos que denota, esperando-se que também não por outros atributos menos bons de caracter e personalidade.
O renovado, modificado e alterado circuito transmontano, não precisará por certo, nem agradecerá, para se afirmar, de uma tal atitude.
Na minha carta aberta ao senhor presidente da câmara do Porto, publicada em 4 de Julho, alertava eu para futuros ataques ao circuito da Boavista. Nunca imaginei que chegassem tão cedo.
Por tudo isto, não resisto em colocar certos pontos em certos is.
A saber:
1-A ideia da vinda do WTCC para o Porto, não terá sido da autoria do “teimoso” Dr. Rio, antes do promotor Sr. Francisco Santos.
2-A largura da pista do circuito, obedece a directivas da FIA, que impõe uma medida mínima, que foi respeitada.
3-As intermináveis fiadas de “rails”, e o amontoado de pneus ao longo de circuito, não foram postos porque o Presidente da Câmara quis, mas porque é assim mesmo que se faz em todos os circuitos do mundo. Como irão fazer os organizadores de “Vila Real”?
4-A “chicane” que motivou muitos toques e por fim até interrupções, e que foi alvo das críticas generalizadas dos pilotos, foi imposta pela FIA, exactamente nos moldes ( medidas, formato etc. ) em que foi feita.
5-O circuito da Boavista, na opinião do autor do texto a que faço referência, “fabricado e inventado”, é-o tanto quanto o renovado de Vila Real, por preencher os requisitos internacionais dos pontos 2, 3 e 4
6-Os primeiros circuitos da Boavista (1931/1932/1933) – com um traçado que consistia em duas rectas, uma em cada faixa da av. da boavista, ligadas por duas curvas nos topos -, são tão antigos como o primeiro circuito de Vila Real (1931), muito embora já tivesse havido no Porto, em data anterior os “quilómetros lançados” ( na av. da boavista – anos 20 ).
O primeiro Circuito Internacional do Porto realizou-se em 1950– av. da boavista / av. antunes guimarães / lidador ( esta rua só apareceria em 1952 quando da optimização do traçado ) / circunvalação / castelo do queijo -, e o primeiro Grande Prémio de Portugal de F1 em 1958.
7-No próximo 2008, o WTCC, vai ao Estoril, pelo que não será possível ir a Vila Real, como queria o autor daquele texto, e em 2009 julgo haver convénio para o seu regresso ao Porto.
8-Chamar ao circuito da Boavista, “ carros de corrida a dar umas voltinhas na Boavista ”, apelidando várias pessoas de teimosas e caprichosas, quase pode ser considerado no mínimo pobreza intelectual. Isto de se ser anti-qualquer pessoa, só porque sim, ou por interesses de qualquer espécie, não é bonito.
9-Quanto a nomes sonantes do automobilismo, todos os campeões do mundo de F1 e não só, da altura ( anos 50 e 60 ), e muitos outros igualmente brilhantes que nunca foram campeões, tanto nacionais como estrangeiros, correram no circuito da Boavista (Circuito Internacional do Porto e Grande Prémio de Portugal F1)
10-Por último falta dizer que, para além do circuito da Boavista, há mais circuitos estreitinhos, feios, com ou sem curvas largas e com ou sem subidinhas e descidinhas, como por exemplo o de Mónaco onde anualmente se fazem corridas de todas as fórmulas existentes, inclusive a F1, e o de Pau, com problemas idênticos aos do Porto, e nem por isso são menos bons ou alguém se propõe acabar com eles. Os circuitos citadinos são assim mesmo, com essas condicionantes.
Termino, ao contrário dos anseios sobre o circuito da Boavista do autor do texto que me levou a escrever tudo isto, com o desejo de que o circuito de Vila Real, possa vir a ser de novo, um dos mais reputados circuitos nacionais.
*Porto
José Fernando Vieira
de Magalhães*
Depois de ler, com a atenção devida o texto em referência, e após conversas com quem realmente sabe destas coisas, não tenho dúvidas em afirmar que o circuito de Vila Real, renovado e renascido, vai ser em Outubro próximo, um êxito de nível (até) internacional.
Também não tenho dúvidas em afirmar que o velho circuito era um dos mais bonitos dos existentes em Portugal, tendo-me, nos anos 60 e 70, deslocado muitas vezes desde o Porto, à boleia, ficando a dormir ao relento ou em tendas na Timpeira, só para ver e sentir as corridas.
