sábado, 11 de outubro de 2008

No JN de hoje 2

.
Metro do Porto:
PSD/Porto acusa Governo de "partidarizar" projecto METRO
.
O líder da concelhia do Porto do PSD, Sérgio Vieira, acusou hoje o Governo de ter alterado a composição do Conselho de Administração da Metro do Porto com o "intuito de partidarizar o maior investimento europeu na área dos transportes".
Em comunicado, o PSD/Porto refere que "a prova cabal" de como o Governo tinha esse "único intuito" foi a presença de Ricardo Fonseca, presidente da Metro do Porto, no jantar comemorativo dos três anos do socialista Guilherme Pinto à frente da Câmara de Matosinhos.
"Por ser presidente de uma empresa de capitais públicos deveria manter algum recato na participação de actividades partidárias", afirma Sérgio Vieira.
Para o social-democrata, "é completamente inadmissível" a presença de Ricardo Fonseca naquele jantar "partidário".
"É também um bom exemplo de quais são os critérios utilizados por este Governo socialista para a nomeação de altos quadros dirigentes de empresas públicas", acrescenta.
Sérgio Vieira critica ainda a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, que também marcou presença no jantar.
Na sua opinião, ao afirmar, de acordo com o Jornal de Notícias, que "Guilherme Pinto pôs os interesses de Matosinhos em primeiro lugar, e dessa forma conseguiu mais duas linhas de metro para o seu concelho", Ana Paula Vitorino "deixa claro que, não tendo havido qualquer tipo de negociação com a administração do Metro e Junta Metropolitana do Porto, existiram negociações com autarcas do PS, nomeadamente com o presidente da Câmara de Matosinhos".
"Fica assim, uma vez mais, claro que a intenção apresentada pelo Governo do PS para o desenvolvimento do Metro teve como preocupação principal, e praticamente única, interesses partidários dos municípios liderados por socialistas e não os interesses dos cidadãos do Grande Porto", acrescenta o social-democrata.
Sérvio Vieira afirma também que, "a cada dia que passa, cai a máscara ao PS e do seu governo, numa decisão onde demonstrou não honrar compromissos assumidos como o memorando de entendimento assinado com a JMP".
O PSD/Porto acrescenta ainda que, faltando ao compromisso, o Governo demonstra "não colocar os interesses das populações acima de interesses partidários e não colocar o desenvolvimento do metro como uma verdadeira prioridade, mas antes ocupar-se nos grandes investimentos que concentra na Grande Lisboa".
A Comissão Executiva do Metro do Porto (CE/MP) apresentou no início do mês a 2ª fase da expansão da rede do metro do Porto, que tem um prazo de conclusão previsto para 2018 e que atira a segunda linha de Gaia e a ligação Matosinhos/Porto através da Avenida da Boavista para a 3ª fase, a completar até 2022.
A proposta mereceu fortes críticas do presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, e da autarquia de Gaia, com o primeiro a acusar o Governo de "má fé" e de não pretender fazer "nada, ou quase nada" para expansão da rede do Metro.
.
JAP.
.

Sem comentários:

Enviar um comentário