CORAÇÃO LIMPO
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O sr José Pinto de Sousa, mandou limpar profundamente, por ajuste directo, o coração. Não quereria por certo, aparecer na nova legislatura, que arranca na próxima quinta feira, 14 de Outubro, com o órgão conspurcado. Aproveitou a presença da empresa de limpeza e mandou abrir o espírito, para que qualquer um o possa ver como ele é, de uma transparência imaculada. E, não querendo colocar seja o que for de lado, mandou vir vários contentores de diálogo, esperando-se que de boa qualidade.
Após isso, apresentou-se em casa do Sr Presidente da República e foi por ele indigitado Primeiro Ministro.
À saída, falou aos jornalistas, sabendo que as suas palavras iriam ser retransmitidas por eles para todo o mundo Português, e arredores. Anunciou reuniões, durante a semana que atravessamos, com os partidos da oposição, com vista à formação do novo governo, e prometeu diálogo, diálogo e ainda mais diálogo. Coisa a que, aliás, "sempre" nos habituou. Chegou ao ponto de dizer que não iria pensar na composição do governo, antes das conversações com os restantes líderes partidários.
O, agora e de novo, nosso Primeiro, Sócrates II (o dialogante ou dialogador) sucessor de Sócrates I (o arrogante), depois da derrocada das eleições legislativas, terá ido aconselhar-se com amigos, antigos alfaiates e outros, e mudou de roupa e de estilo. Mas não é convincente no seu novo papel. A arrogância que sempre lhe vimos, a determinação obsessiva que lhe conhecemos, não é compatível com o diálogo que agora quer implementar. Mais cedo ou mais tarde, a sua verdadeira natureza virá ao de cima.
Por agora, vai engolir sapos, esconder reacções, retrair emoções, simular sorrisos e condescendências, reservando os seus verdadeiros sentimentos para a intimidade da família, dos amigos chegados, ou tão somente para os momentos de solidão.
Depois... logo se verá.
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(Citado In "O Público", caderno 2, 14-10-2009)
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JM
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Após isso, apresentou-se em casa do Sr Presidente da República e foi por ele indigitado Primeiro Ministro.
À saída, falou aos jornalistas, sabendo que as suas palavras iriam ser retransmitidas por eles para todo o mundo Português, e arredores. Anunciou reuniões, durante a semana que atravessamos, com os partidos da oposição, com vista à formação do novo governo, e prometeu diálogo, diálogo e ainda mais diálogo. Coisa a que, aliás, "sempre" nos habituou. Chegou ao ponto de dizer que não iria pensar na composição do governo, antes das conversações com os restantes líderes partidários.
O, agora e de novo, nosso Primeiro, Sócrates II (o dialogante ou dialogador) sucessor de Sócrates I (o arrogante), depois da derrocada das eleições legislativas, terá ido aconselhar-se com amigos, antigos alfaiates e outros, e mudou de roupa e de estilo. Mas não é convincente no seu novo papel. A arrogância que sempre lhe vimos, a determinação obsessiva que lhe conhecemos, não é compatível com o diálogo que agora quer implementar. Mais cedo ou mais tarde, a sua verdadeira natureza virá ao de cima.
Por agora, vai engolir sapos, esconder reacções, retrair emoções, simular sorrisos e condescendências, reservando os seus verdadeiros sentimentos para a intimidade da família, dos amigos chegados, ou tão somente para os momentos de solidão.
Depois... logo se verá.
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(Citado In "O Público", caderno 2, 14-10-2009)
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JM
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