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E VÃO MAIS 50 MIHÕES, SÓ PARA OS MAIORES
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Pensando bem, é uma verdadeira vergonha.
Não há dinheiro, não há emprego, a economia está de rastos, as empresas falem todos os dias, e gasta-se dinheiro desta maneira.
Estamos em ano de eleições e os partidos que nos querem governar, seja a nível nacional, seja a nível regional ou autárquico, precisarão de fazer as suas campanhas, de modo a convencer-nos das suas razões, mas será preciso gastar tanto?
As pessoas que nos ficarão a governar, em todos os níveis, são tantas, mas tantas que mais parece que não sobra mais ninguém para ser governado. E vai ser preciso pagar a essa gente toda, durante quatro anos.
Dias atrás, escrevi aqui, nas páginas do “Janeiro”, sobre os gastos nas eleições Legislativas deste ano.
Já na altura, os valores anunciados pelos partidos, para os custos dessas eleições me deixaram arrepiado. Agora vimos a saber que nas eleições Autárquicas, os mesmos partidos se vão dar ao luxo de gastar, em conjunto, mais de sessenta e cinco milhões de euros. E isto sem contarmos com o que o estado gasta. É uma perfeita e completa enormidade. Diria até, uma obscenidade.
Será que esta gentinha não vê que estamos em anos de crise e que o dinheiro faz muita falta para fazer subir a economia, para criação de empresas e emprego, para matar a fome aos mais carenciados e por aí fora numa quantidade enorme de situações necessitadas de auxilio?
E nós queremos votar em gente assim? Que não nos liga nenhuma? Que só olha para o umbigo próprio? Que só se importa com o tacho que irão conseguir apanhar?
Será que saberemos escolher bem, e separar o trigo do joio, na hora de votar?
Saberemos ver quem se conteve nos gastos e quem não olhou a meios para obter os fins ansiados?
Falta pouco para saber.
Qualquer dia só haverá mandantes no meu País, e não tendo ninguém em quem mandar, vão viver em eterna campanha e pré-campanha e pós-campanha eleitoral, virados para dentro de si mesmos. Nessa altura, cada um se irá governando a si mesmo (embora agora já muitos o façam), e todos viveremos felizes e contentes.
Será que não estará na hora de se modificarem as regras, encolhendo prazos para campanhas e pré-campanhas, encolhendo gastos, encolhendo o número de pessoas a eleger, alterando as leis?
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(In O Primeiro de Janeiro, 27-08-2009)
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JM
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