quinta-feira, 3 de setembro de 2009

UMA SELECÇÃO MISTA


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PORTUGAL/BRASIL - DINAMARCA
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Não é a primeira vez que Portugal utiliza atletas nascidos em outros países como se fossem nados por cá. Várias são as modalidades em que isso aconteceu ao longo dos anos. Para tal só foi necessário verificar que se tinham naturalizado.

Um dos casos mais conhecidos foi e é o de Francis Obikuelo, que nos deu medalhas e reconhecimento internacional.

Também no futebol tivemos alguns. Nos anos sessenta dois jogadores do Sporting, e mais tarde um jogador do Boavista. Qualquer um destes três não terá feito mais que três ou quatro jogos pela nossa selecção.

Mais tarde apareceu Deco e depois Pepe, que já têm à sua conta bastantes jogos pelos portugueses. Agora é a vez de Liedson. Este, como os dois anteriores, foram chamados à naturalização por necessidades da equipa Portuguesa. Era necessário tapar buracos existentes na formação de futebol, onde não existiam jogadores nacionais de categoria.

Não foram chamados à selecção Portugueses naturalizados, antes, foram naturalizados Portugueses, para poderem ser chamados à selecção.

E é por essa razão que o meu desacordo surge.

Para além disso, vamos verificar no próximo jogo com a Dinamarca, e depois ainda e também nos outros, que mais de vinte e cinco por cento dos jogadores titulares, são estrangeiros naturalizados. Não será isto o desvirtuamento do que deveria ser uma Selecção Nacional?

Será que já vale tudo? Os finsjustificam os meios?

Assim, a nossa selecção mais parece uma parceria Portugal/Brasil.

No próximo jogo com a Dinamarca, a verdade (será que ela interessa) será desvirtuada.

Provavelmente muitos outros países utilizam esta técnica para suprir faltas nas suas equipas, mas, porque eles fazem mal, nós temos de o fazer também?

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(In O Primeiro de Janeiro, 03-09-2009)

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JM

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