Não tenho ainda dúvidas em afirmar que o autor do texto conhece nomes bem sonantes dos desportos motorizados da altura e até marcas e modelos de carros, conhecerá a realidade do renovado circuito, ainda em obras, mas não fez os “trabalhos de casa” quando fala do circuito da Boavista. Tinha-lhe ficado bem, tê-los feito!
Os comentários ao “meu” circuito, denegrindo-o na tentativa vã de assim elevar o “dele”, são tristes pela aparentemente propositada imprecisão, que não pela falta de conhecimentos que denota, esperando-se que também não por outros atributos menos bons de caracter e personalidade.
O renovado, modificado e alterado circuito transmontano, não precisará por certo, nem agradecerá, para se afirmar, de uma tal atitude.
Na minha carta aberta ao senhor presidente da câmara do Porto, publicada em 4 de Julho, alertava eu para futuros ataques ao circuito da Boavista. Nunca imaginei que chegassem tão cedo.
Por tudo isto, não resisto em colocar certos pontos em certos is.
A saber:
1-A ideia da vinda do WTCC para o Porto, não terá sido da autoria do “teimoso” Dr. Rio, antes do promotor Sr. Francisco Santos.
2-A largura da pista do circuito, obedece a directivas da FIA, que impõe uma medida mínima, que foi respeitada.
3-As intermináveis fiadas de “rails”, e o amontoado de pneus ao longo de circuito, não foram postos porque o Presidente da Câmara quis, mas porque é assim mesmo que se faz em todos os circuitos do mundo. Como irão fazer os organizadores de “Vila Real”?
4-A “chicane” que motivou muitos toques e por fim até interrupções, e que foi alvo das críticas generalizadas dos pilotos, foi imposta pela FIA, exactamente nos moldes ( medidas, formato etc. ) em que foi feita.
5-O circuito da Boavista, na opinião do autor do texto a que faço referência, “fabricado e inventado”, é-o tanto quanto o renovado de Vila Real, por preencher os requisitos internacionais dos pontos 2, 3 e 4
6-Os primeiros circuitos da Boavista (1931/1932/1933) – com um traçado que consistia em duas rectas, uma em cada faixa da av. da boavista, ligadas por duas curvas nos topos -, são tão antigos como o primeiro circuito de Vila Real (1931), muito embora já tivesse havido no Porto, em data anterior os “quilómetros lançados” ( na av. da boavista – anos 20 ).
O primeiro Circuito Internacional do Porto realizou-se em 1950– av. da boavista / av. antunes guimarães / lidador ( esta rua só apareceria em 1952 quando da optimização do traçado ) / circunvalação / castelo do queijo -, e o primeiro Grande Prémio de Portugal de F1 em 1958.
7-No próximo 2008, o WTCC, vai ao Estoril, pelo que não será possível ir a Vila Real, como queria o autor daquele texto, e em 2009 julgo haver convénio para o seu regresso ao Porto.
8-Chamar ao circuito da Boavista, “ carros de corrida a dar umas voltinhas na Boavista ”, apelidando várias pessoas de teimosas e caprichosas, quase pode ser considerado no mínimo pobreza intelectual. Isto de se ser anti-qualquer pessoa, só porque sim, ou por interesses de qualquer espécie, não é bonito.
9-Quanto a nomes sonantes do automobilismo, todos os campeões do mundo de F1 e não só, da altura ( anos 50 e 60 ), e muitos outros igualmente brilhantes que nunca foram campeões, tanto nacionais como estrangeiros, correram no circuito da Boavista (Circuito Internacional do Porto e Grande Prémio de Portugal F1)
10-Por último falta dizer que, para além do circuito da Boavista, há mais circuitos estreitinhos, feios, com ou sem curvas largas e com ou sem subidinhas e descidinhas, como por exemplo o de Mónaco onde anualmente se fazem corridas de todas as fórmulas existentes, inclusive a F1, e o de Pau, com problemas idênticos aos do Porto, e nem por isso são menos bons ou alguém se propõe acabar com eles. Os circuitos citadinos são assim mesmo, com essas condicionantes.
Termino, ao contrário dos anseios sobre o circuito da Boavista do autor do texto que me levou a escrever tudo isto, com o desejo de que o circuito de Vila Real, possa vir a ser de novo, um dos mais reputados circuitos nacionais.
*Porto
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