quinta-feira, 4 de junho de 2009

ELEIÇÕES


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A CAMPANHA JÁ CANSA
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Esta campanha para as eleições para o Parlamento Europeu, anda igual a todas as outras. Todos os participantes, centenas de candidatos para meia dúzia de lugares, andam pelo País fora, aos beijos e aos abraços, em comícios ou em arruadas, em salas grandes ou em salas apertadas. Todos nos começaram por prometer o paraíso, e sem excepção, todos prometeram ser bonzinhos e dedicados se obtiverem o nosso voto. Alguns, concorrem pelo poleiro, outros pelo dinheiro, e outros ainda pela cagança. Todos dizem concorrer por Portugal.
Agora, vai a campanha a meio, um houve que inaugurou os ataques que, se sabia não se dever fazer. Desceu mais baixo que o normal nestes casos, onde se desce normalmente muito abaixo do desejável, e abriu uma caixa de onde sairão todos os males dos partidos políticos.
Neste momento, a menos de sete dias da ida às urnas, não se vislumbra, não vislumbro eu, um candidato melhor que os outros. Todos são os melhores e muito bons. Todos se esquecem um pouco de que as eleições são para o Parlamento Europeu, e toca de só falarem da política caseira. Alguns até se esquecem totalmente.
Dos que irão previsivelmente receber votos suficientes para eleger um deputado, o candidato do BE será o que se esquece menos. Por ordem crescente de esquecimento, temos depois o candidato do CDS que, vistas bem as coisas diz que não anda aqui para brincar. Depois temos a candidata da CDU e, os que mais se esquecerão serão sem dúvida os candidatos do PS e do PSD. Estes dois últimos, andam demasiadamente atarefados a dizer mal um do outro e dos respectivos partidos, certos de que o povinho se está marimbando para a Europa e muito interessado nas guerrinhas pessoais e em saber, como se tudo isto não passasse de uma telenovela, quem fez o quê a quem, e como.
Todos os dias temos mais do mesmo, em frases diferentes e vozes diversas. Os ataques, alguns soezes, são diários e roçam a má-criação. O tratamento que alguns, poucos, dão aos seus adversários, são dignos de arruaceiros. A política, porca e má, cansa-me, como cansa à grande maioria dos Portugueses.
Pena tenho de não poder votar para que nenhum para lá fosse, pois que a diferença entre eles é realmente nenhuma.

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(In O Primeiro de Janeiro, 4-06-2009)

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JM
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