.
A QUEIMA DAS FITAS
Pelo que se ouve por aí, não há dinheiro nas universidades e sobra pouco ou nada para a investigação, e muitas vezes a que se faz tem pouco ou nenhum interesse. Os reitores queixam-se, os professores queixam-se e os alunos queixam-se. Mesmo assim, arranjam-se uns milhares de euros, muitos, para essa coisa chamada de "Semana Académica da Queima das Fitas". A festa dos estudantes, por excelência.
Antigamente, antes da revolução, e mais tarde quando do seu recomeço nos idos de
Hoje, apesar de continuar a haver a missa, a serenata, o cortejo e todas as outras coisas, tudo não passa de uma quantidade enorme de tipos dependentes do álcool e do tabaco, bêbados e bêbadas, muitos, demasiados, a recorrer às urgências dos hospitais em coma alcoólico, prematuramente decadentes, que passam por serem estudantes universitários e a propósito dos quais os mandantes de esquerda do nosso país, dizem maravilhas e muito esperam. Excessos e dependência fazem parte da ordem do dia. Esta juventude, os responsáveis do amanhã, afoga a alegria, quando não a tristeza e a frustração, em copos de cerveja subsidiada (onde à conta disso as cervejeiras ganham milhões), e dá uma péssima imagem dos nossos futuros mandantes e governantes. E, os estudantes que não alinharem nestas “festas” passam por “aliens” ou pior. Serão estes os futuros médicos, engenheiros, gestores, economistas e políticos, que olharão por nós, que nos tratarão das doenças, que construirão as nossas estradas e pontes e nos governarão.
Não há quem ponha mão nisto, ninguém se incomoda, poucos se importam, e, por estas e por outras (as bebedeiras de outros que já foram estudantes e tiraram cursos sabe-se lá onde e como, e agora mandam em nós), estou crente de que não iremos nunca a lado algum.
Pobre futuro o nosso, e o dos nossos filhos.
.
JM
.
Sem comentários:
Enviar um comentário