quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

ANO NOVO, VIDA NOVA?

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COMO SE FORA UM CONTO
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Como seria bom que o novo ano de 2011 nos trouxesse realmente uma vida nova.
As crises que travessamos, a internacional e a interna, podem e devem ser aproveitadas para mudarmos a nossa maneira de ver as coisas, o nosso entendimento da política e dos políticos, o nosso olhar para o estado de Portugal.
A crise interna, que para além de económica é acima de tudo de valores, pode ser mais facilmente ultrapassada com mais e melhor educação, com mais e melhor ensino, com mais e melhor cultura, e também com mais e melhor democracia.
O nosso país não cresce há mais de dez anos, todos os números são maus, todos os indicadores estão no fundo da Europa, excepto claro, os que o governo lê ou quer ler, e nos impinge quase diariamente, numa lavagem cerebral digna do melhor vendedor da banha da cobra.

Temos por isso de mudar o rumo que Portugal e os Portugueses estão a levar, e isso volta a estar nas nossas mãos. No ano de 2009, com três eleições, perdemos uma oportunidade suberana de mudar radicalmente as coisas e resolvemos mantê-las na mesma. O povinho de Portugal bem que torce a orelha, hoje, mas infelizmente já não sai sangue. Os senhores que nos (dês) governam trataram de nos sugar todo. Agora, neste ano que agora começa, poderemos, caso o queiramos, fazer algo por nós, embora pouco se comparado com o que poderíamos ter feito há ano e meio, e vamos viver com muito mais dificuldades do que vivemos em 2010.
Ao baterem as doze badaladas da meia-noite, no último suspiro do ano, as esperanças renovaram-se e os desejos intensificaram-se. Comeram-se as passas e pediram-se coisas em voz sumida, em segredo, com a certeza de que o novo ano iria ser muito diferente, para melhor, do que acabava de falecer, e nos poderia trazer tudo o que desejamos e pelo qual andamos a lutar já há muito tempo. O renascimento traz sempre uma nova visão da vida, repleta de boas intenções e presságios. Para trás ficaram o Ano Velho, as decepções, as desgraças e as recordações.
Neste mês de Janeiro, poderemos vir a fazer alguma diferença, ou não, quando elegermos com o nosso voto o novo Presidente da República.
De entre os muitos candidatos, só quatro parecem ter alguma palavra a dizer. Um já lá está e sabemos bem do que é capaz ou não, a outro já o conhecemos de ginjeira pelo nada que sempre fez, e aos outros dois, os médicos, não se sabe se estão bem preparados para o cargo, sendo certo que, eles mesmos o disseram, só pretendem tirar votos ao detentor do cargo para o forçar a uma segunda volta e com isso obrigar uma maioria dos votantes a engolir sapos vivos, como já uma vez nos aconteceu. Os outros candidatos à Presidência estão ali para dizerem que existem, mesmo que, para o caso em apreço, tal não seja minimamente verdade.
Para este novo ano, quis trazer só as boas recordações, infelizmente poucas, não querendo lembrar-me de novo, das outras que me fizeram viver com ódio e raiva, com lamentações e queixas, com azedume e mal estar. Quis que dentro de mim, em 2011, só passassem a existir pensamentos positivos, coisa que eu sei ser uma utopia, mas que quero tentar vir a ter diariamente. O dia a dia do meu país, e o meu próprio, não mo vão deixar, com os problemas que não vão deixar de continuar a existir, e com os outros que virão a ser criados todos os dias, pelo que terei, com assiduidade, de me insurgir, na esperança de que essa minha reacção possa levar a alguma mudança positiva.
Ano novo, vida nova? Quem nos dera. Ano novo, vida velha será o que vamos ter!
Aceitem os meus desejos de um Ano de 2011 menos mau, para todos!

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