sexta-feira, 10 de julho de 2009

NOVAS OPORTUNIDADES SEM OPORTUNIDADES À VISTA

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A COISA NÃO ANDA A CORRER BEM
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Ter um canudo é o que toda a gente quer. O que importa é ser-se qualquer coisa com papel a demonstrar, mesmo que a formação seja nula e os conhecimentos parcos.
As Novas Oportunidades não têm credibilidade e por isso o seu impacto no mercado de trabalho está reduzido à sua expressão mais simples. Um terço da população tem escolaridade inferior ao 12º ano, e cada vez se exige mais preparação, seja para que emprego for. Para além disso não há oportunidades, quanto mais algumas que sejam novas.
Os tempos de espera, os horários, o pouco impacto, e o que se diz por aí, pela boca dos professores, embora só de boca a ouvido, fazem desta iniciativa uma aldrabice pegada. Mas isso não conta, o que conta é o que diz Roberto Carneiro, coordenador do estudo sobre o programa, que faz um balanço muito positivo das NO.
Mais uma vez, por interposta pessoa, este governo, amorfo e cinzento, engana-nos e deturpa os resultados, coisa que é um hábito enraizado na política educativa e noutras. Mas com tantas queixas que por aí há, porque não se fala em voz alta, publicamente, e se aponta o dedo aos responsáveis? A nossa sociedade tem medo (?), de quê, de quem?

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JM
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3 comentários:

  1. Denoto-lhe uma falta de conhecimento do programa novas oportunidades.
    As conclusões são reais e não enganam, unica e exclusivamente porque a maioria os profissionais, não andam a fazer os favores ao estado que é certificar para termos números.
    O que se faz são percursos sustentados de quem apresenta competências para isso. É lógico que se as pessoas não tem competências, não se certifica, e se não se certifica nao se cumpre o objectivo principal e, assim sendo o programa NO já não presta.
    Que não se veja isto como um processo industrial, e muito menos facilitista. Porque se assim o fizermos desafio a que qualquer um tente fazer o 12º ano e veja o que é necessário.

    PS: Já agora, fala-se tão mal das Novas Oportunidades e principalmente os professores. Contudo, agora grande parte deles estão metido nisto (€€€) e agora já não há problemas.
    Uma outra coisa é que quem quer fazer o 12º pelo ensino recorrente, nocturno, curso EFA, etc, ou seja, estudar todos os dias à noite por exemplo, faz exactamente o que o programa Novas Oportunidades postula, um portfólio reflexivo de aprendizagem baseado num referencial de competências chave.

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  2. Nelson, falta de conhecimento de quem???
    Ignora, porventura, que as escolas (sim as oficiais!) ficando pressionadas pela quantidade de diplomas/certificações que os CNO´s e Centros "privados" atribuem, foram atrás? E que até têm objectivos (quantificados) para atingir?
    Depois, bom mais um "ataque" aos professores... sem conhecimento mais uma vez. Então, os professores contratados (sim foram eles que tiveram que ser lançados primeiramente para mais esta experiência) vão cair a uma escola e a um horário, desconhecendo que disciplina vão leccionar. Aceitam-no (pois vem de concurso público e tem implicações graves se não aceitar) e ainda são acusadois de ser coniventes com a maquinação do ME... por favor!!
    O seu comentário parece ser mais uma questão de fé do que de conhecimento.
    Tente responder a esta pergunta: o programa NO é reconhecido social e economicamente como sério?
    Saudações,
    Luís VIlela.

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