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TEXTO ESCRITO EM PRINCÍPIOS DE SETEMBRO E PUBLICADO NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO" NO DIA 16 DE NOVEMBRO DE 2007
Carta aberta ao Presidente da Câmara do Porto - 2
José Magalhães*
Caro presidente,
Deixe-me dizer-lhe que, após uma primeira carta escrita e publicada no PJ em 4/7 p.p., e também porque o senhor me faz lembrar uma pessoa muito querida, tanto física como intelectualmente, me permito deixar-me de mais apresentações e trata-lo com este à-vontade. Hoje, continuando a desejar que continue o “bom” trabalho que tem vindo a fazer, pese embora algumas coisitas poucas, que lhe vou lembrando ou avisando – (como por exemplo estas obras no centro da cidade…. Olhe que foram um bocado mal resolvidas, não acha? Está a ficar bonito e vai melhorar a cidade, mas demoraram um tempo do caraças! Tempos infinitos para as completar, e ainda não estão, … veja só o que se passa agora na Rua Formosa e há quanto tempo as obras lá andam… e quantos prejuízos os comerciantes não tiveram que aguentar… os que ainda não “morreram”) – venho falar-lhe de coisas que por certo, o senhor ou os seus assessores já terão estudado ou pensado ou até começado a por em prática. Deixo outras, igualmente importantes para outra altura. Como se sabe, quando fazemos algo de bom e com repercussões válidas, podemos e até em certos casos, devemos, aproveitar a onda e fazer mais do mesmo. Vem isto a propósito das corridas, de carros e de aviões que em boa hora o Sr. tratou de trazer para a nossa cidade. Será que é asneira pensar que a nossa cidade precisa de eventos destes e de outros para que seja ainda mais visitada, para que forasteiros venham cá trazer o seu dinheiro para movimentar o comércio e os serviços, para criar emprego nem que seja temporário e todos nós vivermos melhor? Aproveitando esta onda, não se poderia pensar em fazer no Porto anualmente, um festival aéreo, corridas de motos, concursos de poesia em que o mote fosse a cidade, concursos de ideias para melhorar a vida da cidade, para melhorar e incentivar a visibilidade do Porto lá fora, concursos de estatuária e de pintura em que o mote fosse também a cidade e suas gentes, em posições e estados do dia-a-dia, sei lá, todos as hipóteses de coisas que possam elevar ainda mais a cidade, e leva-la ao conhecimento mundial, pelas coisas que só cá existam? Oh meu caro amigo presidente, que não duvido que o seja já que sou um seu concidadão, até que ponto será difícil fazer ainda mais coisas pela cidade, sejam elas populistas ou não, mas de que todos beneficiemos economicamente, seja directa ou indirectamente? Temos que trazer para cá cada vez mais turistas nacionais e estrangeiros, mas turismo de qualidade, e isso só se consegue com a realização de muitos e bons eventos ou a construção de coisas que não haja noutro lado. Vamos incentivar a vida nocturna, com qualidade e segurança. Vamos trazer ao Porto um S. João todos os meses, que dinamize o comércio e os serviços. Deixem-se de estudos e propostas e palestras e outras coisas quejandas. Está tudo estudado. O comércio tradicional da cidade do Porto, está a morrer!!! Venham mas é salvar-nos. Somos nós, comerciantes, que fazemos a cidade mexer. Não circula dinheiro nas nossas lojas e estamos fartos de medidas avulsas que só ajudam os “grandes”. Assim “não vamos lá”! Trabalhem para, em dias (e não meses ou anos!) ou semanas, mudar esta “trampa” toda. Se aí na Câmara, não sabem o que fazer, ou não têm quem saiba (embora esteja convencido que têm), vão chamar os espanhóis ou outros estrangeiros para vos ensinarem. Façam festas, exposições, concursos, mostras, seja o que for que nos traga gente com dinheiro já amanhã, e que fiquem pelo menos dois ou três dias por cá, que não sejam sábado e domingo, (para que assim possam “ir às compras” no nosso comércio tradicional). Limpem melhor a cidade, cuja limpeza, em certas alturas, deixa imenso a desejar e é um péssimo cartaz para quem nos visita. E não falo só do lixo nas ruas, espalhado e abandonado, mas também de prédios cujas fachadas são ou estão um perfeito e completo nojo! Aumentem a vigilância nas ruas para ente outras coisas impedir o vandalismo. Tragam gente de fora para ver coisas que só aqui podem ver, ou comprar o que só no Porto se possa comprar. Baixem os preços das habitações do centro da cidade, das dormidas e dos parques de estacionamento. Deixem quem tem carro, parar 15 minutos nas ruas pedonais, para efectuar compras, seja a que horas forem, sem serem perseguidos pela polícia municipal. Promovam a animação de rua, com qualidade. Erradiquem os arrumadores, os pedintes e as lojas que trazem a “fatelice” (vulgo 300 e chineses) pelo menos das zonas nobres da cidade e do comércio. Obriguem as lojas de fábrica a não concorrer deslealmente com os restantes comércios. Eu sei da livre concorrência, dos direitos de toda a gente e tudo o mais, mas… será que eles jogam com o mesmo baralho de cartas com que nós jogamos? E não se pode fazer nada? È só, aguentar e cara alegre? E o caso mais recente de estarem de novo a tentar inverter a lei que obriga as grandes superfícies a fechar aos domingos e feriados de tarde? Querem permitir de novo a sua abertura, num renovado ataque dos chamados grandes aos pequenos e médios comerciantes… Não se vai fazer nada? Vamos permitir que tal se faça? E já agora, senhor presidente, já pensou em soluções para inverter a situação a que chegamos, quando verificamos que em média, os trabalhadores da capital ganham mais quase 300 euros em cada mês, que a gente cá de cima? E que ainda há quem esteja pior? Já pensou também, em liderar um movimento para nos libertarmos do poder económico central, e outros poderes também centralizados? A regionalização seria uma óptima ideia!!! Isto digo eu, que destas coisas não entendo nada, só mesmo o que vou ouvindo por aí. E isto, Dr. Rui Rio, é o que se me oferece dizer-lhe agora e hoje sobre a minha cidade. Obrigado pela sua atenção, até qualquer dia, e … depois não diga que eu não o avisei!!! Fique o Senhor Presidente muito bem, e desculpe qualquer coisinha!!! No entretanto, aceite os melhores cumprimentos do
*Porto
José Magalhães*
Caro presidente,
Deixe-me dizer-lhe que, após uma primeira carta escrita e publicada no PJ em 4/7 p.p., e também porque o senhor me faz lembrar uma pessoa muito querida, tanto física como intelectualmente, me permito deixar-me de mais apresentações e trata-lo com este à-vontade. Hoje, continuando a desejar que continue o “bom” trabalho que tem vindo a fazer, pese embora algumas coisitas poucas, que lhe vou lembrando ou avisando – (como por exemplo estas obras no centro da cidade…. Olhe que foram um bocado mal resolvidas, não acha? Está a ficar bonito e vai melhorar a cidade, mas demoraram um tempo do caraças! Tempos infinitos para as completar, e ainda não estão, … veja só o que se passa agora na Rua Formosa e há quanto tempo as obras lá andam… e quantos prejuízos os comerciantes não tiveram que aguentar… os que ainda não “morreram”) – venho falar-lhe de coisas que por certo, o senhor ou os seus assessores já terão estudado ou pensado ou até começado a por em prática. Deixo outras, igualmente importantes para outra altura. Como se sabe, quando fazemos algo de bom e com repercussões válidas, podemos e até em certos casos, devemos, aproveitar a onda e fazer mais do mesmo. Vem isto a propósito das corridas, de carros e de aviões que em boa hora o Sr. tratou de trazer para a nossa cidade. Será que é asneira pensar que a nossa cidade precisa de eventos destes e de outros para que seja ainda mais visitada, para que forasteiros venham cá trazer o seu dinheiro para movimentar o comércio e os serviços, para criar emprego nem que seja temporário e todos nós vivermos melhor? Aproveitando esta onda, não se poderia pensar em fazer no Porto anualmente, um festival aéreo, corridas de motos, concursos de poesia em que o mote fosse a cidade, concursos de ideias para melhorar a vida da cidade, para melhorar e incentivar a visibilidade do Porto lá fora, concursos de estatuária e de pintura em que o mote fosse também a cidade e suas gentes, em posições e estados do dia-a-dia, sei lá, todos as hipóteses de coisas que possam elevar ainda mais a cidade, e leva-la ao conhecimento mundial, pelas coisas que só cá existam? Oh meu caro amigo presidente, que não duvido que o seja já que sou um seu concidadão, até que ponto será difícil fazer ainda mais coisas pela cidade, sejam elas populistas ou não, mas de que todos beneficiemos economicamente, seja directa ou indirectamente? Temos que trazer para cá cada vez mais turistas nacionais e estrangeiros, mas turismo de qualidade, e isso só se consegue com a realização de muitos e bons eventos ou a construção de coisas que não haja noutro lado. Vamos incentivar a vida nocturna, com qualidade e segurança. Vamos trazer ao Porto um S. João todos os meses, que dinamize o comércio e os serviços. Deixem-se de estudos e propostas e palestras e outras coisas quejandas. Está tudo estudado. O comércio tradicional da cidade do Porto, está a morrer!!! Venham mas é salvar-nos. Somos nós, comerciantes, que fazemos a cidade mexer. Não circula dinheiro nas nossas lojas e estamos fartos de medidas avulsas que só ajudam os “grandes”. Assim “não vamos lá”! Trabalhem para, em dias (e não meses ou anos!) ou semanas, mudar esta “trampa” toda. Se aí na Câmara, não sabem o que fazer, ou não têm quem saiba (embora esteja convencido que têm), vão chamar os espanhóis ou outros estrangeiros para vos ensinarem. Façam festas, exposições, concursos, mostras, seja o que for que nos traga gente com dinheiro já amanhã, e que fiquem pelo menos dois ou três dias por cá, que não sejam sábado e domingo, (para que assim possam “ir às compras” no nosso comércio tradicional). Limpem melhor a cidade, cuja limpeza, em certas alturas, deixa imenso a desejar e é um péssimo cartaz para quem nos visita. E não falo só do lixo nas ruas, espalhado e abandonado, mas também de prédios cujas fachadas são ou estão um perfeito e completo nojo! Aumentem a vigilância nas ruas para ente outras coisas impedir o vandalismo. Tragam gente de fora para ver coisas que só aqui podem ver, ou comprar o que só no Porto se possa comprar. Baixem os preços das habitações do centro da cidade, das dormidas e dos parques de estacionamento. Deixem quem tem carro, parar 15 minutos nas ruas pedonais, para efectuar compras, seja a que horas forem, sem serem perseguidos pela polícia municipal. Promovam a animação de rua, com qualidade. Erradiquem os arrumadores, os pedintes e as lojas que trazem a “fatelice” (vulgo 300 e chineses) pelo menos das zonas nobres da cidade e do comércio. Obriguem as lojas de fábrica a não concorrer deslealmente com os restantes comércios. Eu sei da livre concorrência, dos direitos de toda a gente e tudo o mais, mas… será que eles jogam com o mesmo baralho de cartas com que nós jogamos? E não se pode fazer nada? È só, aguentar e cara alegre? E o caso mais recente de estarem de novo a tentar inverter a lei que obriga as grandes superfícies a fechar aos domingos e feriados de tarde? Querem permitir de novo a sua abertura, num renovado ataque dos chamados grandes aos pequenos e médios comerciantes… Não se vai fazer nada? Vamos permitir que tal se faça? E já agora, senhor presidente, já pensou em soluções para inverter a situação a que chegamos, quando verificamos que em média, os trabalhadores da capital ganham mais quase 300 euros em cada mês, que a gente cá de cima? E que ainda há quem esteja pior? Já pensou também, em liderar um movimento para nos libertarmos do poder económico central, e outros poderes também centralizados? A regionalização seria uma óptima ideia!!! Isto digo eu, que destas coisas não entendo nada, só mesmo o que vou ouvindo por aí. E isto, Dr. Rui Rio, é o que se me oferece dizer-lhe agora e hoje sobre a minha cidade. Obrigado pela sua atenção, até qualquer dia, e … depois não diga que eu não o avisei!!! Fique o Senhor Presidente muito bem, e desculpe qualquer coisinha!!! No entretanto, aceite os melhores cumprimentos do
*Porto
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